Pedro Leopoldo – Praça Interna da Fábrica dos Tecidos


Imagem: MPMG

A Praça Interna da Fábrica dos Tecidos foi tombada pela Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo-MG
Nome atribuído: Antigas instalações da Fábrica de tecidos Cachoeira Grande
Localização: Vila Operária – Pedro Leopoldo-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 221, de 24/04/1999

Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo-MG
Nome atribuído: Praça interna da Fábrica dos tecidos
Localização: R. São Paulo, s/n – Pedro Leopoldo-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 221, de 02/04/1999

Descrição: Segundo descrito no Laudo nº 11/2011 deste Setor Técnico, a Praça interna da Fábrica de Tecidos, forma um conjunto que agrupa as edificações mais antigas da cidade, oriundas da antiga fazenda da Cachoeira Grande, a partir da qual surgiu o núcleo de povoação que posteriormente ficou conhecido como Pedro Leopoldo. A fábrica foi instalada ao lado desta praça, onde na época da fazenda ficava a parte mais produtiva dela, ou seja, os moinhos, a casa do engenho, o armazém e o antigo sobrado. Durante a construção da fábrica, o antigo sobrado da fazenda foi utilizado para abrigar os construtores da mesma.

A Praça interna da Fábrica de Tecidos, como praça existe desde 1974, quando foi construído o chafariz e feita a jardinagem do local. A Praça foi durante muito tempo um espaço que abrigava os imóveis administrativos da fábrica e residenciais dos diretores e gerentes da mesma. Também era local de passagem constante para quem se deslocava até o cemitério dos bexiguentos (local de Romaria), para o açude, local de pescaria e banho e para as residências nas proximidades, conhecida como Rua do Céu.

A Praça interna da Fábrica de Tecidos inclui: a casa do poço artesiano, o centro médico e odontológico, o almoxarifado / armazém, a casa do gerente / secretário (escritório administrativo) e o Casarão da Fábrica / Casa do Engenho (casa em que morava a família Machado). Constatou-se que as edificações possuem características arquitetônicas diversas, entretanto guardam algumas semelhanças entre si, como a pintura em tons de branco e azul, preservando alguma homogeneidade estética entre as edificações.

Este conjunto foi protegido pelo município através do Decreto de Tombamento n° 221, de 29 de abril de 1999. A documentação integrante do Dossiê de Tombamento foi encaminhada ao Iepha para fins de pontuação no ICMS Cultural nos anos de 2000 e 2007, quando foi aprovada e passou a receber pontuação e recursos financeiros.
Fonte: MPMG.

Casa do Poço Artesiano: A edificação encontra-se em precário estado de conservação. Atualmente é utilizada como dormitório, como indica a presença de camas, geladeira e objetos pessoais. Apresenta diversos danos na cobertura como telhas deslocadas, quebradas ou faltantes e madeiramento comprometido. O forro original se perdeu e foi substituído por compensado de madeira pintado, que está muito comprometido pela ação da umidade e presença de cupins. As alvenarias apresentam manchas de umidade, descolamento de reboco e desprendimento da pintura. Há muitos cupins de solo no local.
Fonte: MPMG.

Centro Médico e Odontológico: O antigo Centro Médico e odontológico encontra-se em regular estado de conservação, apresentando algumas manchas de umidade em pontos isolados das alvenarias. É utilizado como moradia pelo Sr. Natalino, funcionário da empresa Docson que acompanhou a visita. Preserva esquadrias, cobertura e os pisos em ladrilhos hidráulicos originais.
Fonte: MPMG.

Armazém / Almoxarifado: SO imóvel atualmente é utilizado como depósito de materiais pertencentes às empresas do Grupo VDL. Apresenta diversos danos na cobertura, comprometendo os forros e demais elementos na parte interna da edificação. Os forros se encontram em péssimo estado de conservação; os pisos apresentam peças de cerâmica faltantes ou quebradas; há trincas nas alvenarias e muita sujeira nos ambientes, inclusive sobre os materiais que se encontram armazenados no local.
Fonte: MPMG.

Casarão da Fábrica: O Casarão da Fábrica é a edificação mais antiga do Município de Pedro Leopoldo que persistiu aos tempos atuais. De acordo com o Sr. Natalino, o imóvel se encontra sem uso, sendo ele responsável pelas eventuais limpezas na casa. Encontra-se em regular estado de conservação, com danos pontuais na cobertura, causando comprometimentos dos forros e pisos situados abaixo destes; há trechos do piso em que os barrotes estão comprometidos; percebemos a presença de cupins de solo. Algumas esquadrias apresentam vidros quebrados.
Fonte: MPMG.

Casa do Secretário: O imóvel atualmente encontra-se sem uso. Apresenta danos pontuais na cobertura, causando comprometimentos dos forros e pisos situados abaixo destes; há trechos do piso em que os barrotes estão comprometidos; percebemos a presença de cupins de solo.
Fonte: MPMG.

A Fábrica de Tecidos: Em 1893, após a Assembleia com os fazendeiros da região, Antônio Alves, inicia as obras da fábrica e, em 1895, ela é inaugurada com todas as pompas. Pedro Leopoldo fica inserido no contexto mineiro das indústrias de tecido: Indústrias que nasceram do capital oriundo da agricultura e da pecuária, como era o caso do Sr. Antônio Alves Ferreira da Silva, fazendeiro e proprietário de escravos. A Fábrica original, toda em madeira, foi destruída na década de 1970 para uma ampliação de suas instalações, apenas sua porta foi reaproveitada na reforma do Casarão da Fábrica.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: A Lei Estadual n° 843, de 1923, elevou Pedro Leopoldo à categoria de Município, instalado em 27 de janeiro de 1924. Mas nossa história começou a ser escrita muito antes.

A formação cáustica da região proporcionou a formação de grutas, que em muito contribuíram para que o homem primitivo aqui se instalasse em busca de proteção e abrigo. Provas dessa ocupação estão nos sítios arqueológicos: fósseis humanos, restos de cerâmicas, instrumentos em bom estado de conservação, pinturas rupestres, entre outros. Foram essas provas que conquistaram o naturalista dinamarquês Peter Lund, que por aqui se instalou, por volta de 1835, para estudar a pré-história da região. Quase dois séculos após os estudos realizados por Dr. Lund, e posteriormente por diversas universidades e comissões internacionais, ainda existe muito para ser pesquisado e revelado.

Na época áurea da extração de ouro e pedras em Minas Gerais, a região de Pedro Leopoldo passou a fazer parte do caminho de abastecimento da região aurífera. Por aqui, as fazendas produziam alimentos e criavam animais para abastecer as regiões produtoras de ouro com as quais mantinham um intenso comércio.

Com a inauguração, em 1895, da fábrica têxtil pertencente a Antônio Alves, aproveitando o potencial hidráulico da Cachoeira Grande, o então arraial foi inserido no contexto mineiro das indústrias de tecido. Indústrias que nasceram do capital oriundo da agricultura e da pecuária, como era o caso do Sr. Antônio Alves Ferreira da Silva, fazendeiro e proprietário de escravos.

A fábrica acabou por atrair diversas famílias que viriam suprir a necessidade de mão de obra para a produção, manutenção e administração da fábrica.

Nessa mesma época, 1895, é também inaugurada a Estação Ferroviária da Central do Brasil, que aqui foi denominada Dr. Pedro Leopoldo, em homenagem ao engenheiro responsável pela construção desse trecho e que havia falecido no ano anterior à sua inauguração.

A estrada de ferro, construída no outro lado do Ribeirão da Mata, contribuiu para o desenvolvimento da região, favorecendo a comunicação do arraial com outras localidades, facilitando o transporte de matéria-prima, do produto industrializado e da produção agrícola.

Aos poucos, a localidade que antes era conhecida como Cachoeira Grande passou a ser conhecida pelo nome de sua estação ferroviária: “Pedro Leopoldo”.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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2 comments

  1. Luis Schiavone Junior |

    Fábrica de Tecidos Cachoeira Grande, onde trabalhou, ainda menino, nosso inesquecível irmão em humanidade, Francisco Cândido Xavier, reencarnação de Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita Cristã. Por isso, dizemos Francisco Cândido Kardec Xavier, nosso Cisco de Deus, dentro de sua humildade e enorme dedicação ao trabalho de amparo à família consanguínea e a maravilhosa e grandiosa família humana !!! CHICO AMOR PURO KARDEC XAVIER, o ser humano mais próximo de JESUS CRISTO, NOSSO MESTRE E SENHOR. Parabéns a PEDRO LEOPOLDO, por esse arquivo histórico e fotográfico da antiga CACHOEIRA GRANDE, nas Minas Gerais, no BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO !!! OBRIGADO, SENHOR !!! OBRIGADO, SENHORA !!!

  2. Gleiciara |

    Fábrica onde trabalhou a minha querida avó materna Tereza Maria, centenária (hoje com 102 anos), que até hoje conta muitas histórias dessa época de trabalho dela, quando ainda criança (09 anos de idade), por ter trabalhado com o saudoso Chico Xavier!

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