Guaxupé – Antigo Hotel Cobra
O Antigo Hotel Cobra foi tombado pela Prefeitura Municipal de Guaxupé-MG por sua importância cultural para a cidade.
Prefeitura Municipal de Guaxupé-MG
Nome atribuído: Antigo Hotel Cobra – atual Câmara Municipal / Teatro
Localização: Av. Conde Ribeiro do Valle, nº 113 – Guaxupé-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 975/2001
Descrição: O antigo Hotel Cobra, de propriedade do Sr. Agenor de Lima, foi inaugurado em 1923. Em estilo eclético, o prédio foi construído por mão de obra italiana. Sua fachada principal, neoclássica, é obra do artista italiano, Felício Genga, e do mestre de obras, Rafael Gesini. O Hotel Cobra era o mais bem aparelhado da cidade e região, e por mais de 65 anos de funcionamento, hospedou grandes personalidades: Maestro Villa-Lobos, o cantor Roberto Carlos, o ex-presidente do Brasil, JK, e tantas outras. Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, soldados se abrigaram nele. Em 1988, o Hotel fechou as portas, e logo em seguida foi desapropriado pela Prefeitura. Ainda no final da década de 80, o edifício abrigou em suas dependências, vários departamentos públicos municipais, tais como: Dep. de Saúde, Dep. de Cultura, Vigilância Sanitária, etc. Todavia, em fins da década de 1990, o prédio estava desocupado e em péssimas condições. No início dos anos 2000, ele passou por uma ampla reforma para abrigar a Câmara no andar superior, e o Teatro Municipal, no térreo. O Foyer do Teatro foi inaugurado em 2005, restando ainda finalizar algumas obras no prédio. Finalmente, em dezembro de 2008, o antigo Hotel Cobra estava totalmente revitalizado, e o Teatro Municipal foi, então, inaugurado.
Em 2011, a Câmara Municipal transferiu-se para outro local, e o andar superior foi ocupado pelo gabinete do prefeito e por outros departamentos da Prefeitura.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: Até o começo do século passado, o território em que se situa Guaxupé era mata virgem. As mais antigas referências dão conta de que somente em 1813 pés de homens civilizados pisaram a região que era habitada pelos primitivos “Caminho das Abelhas”, significado indígena da palavra Guaxupé, é a versão mais aceita para a denominação que ficou até hoje. Tomou esse nome, por volta de 1814, o ribeirão e mais tarde o arraial, denominado Dores de Guaxupé. O documento mais antigo sobre posse de terras até agora conhecido tem a data de 28 de outubro de 1818: É uma escritura passada em Jacuí e pela qual João Martins Pereira e sua mulher Maria de Jesus do Nascimento vendiam a Antônio Gomes da Silva “terras de cultura de matos virgens e serrados”na paragem do Ribeirão do Peixe vertente para o Rio Pardo, junto a terras do próprio Gomes da Silva, que foi então ao que tudo indica, o segundo proprietário das terras em que depois surgiu a cidade.
Mais tarde, as terras foram transferidas a Paulo Carneiro Bastos, que doou 24 alqueires para a fundação da Capela de Nossa Senhora das Dores. Essa área era parte da Fazenda Nova Floresta, e nela em 1837, celebrou-se a primeira missa, num ato que pôde corresponder ao ato de fundação de Guaxupé. Paulo Carneiro Bastos, Francisco Ribeiro do Valle, o licenciado José Joaquim da Silva e o tenente Antônio Querubim de Rezende, são os nomes que os anais registram como fundadores de Guaxupé. A capela foi construída em 1839 e ao redor dela construíram-se as primeiras casas, exatamente no local onde está hoje a Avenida Conde Ribeiro do Valle, de onde derivava o “caminho de Santa Barbara das Canoas”, atual rua Barão. Por volta de 1850, o Arraial de Nossa Senhora das Dores de Guaxupé já contava com 180 casas, 07 ruas e engenhos. Em 1853 a povoação foi elevada a Distrito de Paz, na jurisdição de Jacuí e em 1856 criava-se a Paróquia de Nossa Senhora das Dores de Guaxupé, pertencente à Câmara Eclesiástica de Caconde, no bispado de São Paulo. Iniciou-se então a construção da nova igreja na atual praça Américo Costa. Francisco Ribeiro do Valle, ao falecer em 1860, 13 de abril, legou “quatrocentos mil réis” à Paróquia. Em 23 de junho de 18 54, o povoado foi elevado a Freguesia, no termo de Jacuí e Município de São Sebastião do Paraiso. O município de Guaxupé foi instigado pela lei 556, de 30 de agosto de 1911, com território desmembrado de Muzambinho, e instalado solenemente em 1º de junho de 1912, data em que se comemora. Era uma conseqüência da grande expansão econômica que tomara vulto desde 1904, quando chegaram os trilhos da Mogiana. A Comarca foi criada em 1925, pela lei 879 de 25 de janeiro. Eis, pois, os traços essenciais da bela história de Guaxupé, a “Cidade das Abelhas”.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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