Laguna – Casa Colonial
A Casa Colonial, em Laguna-SC, foi tombada por sua importância para o Estado.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Laguna, SC: centro histórico
Localização: Laguna-SC
Número do Processo: 1122-T-1984
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscr. nº 89, de 25/04/1985
Prefeitura Municipal de Laguna-SC
Nome Atribuído: Casa Colonial
Localização: Praça República Juliana, esquina com R. Rio Branco, n° 10 – Centro – Laguna-SC
Resolução de Tombamento: Decreto nº 17/78, de 04/10/1978
Descrição: Registrada nos livros que datam de 1880 como “casa de boa construção” que ocupava pequeno quarteirão e com uma área aos fundos. Funcionou, inicialmente, como casa de comércio de Acácio Soares Moreira, cidadão de origem portuguesa. Estava ligada ao apelido de “esquina do ABC”, em consequência de serem as casas das quatro esquinas – da qual fazia parte – ocupadas por pessoas com nomes iniciados pelas letras A, B e C: Acácio, Américo, Bembem e Candomil. A casa era também ponto de encontro de pessoas de destaque social na cidade.
Em janeiro de 1867, nela se instalou a primeira Estação Radiotelegráfica de Laguna, à época, a única da Comarca. Antônio Gonçalves Lima foi seu primeiro telegrafista.
Atualmente, é propriedade do Governo do Estado de Santa Catarina.
Construção residencial/comercial em alvenaria de pedra, com vedações em pau a pique (taipa de mão). Pisos de assoalho em tábuas largas, substituídas posteriormente por tábuas estreitas. Edificação térrea, com sótão, coberta por telhado em três águas. A propriedade compreende, além da casa, uma área de serviço edificada aos fundos e de pátio sem cobertura, fechado, com uma porta que dá acesso à rua lateral à casa.
A edificação dá frente para três ruas, e é um dos melhores exemplares da arquitetura civil tradicional luso-brasileira no estado, sendo imponente tanto por sua localização como pela sua volumetria.
Sua planta, quase quadrada, apresenta certas peculiaridades, em razão do uso misto. A esquina era utilizada como comércio, na qual as primitivas aberturas, que hoje são janelas, eram portas. A parte residencial, com acesso pela frente, possui uma sala frontal e outra posterior, ambas de grandes dimensões, com quartos laterais. O acesso ao sótão se dá por uma escada em dois lances, também localizada na parte posterior. O sótão possui uma sala, com abertura para o pátio interno, e dois quartos.
Os materiais utilizados na construção são de primeira ordem: nas soleiras das portas e peitoris das janelas, utilizou-se o mármore, e o piso é em losangos, também do mesmo material. A caixilharia, tanto das bandeiras das portas como das janelas em guilhotina, possui, ao centro, desenho em losango.
A parte de serviço, provavelmente primitiva senzala, também recoberta por telhado em três águas, é arrematada por beiral em cimalha – moldura saliente que remata a parte superior da fachada de um edifício, ocultando o telhado e impedindo que as águas escorram pela parede.
Fonte: UDESC.
CONJUNTO:
Laguna – Centro Histórico
MAIS INFORMAÇÕES:
UDESC