Patos de Minas – Praça Dom Eduardo


Imagem: Museu Municipal

A Praça Dom Eduardo, em Patos de Minas-MG, (as três primeiras quadras da Avenida Getúlio Vargas) constitui o núcleo primitivo que deu origem à cidade.

Prefeitura Municipal de Patrocínio-MG
Nome atribuído: Praça Dom Eduardo
Localização: Região central – Sede – Patos de Minas-MG

Descrição: A Praça Dom Eduardo (as três primeiras quadras da Avenida Getúlio Vargas) constitui o núcleo primitivo que deu origem à cidade de Patos de Minas e é considerada marco zero da cidade (ver Mapa 2). A Praça é formada pelo adro da antiga Capela e Matriz de Santo Antônio, lugar onde aconteciam as manifestações públicas, marcado pela centralidade e núcleo irradiador da organização espacial da cidade (ver figuras 3 e 4). Em torno da Capela concentrou-se o primeiro casario e, nas imediações, a Cadeia Pública (1912), o Grupo Escolar de Patos (1917) e os comércios de secos e molhados.
A denominação original da Praça foi referendada pela Lei Municipal de Demarcação de Ruas, de 03 de fevereiro de 1874, que a denominava como Largo da Matriz em referência ao espaço do adro da antiga Matriz.
Fonte:Cristina Caixeta Borges.

Histórico do município: O processo de colonização da região ocupada hoje pelo município de Patos de Minas e distritos vizinhos teve início, provavelmente, na metade do século XVIII, período que antecede à descoberta do ouro nas regiões das minas, com o movimento das entradas e bandeiras rumo às terras de Paracatu.
A cidade de Patos de Minas surgiu na segunda década do século XIX em torno da Lagoa dos Patos, onde segundo as descrições históricas existia uma enorme quantidade de patos silvestres. Os primeiros habitantes foram lavradores e criadores de gado, sendo muito visitados por tropeiros. O povoado, à beira do rio Paranaíba, cresceu, virou arraial e depois vila, a devota vila de Santo Antônio dos Patos.
Em 1892, o presidente do Estado de Minas Gerais eleva a vila à categoria de cidade de Patos de Minas. Em 1943, o governo do Estado mudou o nome para Guaratinga, provocando insatisfação na população. Atendendo aos apelos populares, em 1945 o nome é mudado novamente para Patos de Minas, para distingui-lo de Patos da Paraíba, município mais antigo. Seu aniversário é comemorado em 24 de maio, ocasião em que se realiza a ‘Festa Nacional do Milho’.
O desenvolvimento maior do município ocorreu na década de 30 pelos melhoramentos executados pelo Governo do Estado, cujo presidente era Olegário Dias Maciel. Em seu governo, instalou-se e construiu-se a sede da Escola Normal (então Escola Estadual Professor Antônio Dias Maciel), o Hospital Regional Antônio Dias Maciel, o Fórum Olympio Borges e o grupo escolar Marcolino de Barros. Essas obras ampliaram muito as influências do município na região.
A década de 50 foi de grande avanço regional. Houve grande surto migratório e a instalação de grandes firmas comerciais nos mais diversos segmentos. Nessa época, construiu-se o primeiro terminal rodoviário e iniciou-se a comemoração da Festa Nacional do Milho.
Nas décadas de 60 e 70, período em que o país vivia sob pressão da ditadura militar, houve certa estagnação econômica, motivada pela mudança da capital do país para Brasília. Grande parte da população local se deslocou para lá em busca de emprego. A capital continuou atraindo os patenses, principalmente com a criação das universidades. Ainda hoje existe em Brasília uma colônia significativa de patenses. Esse momento foi marcado pela: instalação da CEMIG; fundação do Colégio Municipal, transformado em Escola Estadual Professor Zama Maciel; a criação da Fundação Educacional de Patos de Minas, com a instalação do primeiro curso superior; a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, em 1970; e a consolidação da rede rodoviária com o asfaltamento das BRs 354 e 365, ligando o município à capital do Estado e ao nordeste do país.
A descoberta da jazida de fosfato sedimentar, na localidade da Rocinha, no final dos anos 70, projetou Patos de Minas nacionalmente, ocasionando a primeira visita do Presidente da República à cidade, o General Ernesto Geisel, em 1974.
Esse período também foi marcado pela imigração gaúcha, que fixou suas residências e escritórios de venda de sementes em Patos de Minas. O cultivo era feito na região de cerrado, vizinha do município, principalmente Presidente Olegário e São Gonçalo do Abaeté.
Neste período foi grande o desenvolvimento comercial com a implantação de indústrias de confecções e a instalação de uma unidade da CICA, maior processadora de tomates da América Latina, promovendo o crescimento de cultivo de milho doce, ervilha e tomate na região.
Estudos comprovam a predominância de tribos indígenas no período que antecede a dominação branca na região. Segundo Antré Prous, autor do livro ‘Arqueologia Brasileira’, costuma-se atribuir aos Cataguás a ocupação da região sudoeste mineira, tribo que resistiu bravamente aos invasores brancos, mas que não chegou a ser estudada. A existência de vestígios arqueológicos são as marcas deixadas por estas nações.
Fonte: IBGE.

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MAIS INFORMAÇÕES:
IBGE
Prefeitura Municipal
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Cristina Caixeta Borges


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