Ituiutaba – Casa da Cultura “Altair Alves Ferreira”


Imagem: Prefeitura Municipal

A Casa da Cultura “Altair Alves Ferreira” foi tombada pela Prefeitura Municipal de Ituiutaba-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Ituiutaba-MG
Nome atribuído: Casa da Cultura “Altair Alves Ferreira”
Localização: Av. 3, nº 240 – Ituiutaba-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 4519/1999
Inventário

Descrição: O prédio onde funciona o MUSAI tem uma história riquíssima construída ao longo dos anos. Ele começou a ser construído em 1913 por pessoas ilustres da época, com objetivo de se tornar um hospital (Hospital São José). No início, funcionou como Santa Casa de Vila Platina, conhecida com Santa Casa de Misericórdia, mantida pela Sociedade São Vicente de Paula, onde as freiras participavam tomando conta e ajudando as pessoas que necessitavam de atendimento e que não tinham condições de pagar. Na revolução de 1930, funcionou como sede do Batalhão dos Voluntários Ituiutabanos, denominado Tropeiros da Liberdade. A partir de 1934, passou a funcionar como Posto de higiene, funcionando parcialmente como hospital, e em 1946, inaugurou-se como Hospital São José, funcionando neste prédio até 1972, quando se transferiu para o novo prédio, com isso, o prédio passou a funcionar como necrotério, até a década de 1980. Depois desse período ficou abandonado por muitos anos, quando em 1996 passou por uma reforma, graças a um convênio com o Ministério da Cultura. Em 1997, foi transformado em Casa da Cultura “Altair AlvesFerreira” e em 1999 foi tombado como Patrimônio Histórico Municipal. Como Casa da Cultura funcionou até 2006, quando o prédio todo restaurado foi transformado em museu, recebendo a incumbência de se tornar um instrumento antropológico com a responsabilidade de pesquisar e estudar a origem do povo tijucano. Assim, recebeu a denominação de MUSAI – Museu Antropológico de Ituiutaba, que ficou com a responsabilidade de organizar o acervo existente na Casa da Cultura. Composto por coleções e objetos esparsos de diversas tipologias, esses acervos demandavam conservação e, principalmente, restaurar essa documentação que permitisse buscar sua origem, função e história. Com este intuito, promoveram-se diversas campanhas utilizando-se dos meios de comunicação com a finalidade de recolher informações sobre o acervo, até então desconhecidos e sem registro. Também foi criada uma comissão de aquisição e descarte, que após um período prolongado de discussões e análises, avaliou a possibilidade de filiação científica destes objetos. A opção por um Museu Antropológico aconteceu também devido à parte significativa de seu patrimônio, agrupava-se na área que conjugava as experiências humanas em sua dimensão social e simbólica.  As peças contemplavam, portanto, identidades em formação – os fazeres e saberes de uma comunidade. Algumas coleções e objetos, porém, perderam o seu sentido no Museu, dando lugar a uma necessária ordenação que contemplasse, além de uma definição científica, o registro, documentação, pesquisa e conservação preventiva de seu acervo; a definição e implementação de um programa de ação educativa e difusão cultural; e, uma ação museográfica empenhada em dialogar, permanentemente, com o público, mediante uma exposição de longa duração, uma exposição temporária e o espaço “Memória e Tradição”, cujo propósito é destacar aspectos identitários resistentes na memória social do município. O MUSAI — Museu Antropológico de ltuiutaba tem sob sua guarda artefatos e coleções sociais, imaginativas, estéticas e utilitárias, fruto da experiência humana em seus distintos processos de mudança e adaptação. Sua missão é colecionar, proteger, interpretar e difundir os bens materiais sob sua responsabilidade, buscando alimentar, de forma permanente, o diálogo com ac omunidade. As representações do passado e das diversas práticas culturais, aqui presentes, devem contemplar a dimensão cultural e educativa.
É um prédio de estilo colonial, baseado numa cultura eclético, que mistura vários estilos arquitetônicos, como barroco, islâmico, com janelas grandes de madeira, portas largas de madeira. Piso de madeira corrido, ladrilho hidráulico, com base de tijolinhos, pedras, madeira, entradas de ar, com calçamento de pedras, jardins, grama, cercado de grade, com rampas de acessibilidade, extintores contra incêndio.
O estado de conservação é excelente, pois o prédio já passou por duas reformas em 1997 e 2007, e em 2013 teve uma pintura externa.
Fonte: Inventário.

Histórico do município: Ituiutaba é uma fusão de vocábulos tupis que significa ‘povoação do rio Tijuco’. Os primitivos habitantes do município eram ameríndios, pertencentes ao grupo Gê, também chamados caiapós. Uma das tribos que deixaram fama na região foi a dos panariás, muito bem estudada por Alexandre Barbosa, de Uberaba. Por fim ela foi aldeada na atual povoação de São Francisco de Sales, às margens do Rio Grande, no vizinho município de Campina Verde.
Os panariás – assinala o historiador Edelweis Teixeira – deixaram seus vestígios à margem dos rios Tijuco e Prata, além de igaçabas funerárias, aqui e acolá. Praticamente, não houve luta entre os ameríndios e o invasor branco, pois os silvícolas, tão logo verificaram a superioridade de armas dos desbravadores, ou se submeteram e foram agrupados na aldeia de São Francisco de Sales, ou foram expulsos para Goiás e Mato Grosso. As principais artérias de penetração na zona de ltuiutaba foram os rios Prata e Tijuco, principalmente o primeiro. Segundo Dr. Edelweis Teixeira, de Desemboque partiram várias expedições com o objetivo de descortinar e conhecer a região entre os rios Grande e Paranaíba.
Fonte: IBGE.

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MAIS INFORMAÇÕES:
IBGE
Costa; Silva


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