Luminárias – Casa da Cultura
A Casa da Cultura foi tombada pela Prefeitura Municipal de Luminárias-MG por sua importância cultural para a cidade.
Prefeitura Municipal de Luminárias-MG
Nome atribuído: Casa da Cultura
Localização: R. Cel. Francisco Diniz, nº 222 – Centro – Luminárias-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 010/2006
Inscrição no Livro do Tombo: Inscrição n° 001
Descrição: No dia 03 de Julho de 1857, o Distrito que formou a cidade de Luminárias foi abrangido pela lei 805, que no parágrafo único do artigo 5º dizia que a Freguesia seria instalada logo que seus habitantes apresentassem prédio para a escola. A referida escola foi criada em 1875, com a doação de uma casa à província pelos cidadãos Manoel Ferreira Martins, Tenente Coronel Francisco Inácio de Melo e Souza, Francisco Diniz Junqueira, José Antônio Barbosa e Firmiano Antônio da Silveira. Essa foi nomeada como Escola de Instrução Primária do Sexo Masculino. Assim passou a existir a casa da “Instrução”, com o imóvel dividido ao meio, contando com dois salões que não possuíam ligação entre si, onde funcionavam as duas salas de aula, sendo uma do sexo masculino e a outra do sexo feminino, com cerca de 80 a 90 alunos em cada sala. Lecionava-se do 1° ao 3º ano. Cada sala contava com sua porta de entrada exclusiva, em lados opostos do imóvel, sendo que uma das portas encontra-se no mesmo local até os dias de hoje. Existia varanda somente na parte da frente da Casa. Já no lugar dos banheiros existiam duas latrinas (casinha- privada). A partir de 1908, destacou-se o casal de professores Antônio Romualdo Fábregas (Professor Fábregas) e Dona Judith Anália Fábregas, que se decidiram com amor e afinco à alfabetização, ele a dos meninos e ela das meninas. Em 1950, foi construído o Grupo Escola, o qual é conhecido até hoje. Com a transferência da “escola” para o Grupo Escolar, a antiga “Casa da Instrução” foi utilizada para diversas finalidades, sempre provisoriamente, como posto de saúde, delegacia, prefeitura, novamente sala de aula etc. Até que em 1999, depois de muitas reformas, mas mantendo suas estruturas, a casa passou a se chamar Casa da Cultura, que hoje abriga a Biblioteca Pública Municipal Prefeito Artur Martins de Andrade, o Museu Municipal Professor Doutor Carlos Ribeiro de Diniz, o Arquivo Público Municipal Prefeito Salvador Ferreira Diniz e o Setor de Cultura e Turismo da Administração Municipal.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.
Histórico do município: […] o início dos pequenos grupos populacionais da região se deram antes de 1750 , como comprovação podemos citar a Fazenda dos Monjolos, situada a 5Km da cidade, que existe até hoje e foi encontrada em citações de documentos de 1750. Os dois austríacos, Spix e Von Martius, chegaram ao Brasil em 1817 para as núpcias da Arquiduquesa da Áustria com o Príncipe D. Pedro e entraram na história luminarense, pois detalharam a passagem que fizeram por estas bandas. Conta-se que Luminárias recebeu essa denominação em virtude de sua proximidade com a Serra das Luminárias, que segundo contam os mais antigos, apareciam pontos luminosos nessa serra, de origem desconhecida até hoje. Alguns dizem que eram pedras preciosas que reluziam na serra, outros que eram as águas que batiam nas pedras e refletiam e tem até mesmo os que supõem que fossem OVNIs.
O fenômeno era conhecido desde tempos remotos, pois relatos ouvidos de índios que habitavam a região bem antes da chegada dos colonizadores, em meados dos anos 1600, consideravam as luzes como uma manifestação sobrenatural. Nativos, colonizadores, bandeirantes, milhares de tropeiros, fazendeiros e os moradores da cidade – todos testemunharam, no passar dos séculos, as mesmas estranhas luzes brilharem e se movimentarem no alto da serra durante quase toda a noite. À falta de melhor definição para aqueles fortes pontos brilhantes, os primeiros colonos diziam que “pareciam luminárias” e por isto as montanhas ficaram conhecidas como Serra das Luminárias.
Quase dois séculos depois, em 1798, o povoado invocou a proteção de Nossa Senhora do Carmo, adotando o nome de Carmo das Luminárias e depois simplesmente Luminárias, como é chamada até hoje. A cidade de Luminárias provavelmente é o caso mais antigo (séc. 16) de relatos de aparição de OVNIs no Brasil e talvez a única cidade do mundo que deve seu nome a eles. Outra versão que existe para explicar o nome de Luminárias está ligada a festas e comemorações, mas que nao tem a mesma força entre a população, é a de que uma antiga moradora, Dona Maria José do Espírito, costumava realizar muitas festas religiosas e as mesmas eram iluminadas por luminárias feitas de papel, o que atraía a atenção de moradores de toda a região.
Conta-se que as luminárias também eram utilizadas para iluminar os caminhos por onde passavam as procissões que aconteciam a noite. A formação do núcleo populacional deu-se a partir da construção de uma pequena capela, conhecida como Igreja Velha, por Dona Maria José do Espírito em 1798, onde celebravam-se ofícios religiosos para sua família e circunvizinhança. Posteriormente, Francisco da Silva Pinto doou uma parte de um terreno próximo a capela para a construção do patrimônio da povoação, originando o que hoje é a cidade de Luminárias.
Em 1840, Luminárias foi constituída Distrito de Lavras do Funil, sobre a denominação de Carmo das Luminárias. Em 1846 o Distrito foi suprimido pela Lei nº 288, entretanto em 31/05/1850, foi restaurado como Distrito de Lavras do Funil, pela Lei nº 472, §4 do Artigo 20. Em 03 de julho de 1857, através da Lei nº 805, foi elevado à categoria de Freguesia, com a denominação de Freguesia de Nossa Senhora do Carmo das Luminárias. Em 31/12/1943, desmembrou-se do Município de Lavras e passou a Distrito de Itumirim, pelo Decreto Lei Estadual nº 1.058. Teve sua emancipação política e administrativa através da Lei 336 de 27 de Dezembro de 1948, tendo como Governador o Sr. Milton Soares Campos, que nomeou como Intendente, a quem competia instalar e organizar o município, o Sr. Atanael Moura Maia, no dia 01 de Janeiro de 1949.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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