Pedro Leopoldo – Casa de Máquina e Casa de Força da Fábrica de Tecidos


Imagem: MPMG

A Casa de Máquina e Casa de Força da Fábrica de Tecidos foi tombada pela Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo-MG
Nome atribuído: Antigas instalações da Fábrica de tecidos Cachoeira Grande
Localização: Vila Operária – Pedro Leopoldo-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 221, de 24/04/1999

Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo-MG
Nome atribuído: Casa de Máquina e Casa de Força da Fábrica de tecidos
Localização: R. São Paulo, s/n – Pedro Leopoldo-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 222, de 29/04/1999

Descrição: A casa de força e a casa de máquinas foram construídas junto com a fábrica, pois esta dependia da força da água da cachoeira para girar o eixo das máquinas de tear. Posteriormente, foi construída uma canalização para desviar a água da cachoeira para a roda d’água. Sobre a roda d’água foi construída a casa de máquinas. As máquinas foram adquiridas no final da década de 1920.

Foram tombadas pelo município através do Decreto de Tombamento N° 222, de 29 de abril de 1999. A documentação integrante do Dossiê de Tombamento foi encaminhada ao Iepha para fins de pontuação no ICMS Cultural nos anos de 2000,2001 e 2007, quando foi aprovada e passou a receber pontuação e recursos financeiros.
Durante a visita não houve acesso à parte interna da Casa de Máquinas e de Força que se encontravam fechadas e com o entorno tomado pelo mato. Foi observado que parte do anexo construído junto à Casa de Força foi demolido, permanecendo no local com aspecto de ruína que compromete a ambiência do bem cultural protegido.

Ambas as edificações apresentam várias manchas de umidade nas alvenarias e estão em estado de abandono, sem uso. Não há informações de onde está armazenado o maquinário constante nas imagens do dossiê de tombamento, tendo em vista que não foi possível acessar o interior das edificações.
Fonte: MPMG.

A Fábrica de Tecidos: Em 1893, após a Assembleia com os fazendeiros da região, Antônio Alves, inicia as obras da fábrica e, em 1895, ela é inaugurada com todas as pompas. Pedro Leopoldo fica inserido no contexto mineiro das indústrias de tecido: Indústrias que nasceram do capital oriundo da agricultura e da pecuária, como era o caso do Sr. Antônio Alves Ferreira da Silva, fazendeiro e proprietário de escravos. A Fábrica original, toda em madeira, foi destruída na década de 1970 para uma ampliação de suas instalações, apenas sua porta foi reaproveitada na reforma do Casarão da Fábrica.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: A Lei Estadual n° 843, de 1923, elevou Pedro Leopoldo à categoria de Município, instalado em 27 de janeiro de 1924. Mas nossa história começou a ser escrita muito antes.

A formação cáustica da região proporcionou a formação de grutas, que em muito contribuíram para que o homem primitivo aqui se instalasse em busca de proteção e abrigo. Provas dessa ocupação estão nos sítios arqueológicos: fósseis humanos, restos de cerâmicas, instrumentos em bom estado de conservação, pinturas rupestres, entre outros. Foram essas provas que conquistaram o naturalista dinamarquês Peter Lund, que por aqui se instalou, por volta de 1835, para estudar a pré-história da região. Quase dois séculos após os estudos realizados por Dr. Lund, e posteriormente por diversas universidades e comissões internacionais, ainda existe muito para ser pesquisado e revelado.

Na época áurea da extração de ouro e pedras em Minas Gerais, a região de Pedro Leopoldo passou a fazer parte do caminho de abastecimento da região aurífera. Por aqui, as fazendas produziam alimentos e criavam animais para abastecer as regiões produtoras de ouro com as quais mantinham um intenso comércio.

Com a inauguração, em 1895, da fábrica têxtil pertencente a Antônio Alves, aproveitando o potencial hidráulico da Cachoeira Grande, o então arraial foi inserido no contexto mineiro das indústrias de tecido. Indústrias que nasceram do capital oriundo da agricultura e da pecuária, como era o caso do Sr. Antônio Alves Ferreira da Silva, fazendeiro e proprietário de escravos.

A fábrica acabou por atrair diversas famílias que viriam suprir a necessidade de mão de obra para a produção, manutenção e administração da fábrica.

Nessa mesma época, 1895, é também inaugurada a Estação Ferroviária da Central do Brasil, que aqui foi denominada Dr. Pedro Leopoldo, em homenagem ao engenheiro responsável pela construção desse trecho e que havia falecido no ano anterior à sua inauguração.

A estrada de ferro, construída no outro lado do Ribeirão da Mata, contribuiu para o desenvolvimento da região, favorecendo a comunicação do arraial com outras localidades, facilitando o transporte de matéria-prima, do produto industrializado e da produção agrícola.

Aos poucos, a localidade que antes era conhecida como Cachoeira Grande passou a ser conhecida pelo nome de sua estação ferroviária: “Pedro Leopoldo”.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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MAIS INFORMAÇÕES:
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