Pedro Leopoldo – Conjunto Residencial da R. São Paulo


Imagem: Google Street View

O Conjunto Residencial da R. São Paulo foi tombado pela Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo-MG
Nome atribuído: Antigas instalações da Fábrica de tecidos Cachoeira Grande
Localização: Vila Operária – Pedro Leopoldo-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 221, de 24/04/1999

Prefeitura Municipal de Pedro Teixeira-MG
Nome atribuído: Conjunto residencial da rua São Paulo
Localização: R. São Paulo, n° 94, 95, 97, 98 e 99 – Pedro Leopoldo-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 218, de 14/04/1999

Descrição: Primeiro conjunto residencial de Pedro Leopoldo, construído por volta da década de 1930 pela Fábrica de Tecidos para alojar seus funcionários. Inclui-se neste conjunto, o Clube Industrial, projetado para ser um centro de difusão cultural e de entretenimento, onde ocorreram diversos eventos da cidade. Na época do tombamento, ainda era utilizado pelos antigos funcionários da fábrica como local de lazer.

O Conjunto Arquitetônico Histórico e Paisagístico da Rua Nossa Senhora da Saúde era composto originalmente por 21 edificações e foi tombado pelo município através do Decreto nº 217 de 14 de abril de 1999. O Conjunto Arquitetônico e Histórico da Rua São Paulo era composto originalmente por 8 edificações e foi tombado pelo município através do Decreto nº 218 de 14 de abril de 1999.

A documentação integrante do Dossiê de Tombamento foi encaminhada ao Iepha para fins de pontuação no ICMS Cultural nos anos de 1999 a 2001 e 2007, quando foi aprovada e passou a receber pontuação e recursos financeiros.

Foi observado em campo que os exemplares das edificações da Vila dos Operários da Fábrica Cachoeira Grande, localizadas à esquerda da Rua Nossa Senhora da Saúde se encontram preservadas, com algumas pequenas descaracterizações. Algumas casas tiveram as esquadrias originais substituídas, vedação da cobertura alterada ou inserção de acréscimos, entretanto, ainda se configura em um conjunto homogêneo.

De acordo com duas moradoras, as casas são de propriedade da Prefeitura Municipal, cedidas às famílias dos operários da Antiga Fábrica, a quem cabe a manutenção das mesmas. Entre elas, se encontra a edificação que durante um determinado período abrigou o Arquivo Público Municipal. De acordo com as moradoras, o arquivo foi desativado e a edificação, sem uso. Na margem direita, as edificações apresentam maiores descaracterizações, estado de conservação precário ou foram completamente demolidas.

Em relação ao Conjunto da rua São Paulo, na data da vistoria constatamos que as edificações apresentam maiores descaracterizações, estado de conservação precário ou foram completamente demolidas. Estão situadas por detrás de muros altos e não foi possível visualiza-las ou identificá-las.
Fonte: MPMG.

Histórico do município: A Lei Estadual no 843, de 1923, elevou Pedro Leopoldo à categoria de Município, instalado em 27 de janeiro de 1924. Mas nossa história começou a ser escrita muito antes.
A formação cáustica da região proporcionou a formação de grutas, que em muito contribuíram para que o homem primitivo aqui se instalasse em busca de proteção e abrigo. Provas dessa ocupação estão nos sítios arqueológicos: fósseis humanos, restos de cerâmicas, instrumentos em bom estado de conservação, pinturas rupestres, entre outros. Foram essas provas que conquistaram o naturalista dinamarquês Peter Lund, que por aqui se instalou, por volta de 1835, para estudar a pré-história da região. Quase dois séculos após os estudos realizados por Dr. Lund, e posteriormente por diversas universidades e comissões internacionais, ainda existe muito para ser pesquisado e revelado.
Na época áurea da extração de ouro e pedras em Minas Gerais, a região de Pedro Leopoldo passou a fazer parte do caminho de abastecimento da região aurífera. Por aqui, as fazendas produziam alimentos e criavam animais para abastecer as regiões produtoras de ouro com as quais mantinham um intenso comércio.
Com a inauguração, em 1895, da fábrica têxtil pertencente a Antônio Alves, aproveitando o potencial hidráulico da Cachoeira Grande, o então arraial foi inserido no contexto mineiro das indústrias de tecido. Indústrias que nasceram do capital oriundo da agricultura e da pecuária, como era o caso do Sr. Antônio Alves Ferreira da Silva, fazendeiro e proprietário de escravos.
A fábrica acabou por atrair diversas famílias que viriam suprir a necessidade de mão de obra para a produção, manutenção e administração da fábrica.
Nessa mesma época, 1895, é também inaugurada a Estação Ferroviária da Central do Brasil, que aqui foi denominada Dr. Pedro Leopoldo, em homenagem ao engenheiro responsável pela construção desse trecho e que havia falecido no ano anterior à sua inauguração.
A estrada de ferro, construída no outro lado do Ribeirão da Mata, contribuiu para o desenvolvimento da região, favorecendo a comunicação do arraial com outras localidades, facilitando o transporte de matéria-prima, do produto industrializado e da produção agrícola.
Aos poucos, a localidade que antes era conhecida como Cachoeira Grande passou a ser conhecida pelo nome de sua estação ferroviária: “Pedro Leopoldo”.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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