Arcoverde – Conjunto Ferroviário RFFSA
O Conjunto Ferroviário RFFSA, em Arcoverde-PE, foi tombado por sua importância histórica como patrimônio cultural ferroviário nacional.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Patrimônio Cultural Ferroviário
Nome Atribuído: Estação Ferroviária de Arcoverde; Fração do terreno do pátio; Depósito (de acordo com o inventário corresponte a uma das 4 garragens de troller conjugadas; Garagem de troller
Depósito; Posto de abastecimento; Depósito (de acordo com o inventário corresponte a uma das caixas d’água); Armazém; Garagem de troller; Garagem de troller; Depósito
Localização: Arcoverde-PE
Decreto de Tombamento: Lei nº 11.483/07 e Portaria IPHAN nº 407/2010
Descrição: A antiga estação ferroviária,foi inaugurada em 13 de maio de 1912 pela empresa Great Western do Brasil, na então Vila Olho D’água dos Bredos, que em março do mesmo passaria a se chamar Rio Branco, e em 1928, se tornaria o município de Arcoverde. Responsável por grande parte do desenvolvimento da cidade, pela ferrovia eram transportados passageiros e mercadorias relevantes na época (algodão, madeira, açúcar, feijão, café, etc.), as atividades ferroviárias se encerraram no final dos anos 1980.
Hoje Estação abriga diversos grupos de artistas da cidade de Arcoverde, que mantém o espaço e realizam ações de cultura e arte em diversos segmentos como: cineclubes, teatro, literatura, capoeira, cultura popular e ateliês de graffiti, rabeca, artes plásticas, bois e ursos e similares. É o primeiro ponto de cultura do país e encontra-se em efervescente atividade desde 2001 e já abrigou projetos de educação social subsidiados pela Brazil Foundation entre outras instituições.
A partir de 2017 passou a ser também um dos polos do São João de Arcoverde, o Polo Estação da Cultura que traz uma programação cultural diferenciada arraiá, exposições, oficinas e apresentações teatrais e musicais. Em 2018, a Mostra de Artes A Vapor, realizada na Estação da Cultura desde 2015 também passou a fazer parte do calendário de eventos da cidade.
Cartão postal da cidade, a estrutura preserva o charme da arquitetura antiga e típica das construções de sua época servindo de ambientação para ensaios fotográficos e conteúdo audiovisual.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico das ferrovias no Brasil: A história das ferrovias no Brasil inicia-se em 30 de abril de 1854, com a inauguração, por D. Pedro II, do primeiro trecho de linha, a Estrada de Ferro Petrópolis, ligando Porto Mauá à Fragoso, no Rio de Janeiro, com 14 km de extensão. Mas a chegada da via à Petrópolis, transpondo a Serra do Mar, ocorreu somente em 1886.
Em São João del Rei (MG), o Museu Ferroviário preserva a história da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, criada em 1872. Seu percurso ligava a cidade de Sítio (atual Antônio Carlos) à Estrada de Ferro D. Pedro II (posteriormente, Central do Brasil), partindo daí para São João del Rei. Com novas concessões, a ferrovia Oeste de Minas se estendeu a outras cidades e ramais, alcançando, em 1894, um percurso total de 684 km, e foi considerada a primeira ferrovia brasileira de pequeno porte.
As dificuldades e desafios para implantar estradas de ferro no Brasil eram muitos. Procurando atrair investidores, o governo implantou um sistema de concessões, que se tornou característico da política de infra-estrutura do período imperial. Entre o final do século XIX e início do século XX os recursos, sobretudo dos britânicos, alavancaram a construção de linhas férreas.
A expansão ferroviária, além de propiciar a entrada de capital estrangeiro no país, tinha, também, o objetivo de incentivar a economia exportadora. Desta forma, as primeiras linhas interligaram os centros de produção agrícola e de mineração aos portos diretamente, ou vencendo obstáculos à navegação fluvial. Vários planos de viação foram elaborados na tentativa de integrar a malha ferroviária e ordenar a implantação dos novos trechos. Entretanto, nenhum deles logrou êxito em função da política de concessões estabelecida pelo governo brasileiro.
Fonte: Iphan.
Patrimônio Ferroviário: A Lei 11.483, de 31 de maio de 2007, atribuiu ao Iphan a responsabilidade de receber e administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e cultural, oriundos da extinta Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA), bem como zelar pela sua guarda e manutenção. Desde então o Instituto avalia, dentre todo o espólio oriundo da extinta RFFSA, quais são os bens detentores de valor histórico, artístico e cultural.
O patrimônio ferroviário oriundo da RFFSA engloba bens imóveis e móveis, incluindo desde edificações como estações, armazéns, rotundas, terrenos e trechos de linha, até material rodante, como locomotivas, vagões, carros de passageiros, maquinário, além de bens móveis como mobiliários, relógios, sinos, telégrafos e acervos documentais. Segundo inventário da ferrovia, são mais de 52 mil bens imóveis e 15 mil bens móveis, classificados como de valor histórico pelo Programa de Preservação do Patrimônio Histórico Ferroviário (Preserfe), desenvolvido pelo Ministério dos Transportes, instituição até então responsável pela gestão da RFFSA.
A gestão desse acervo constitui uma nova atribuição do Iphan e, para responder à demanda, foi instituída a Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário, por meio da Portaria Iphan nº 407/2010, com 639 bens inscritos até 15 de dezembro de 2015. Para inscrição na Lista, os bens são avaliados pela equipe técnica da Superintendência do Estado onde estão localizados e, posteriormente, passam por apreciação da Comissão de Avaliação do Patrimônio Cultural Ferroviário (CAPCF), cuja decisão é homologada pela Presidência do Iphan.
Os bens não operacionais são transferidos ao Instituto, enquanto bens operacionais continuam sob responsabilidade do DNIT, que atua em parceria com o Iphan visando à preservação desses bens. Esse procedimento aplica-se, exclusivamente, aos bens oriundos do espólio da extinta RFFSA. Os bens que não pertenciam à Rede, quando de sua extinção, não são enquadrados nessa legislação, podendo, entretanto, ser objeto de Tombamento (Decreto Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, aplicado a bens móveis e imóveis), ou ao Registro (Decreto nº 3.551, de 4 de agosto de 2000, aplicado ao Patrimônio Cultural Imaterial).
Fonte: Iphan.
CONJUNTO:
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Manual Técnico do Patrimônio Ferroviário
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