Conselheiro Pena – Conjunto Paisagístico e Arqueológico da Serra da Onça


Fonte: Baeta; Mattos

O Conjunto Paisagístico e Arqueológico da Serra da Onça foi tombado pela Prefeitura Municipal de Conselheiro Pena-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Conselheiro Pena-MG
Nome atribuído: Conjunto Paisagístico e Arqueológico da Serra da Onça – (2559,25ha)
Outros Nomes: Conjunto Paisagístico e Arqueológico da Serra da Onça – pertencente ao Parque Estadual Sete Salões , IEF – (2559,25ha)
Localização: Parque Estadual Sete Salões – Conselheiro Pena-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 1329/2002

Descrição: A relação simbólica dos Krenak com a vasta paisagem local e suas minúcias, cujas características podem ser apreciadas cotidianamente de seu território, é marcada por uma intensidade bastante significativa, uma vez que é atribuído àqueles sítios um caráter “encantado”, mágico e sagrado, capaz, mesmo, de condensar valores relativos à identidade étnica deste povo, associada à sua história e situada em um contexto de contradição com interesses e valores da população regional.
[…]
Povos indígenas habitaram, portanto, esta bacia, por tempos imemoriais, onde hoje apenas se encontra demarcado o território Krenak na margem oposta do Rio Doce, defronte à serra da Onça – por eles denominada takrukkrak, cujo significado seria “pedra alta”.
Fonte: Baeta; Mattos.

Histórico do município: Conselheiro Pena é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se no vale do rio Doce, a leste da capital do estado, distando desta cerca de 400 km. Ocupa uma área de 1 483,884 km², sendo que 3,2 km² estão em perímetro urbano, e sua população em 2017 era de 23 240 habitantes.

A exploração do atual município teve início no século XVIII, quando chegaram os primeiros forasteiros, que adentraram o curso do Rio Doce e seus afluentes e exterminaram os índios Botocudos, primitivos habitantes do lugar, em disputas por terras a fim de extrair ouro. No entanto, as minas auríferas entram em decadência pouco tempo depois e somente após a chegada da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), em 1908, um núcleo urbano estabeleceu-se ao redor da estação ferroviária, desenvolvendo-se em função da agricultura e, mais tarde, da extração de pedras semipreciosas. Em 1923 foi criado o distrito, pertencente a Itanhomi, tendo emancipado-se em 1938.

A agricultura e a exploração mineral foram por muito tempo as principais fontes de renda municipal, mais tarde substituídas pela pecuária bovina, cuja atividade destaca-se no município. Atualmente, um dos principais atrativos é o Parque Estadual de Sete Salões, uma das principais reservas ambientais de Mata Atlântica da região do Vale do Rio Doce, que possui um complexo de montanhas, matas, cachoeiras, e grutas com pinturas rupestres, com destaque também para a Serra da Onça, situada no interior do parque, e a Serra do Padre Ângelo, com suas montanhas propícias à prática de esportes radicais.

O desbravamento da região do atual município de Conselheiro Pena tem início na primeira metade do século XVIII. O local até então era habitado exclusivamente pelos índios Botocudos, conhecidos pela sua ferocidade. Os primeiros exploradores chegaram ao lugar através do Rio Doce, adentrando seus afluentes à procura de ouro, cuja exploração iniciou-se por volta de 1740 e propiciou a formação do povoado de Cuieté, às margens do Rio Cuieté (atual Rio Caratinga); mais tarde elevado à categoria de freguesia. Durante décadas os indígenas foram exterminados pelos colonizadores, que tinham objetivo de dominar as terras. Os índios que sobreviviam eram catequizados e civilizados, sendo que no começo do século XIX restavam poucos representantes da etnia, a maioria servindo como mão de obra das fazendas existentes. As minas auríferas se esgotaram algum tempo depois e, após 1780, a localidade entrava em declínio. Grande parte dos habitantes se mudou e restaram apenas poucas fazendas. O lugar, conhecido como Lajão e até então pertencente a Itabira, foi transferido para Peçanha, Manhuaçu, Caratinga e, até a emancipação, Itanhomi.

Em 1908, chega à localidade os trilhos da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Ao redor da estação ferroviária estabelecem-se alguns moradores, pequenos comerciantes e, mais tarde, uma capela, formando um pequeno núcleo urbano. A agricultura torna-se a principal fonte de renda local, com destaque às culturas do arroz, feijão, milho e, mais tarde, café, e pouco tempo depois, são descobertas jazidas de pedras semipreciosas. Dado o desenvolvimento populacional e econômico, pela lei estadual nº 843, de 7 de setembro de 1923, cria-se o distrito de Lajão, pertencente a Itanhomi, emancipando-se pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938; recebendo então a denominação de Conselheiro Pena, em homenagem a Afonso Pena. Na década de 1940 a agricultura começa a ser substituída pela pecuárialeiteira e de corte, que fizeram o município como destaque na região.

Quando emancipado, Conselheiro Pena era constituído de seis distritos, além da sede, sendo eles Aldeia, Barra do Cuieté, Bom Jesus do Mantena, Floresta, Penha do Norte e São Tomé. Pela lei estadual nº 1.058, de 31 de dezembro de 1943, é criado o distrito de Ferruginha, Floresta passou a denominar-se Alvarenga e São Tomé a chamar-se Moscovita e Bom Jesus de Mantena emancipa-se com o nome de Mantena. Pela lei estadual nº 336, de 27 de dezembro de 1948, são criados os distritos de Cuparaque e Goiabeiras e Moscovita emancipa-se com o nome de Galileia. Pela lei estadual nº 1.039, de 12 de dezembro de 1953, criam-se os distritos de Bueno e Cuieté Velho. Pela lei estadual nº 2.764, de 30 de dezembro de 1962, emancipa-se o distrito de Alvarenga. E pela lei estadual nº 12.030, de 21 de dezembro de 1995, Goiabeira se emancipa e desmembram-se os distritos de Cuparaque e Aldeia para formarem o município de Cuparaque. Atualmente, restam cinco distritos: Barra do Cuieté, Bueno, Cuieté Velho, Ferruginha e Penha do Norte, além do Distrito-Sede.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Baeta; Mattos


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