Curitiba – Palácio da Liberdade


Entrega das obras de restauração do Palácio da Liberdade, sede oficial do Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS). Vista da fachada principal. Curitiba, 18 de dezembro de 2014.

Imagem: Prefeitura Municipal

O Palácio da Liberdade sediou por muitos anos o governo do Paraná. Construído entre os anos de 1870 e 1890, pelo engenheiro italiano Ernesto Guaita.

CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Prédio do Palácio da Liberdade – Antigo Palácio do Governo (Atual Museu da Imagem e do Som)
Outros Nomes: Antigo Palácio do Governo, Museu da Imagem e do Som
Localização: R. Barão do Rio Branco, nº 399 – Curitiba-PR
Número do Processo: 60/77
Livro do Tombo: Inscr. Nº 59-II
Uso Atual: Museu da Imagem e do Som

Descrição: Das poucas edificações oitocentistas que restaram na antiga Rua da Liberdade destaca-se, pela sua arquitetura, o prédio que sediou por muitos anos o governo do Paraná. Construído no último quartel do século XIX, entre os anos de 1870 e 1890, pelo engenheiro de origem italiana Ernesto Guaita para seu colega de profissão Ignácio Weiss, a quem se atribui participação na concepção do projeto, foi adquirido em 1890, juntamente com seu mobiliário, pela Fazenda Nacional, passando à propriedade definitiva do Estado, que ali teve sua sede governamental de 1892 a 1938. Após esta data ali se instalou e permaneceu durante mais de trinta anos a Secretaria do Interior e Justiça.
Assim como as demais obras de Ernesto Guaita, essa casa segue o ecletismo de gramática neoclássica greco-romana. Sua implantação, no alinhamento da testada mas afastada dos demais limites do terreno, e seu porte monumental expressam um partido arquitetônico presente, na época, apenas nas edificações mais nobres da cidade.
O acesso principal faz-se por uma porta central, mas lateralmente há dois portões, dispostos nas extremidades da fachada, sendo que o da direita dá para uma galeria, em arcas, abertas para o quintal. Ladeiam a porta principal e a separam dos portões laterais duas séries de três janelas. A fachada do pavimento superior, originalmente, era perfeitamente simétrica, formada por um conjunto de três portas dispostas entre dois pares de janelas. Atualmente, como resultado de uma das inúmeras modificações sofridas pelo monumento, o lado direito do andar superior estende-se pela galeria, ampliando para três os vãos de janelas e rompendo, dessa forma, a simetria da composição. O elemento de destaque da fachada é o balcão de guarda-corpo abalaustrado sustentado por quatro modilhões, para o qual se abre o conjunto de três portas do andar superior.
Seguindo a linha da arquitetura neoclássica, o arremate superior do monumento é uma platibanda, sublinhada por cimalha, vazada por balaustres de massa – similares aos do balcão – e ornamentada por jarros do mesmo material. O parâmetro das paredes externas possui revestimento a bossagem. Todos os vãos externos são arcos plenos, possuindo as janelas do sobrado sobreverga em frontão curvo e a do térreo chave de arco ornamentada com “máscara” de figura humana. Quatro colunas de ordem coríntia balizam o conjunto das três portas contribuindo para conferir caráter nobre ao edifício. Internamente a casa foi bastante alterada em sucessivas adaptações de uso. Como ocorreu em prédios contemporâneos, e assemelhados a ele, como o atual Solar do Barão e o Palacete Leão Junior, ou aquelas de mesma autoria, como a Câmara Municipal, somente uma restauração poderá trazer a luz acabamentos internos de valor artístico encobertos em reformas insensatas, Contudo, alguns sinais de riqueza de tratamento interno correspondente ao nível da composição do exterior são perceptíveis, como o arco abatido ladeado por colunas coríntias do salão superior, os frisos pintados com motivos florísticos e a escada em dois lances do acesso principal ao pavimento superior.
Fonte: CPC.

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CPC
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