ipatrimônio

A Antiga Estação E.F.B.M. foi tombada pela Prefeitura Municipal de Ladainha-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Ladainha-MG
Nome atribuído: Antiga Estação E.F.B.M. – atual Rodoviária
Outros Nomes: Antiga Estação Ferroviária
Localização: R. Genésio de Farias, s/n – Ladainha-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 09/2009
Uso Atual: Estação Rodoviária

Descrição: Na região o município de Ladainha é o que detém o maior número de construções históricas da extinta Estrada de Ferro Bahia-Minas, que ligava o Nordeste Mineiro ao Sul da Bahia. No centro da cidade ainda é possível ver a antiga estação ferroviária e a casa do agente fundada em 1918, servia de moradia para os trabalhadores da linha férrea , além de outras casas que também serviam de residência para os trabalhadores.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais

Descrição: […] Ladainha, por sua vez, abrigou estação, armazém, centro esportivo e de recreação (década de 1950) e oficina, inaugurada em 1924. Os tornos, prensas, serras e plainas dessa oficina foram alimentados por motores a vapor até 1950. Nesse ano, a direção da Bahia-Minas construiu represa e usina hidrelétrica de 500 HP, cujas sobras de energia iluminaram a cidade de Ladainha. Logo depois, a ferrovia implantou clube recreativo e a Escola Profissional Ferroviária de Ladainha, destinada a preparar jovens para serviços especializados requeridos pela BahiaMinas.
A respeito da oficina de Ladainha, o depoimento de Paulo Salvátara, 82 anos de idade, contém informações importantes:
“Eu cheguei a Ladainha em 1946, procedente de Setubinha (distrito de Minas Novas). Eu era ferreiro. Comecei a trabalhar na oficina da EFBM, na função de mecânico. De 1947 a 1951 trabalhei na oficina, que era chefiada por João Batista Eleutério. Nessa época, a oficina tinha 130 funcionários. Cuidava dos consertos das locomotivas e dos vagões. Fazia também a montagem das máquinas novas que chegavam para a estrada de ferro. A gente pegava os desenhos das locomotivas e montava, trabalhando dia e noite, com base na experiência do pessoal. Não tinha engenheiro na oficina. Lá os fazendeiros da região pediam auxílio. Eu fabriquei muitos engenhos e alambiques na oficina para os fazendeiros”.
Fonte: Marcos Lobato Martins, 2015, p. 73.

Histórico do município: Ladainha acha-se situada em uma sesmaria, antigamente denominada de Jacinto Mendes, sesmaria esta doada pelo Imperador D. Pedro II, em 1877, a um velho soldado veterano de Guerra com o Paraguai. Com referência ao nome Ladainha dado ao local, não se pode precisar nada. Contam os antigos que se originou pelo fato de residir nas proximidades onde se acha a cidade de Ladainha um velho conhecido pela alcunha de ‘Podô’, assíduo rezador de terços onde icluía sempre uma ladainha.
De meados de 1914 a princípios de 1915, quando chegaram àquelas paragens o Coronel José Ribeiro de Oliveira, empreiteiro da Estrada de Ferro Bahia e Minas, e o pessoal que o servia, armou aquele um barracamento, que foi o marco inicial do povoado.
O nome de Ladainha passou a figurar quase que oficialmente após a conclusão dos trabalhos da construção da linha férrea e da estação. Havendo necessidade de ser dado um nome oficial à estação ferroviária, apelaram para que o Cel. José Ribeiro sugerisseum nome; ele, a título de brincadeira, repondeu: Ladainha do Podô. O velho Podô morava proximo à residência do Coronel e, como este dizia, o incomodava muito com as suas ladainhas. Desse modo, não só a estação férrea ficou com o nome de Ladainha, mas também o povoado e, afinal, toda a região.
Um dos fatores primordiais para o rápido desenvolvimento do povoado foi a localização e construção, em suas terras, das Oficinas borais da Bahia e Minas, em 1926, época em que foram construídas cinquenta e uma casas para resideências dos empegados da ferrovia. O terreno para a construçãofoi doado pelo cel. José Ribeiro que , nessa ocasião, já havia adquirido a posse do Sr. Jacinto Mendes.
Nessa mesma época
, a pedido do capitão Adolfo Sá, então presidente da Câmara Municipal em Teófilo Otoni, fez o coronel a doação de 10,5 alqueires de terras apra edificação da futura cidade, cuja área se acha desmembrada.
Em 1929, a sede do distrito que se encontra na Vila Concordia transferiu-se para Ladainha. Conforme assentamentos existentes nos ‘Livros de nascimentos e casamentos’ do Cartório de Paz de Ladainha, o povoado e seu território foram elevados a vila e distrito, em setembro de 1932, sendo seu primeiro juiz de paz o major Manoel Silva Tavares. A vila foi elevada à categoria de cidade, sede do atual muinicipio de Ladainha, em 1948. Os debravadores da região foram o cel. José Ribeiro de Oliveira, também considerado o fundador da cidade, Manoel Dias Machado e Antonio Ramos da Cruz, sendo os primeiros que ali fixaram residência.
Fonte: IBGE.

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Marcos Lobato Martins
José Marcello Salles Giffoni
Estações ferroviárias
Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais