João Pessoa – Igreja da Ordem Terceira do Carmo
Os quatro cantos da nave são chanfrados da Igreja da Ordem Terceira do Carmo, em João Pessoa – PB, o que lhe confere a forma octogonal.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja da Ordem Terceira do Carmo
Outros Nomes: Igreja de Santa Teresa de Jesus da Ordem Terceira do Carmo
Localização: Praça Dom Adauto – João Pessoa – PB
Número do Processo: 43-T-1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 190, de 22/07/1938
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.
IPHAEP – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba
Nome Atribuído: Igreja Nossa Senhora do Carmo
Localização: Praça D. Adauto, s/n – Centro – João Pessoa-PB
Decreto de Tombamento: Decreto n° 20.134, de 02/12/1998
Publicação no Diário Oficial: D.O. 03/12/1998
Descrição: A Igreja de Santa Teresa é anexa à Igreja de N.S. do Carmo, diferindo desta por ter proporções menores e riqueza de detalhes. Apresentando uma particularidade quanto ao seu plano, que é diferente do das demais da ordens: os quatro cantos da nave são chanfrados, o que lhe confere a forma octogonal. As talhas da capela-mor são bem executadas e quase todas cobertas de ouro. As colunas helicóides com folhas estilizadas de acanto obedecem ao estilo da igreja principal da Ordem Carmelita. O forro do teto é em abóbada ogival, contando episódios da vida e morte da grande reformadora do Carmo. No centro abre-se uma gigantesca rosa de pétalas douradas, de onde saem diversos raios que se dividem em triângulos, no meio dos quais ressaltam bustos de santos da ordem embutidos na madeira. A sacristia tem cômoda de jacarandá com nicho aberto ladeado de ornatos; dois armários laterais divididos em escaninhos com portinholas (de grande valor artístico) e pia de pedra talhada, instalada em um compartimento especial.
Fonte: Iphan.
Descrição: A Igreja e Convento de Nossa Senhora do Carmo datam ambos do século XVI(Nóbrega, 1982). Construídos pelos carmelitas, que aqui chegaram a pedido de D. Henriques (Rodriguez, 1992), sua obra é toda em pedra (Nóbrega, 1982), e a fachada e interior da Igreja são trabalhados em rococó (Rodriguez, 1992). Quando da invasão holandesa, houve perseguição aos carmelitas. Com isso , muitos detalhes sobre as obras realizadas por esta ordem se perderam, visto que seus documentos foram enterrados e não recuperados (Nóbrega, 1982).
Quase mais nada há do antigo convento. Em 1905 este foi transformado para servir de residência a Dom Adauto de Miranda Henriques, 1º bispo paraibano. Ainda hoje o local do antigo convento serve como residência episcopal (Rodriguez, 1992).
Os carmelitas também construíram a Capela de Santa Tereza de Jesus da Ordem Terceira do Carmo (Rodriguez, 1992), que data do século XVIII e foi concluída em 1777, por frei Manuel de Santa Tereza. Edificada anexa à igreja de Nossa Senhora do Carmo, destaca-se pela riqueza artística do seu interior (Nóbrega, 1982). Ainda hoje é utilizada para culto religioso católico (Rodriguez, 1992) e é local de funcionamento da Ordem Terceira dos Carmelitas (Nóbrega, 1982).
A igreja e a capela formam um bonito conjunto, cujo estilo é o barroco (Rodriguez, 1992). Este conjunto encontra-se localizado na Praça Dom Adauto, conhecida como Praça do Bispo (CPCH, 1999).
Fonte: UFPB.
Descrição: A Igreja de Nossa Senhora do Carmo, localizada no Centro Histórico da cidade, na Praça Dom Adauto, compreende um conjunto arquitetônico, construído pelos carmelitas, composto pela Igreja de Nossa Senhora do Carmo, pelo Palácio Episcopal (antigo Convento Carmelitano e atual sede da Arquidiocese da Paraíba), ambos construídos no século XVI e tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), e pela Igreja de Santa Teresa de Jesus da Ordem Terceira do Carmo, datada do século XVIII e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A ordem religiosa dos carmelitas chegou ao Estado da Paraíba provavelmente no ano 1591, junto com os beneditinos, franciscanos e jesuítas, com o objetivo de evangelizar e catequizar os índios. No final do século XVI os carmelitas começaram a construção de uma moradia própria na Paraíba. A conclusão da obra foi demorada, incluindo o Convento do Carmo, a igreja de Nossa Senhora do Carmo, a capela de Santa Teresa e a casa dos exercícios dos Irmãos Terceiros.
O conjunto carmelitano só ficou pronto no século XVIII quando, de acordo com os registros históricos, Frei Manuel de Santa Teresa encerrou as obras usando recursos próprios.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: É controvertido o significado do topônimo dado ao rio Paraíba. Para Elias Erckman, Paraíba significa rio mau, porto ruim, ou mar corrompido. Varnhagen também indica a tradução de rio mau e Teodoro Sampaio, a de rio impraticável. Segundo Coriolano de Medeiros, porém, o significado exato seria braço de mar, pois os primeiros geógrafos que estudaram o rio tomaram-no por um braço de mar, sendo provável, assim, que o gentio da terra como tal o tivesse considerado, dando-lhe o nome com a precisão com que batizavam os acidentes do terreno.
Toda a região do São Domingos (primeiro nome dado ao Paraíba) era habitada por índios, estes influenciados pelos traficantes franceses de pau-brasil, interessados em conservá-los hostis a exploradores de outras nacionalidades. Assim é que, em 1574, foram os índios levados a tomar parte no ataque ao engenho de Diogo Dias, em terras da Capitania de Itamaracá no qual se verificou grande morticínio de brancos. Desde essa época, sucederam-se tentativas de colonização, pois o Rei de Portugal temia que os franceses ali se estabelecessem definitivamente. Foram construídos fortes na foz do rio e em terra travaram-se diversas batalhas, de resultados contrários aos portugueses.
Em março de 1585, chegava à Paraíba Martim Leitão, Ouvidor Geral da Bahia, chefiando uma expedição que deveria restaurar os fortins da barra e desalojar os franceses de diversas posições. Em 2 de agosto do mesmo ano, nova tentativa, chefiada pelo Capitão João Tavares, que se aproveitou das desinteligências surgidas entre as duas tribos que habitavam as margens do Paraíba e rios próximos, conseguindo insinuar-se entre os Tabajaras e firmar um pacto de amizade com o seu morubixaba o índio Piragibe. O acordo verificou-se no dia 5, numa colina à direita do rio Sanhauá, pequeno afluente do Paraíba. É nesse local que hoje se situa a cidade de João Pessoa.
Em homenagem ao santo do dia, o lugar tomou o nome de Nossa Senhora das Neves, até hoje padroeira da cidade. Em honra ao rei da Espanha, que dominava Portugal, a cidade recebeu o nome de Felipéia.
Em novembro do mesmo ano, chegavam várias famílias, levadas pelo Ouvidor-Geral Martim Leitão, que providenciou também a construção de fortes, igrejas e casas de moradia.
As lutas com os índios prosseguiram ainda durante anos, ora contra os Tapuias, que viviam no interior, ora contra os Potiguares, que habitavam o norte.
Desenvolveu-se lentamente a cidade, aonde depois veio a radicar-se Duarte Gomes da Silveira, companheiro de Martim Leitão, numa de suas expedições. A fim de estimular o progresso da cidade, instituiu prêmios para recompensar os habitantes que levantassem casas de moradia tendo fundado (a 6 de dezembro de 1639) o Morgado Salvador do Mundo, como patrimônio da Santa Casa de Misericórdia da Paraíba.
A 24 de dezembro de 1634 foi a cidade ocupada pelos holandeses, depois de ataques aos fortins da barra, defendidos pelas tropas aquarteladas em Cabedelo. Contava Felipéia 1.500 habitantes e em suas imediações funcionavam 18 engenhos de açúcar. Com a aproximação das forças batavas, o povo abandonou a cidade, depois de incendiar os prédios mais importantes. Comandados pelo Coronel Segismund Von Schkoppe, 2.500 homens invadiram a cidade, que tomou o nome de Frederikstadt.
O povo paraibano não se sujeitou ao jugo estrangeiro e seu espírito de resistência teve como símbolo a figura de André Vidal de Negreiros, organizador do movimento de reação. E em 1654, vencidos os invasores e obrigados a retirada para o seu país, tomou posse do cargo de governador João Fernandes Vieira.
A capital chamou-se Paraíba do Norte até 4 de setembro de 1930, quando teve seu nome mudado para João Pessoa, em homenagem ao Presidente do Estado, assassinado no Recife, em plena campanha política. Sua morte foi uma das causas imediatas da Revolução de 3 de outubro daquele ano. Fonte: IBGE.
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