Paraguaçu – Avião Monumento


Imagem: Prefeitura Municipal

O Avião Monumento, de Paraguaçu-MG, é um PP-TRO – Piper Cub Trainer, o primeiro a pousar no Aeroclube da cidade em 1943. O Aeroclube foi fundado em 1941. 

Prefeitura Municipal de Paraguaçu-MG
Nome atribuído: Avião Monumento
Localização: Trevo da cidade – BR 491 – Paraguaçu-MG

Descrição: O avião NAT-6 situado às margens da rodovia BR 491 dentro dos limites geográficos de Paraguaçu, sul de Minas Gerais, há muito é considerado pelos paraguaçuenses e pelos moradores das cidades vizinhas, o símbolo da cidade. O simbolismo que liga o avião, a aviação e a cidade são anteriores a fixação desta peça nas margens da rodovia, ainda que o plebiscito oficial que o elegeu como o símbolo escolhido pelos paraguaçuenses só tenha se dado na década de 1990.
Paraguaçu e seus habitantes, imbuídos de espírito pioneiro na região, em 1941 fundaram o seu Aero Clube. A Cia Sul Mineira de Eletricidade, apoiou o projeto e comprometeu-se a doar para a cidade um avião para o treinamento de pilotos, assim que a urbe contasse com um campo de pouso. Este, que seria um grande empecilho foi rapidamente solucionado. O senhor Oswaldo Costa, político paraguaçuense de projeção nacional, construiu às suas expensas um campo de pouso e instalações aeroportuárias em uma propriedade sua e a doou em 1943 para o Aero Clube.
Naquele mesmo 1943 o campo de pouso recebia seu primeiro avião, que fora doado pela Cia Sul Mineira de Eletricidade em cumprimento da promessa feita. O avião era um PP-TRO – Piper Cub Trainer –, fabricado pela empresa norte-americana Air Craft Piper Corporation, fixada no estado da Pensylvania. Tratava-se de um monomotor, com 65 cavalos de potência e capacidade para duas pessoas.
Toda essa trajetória fez com que o passado da cidade fosse marcado pela presença das aeronaves cruzando os céus de Paraguaçu. Foi por esse motivo que em 1974 observou-se a instalação do avião no trevo de entrada da Cidade, doado pelo Ministério da Aeronáutica.

Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Os índios da tribo “Mandibóias”, que significa “cobra enrolada para o bote”, do grupo tupi-guarani, de nação cataguás, foram os primeiros habitantes do lugar denominado Sertões de São Sebastião, onde futuramente despontaria o Município de Paraguaçu.
Os aborígenes não eram antropófagos, porém, valentes e vingativos, e viviam às margens dos rios Sapucaí e Dourado. A presença dos silvícolas neste lugar foi oficialmente registrada no ano de 1597 por Martim Corrêa de Sá, que percorreu nossa região naquela época, juntamente com Henry Baraway e Antony Kniwet.
Em 1790, foram cedidas duas sesmarias, sendo uma para Agostinho Fernandes de Lima Barata e sua esposa Joana Maria de Oliveira, e outra, ao Capitão Manoel Luiz Ferreira do Prado e sua esposa Tereza Maria de Jesus, ambas localizadas às margens dos rios Sapucaí, Dourado, Machado e do Ribeirão Sossegado, atualmente denominado de Ribeirão do Carmo, onde hoje se constituem as cidades de Paraguaçu e Fama.
O sesmeiro Agostinho Fernandes de Lima Barata, natural de Portugal, da cidade de Góes, Bispado de Coimbra, povoou e cultivou rapidamente suas terras, prestando um dos maiores benefícios ao lugar, ao abrir os caminhos para povoados vizinhos como Elói Mendes (então denominado Morro Preto da Mutuca), Varginha (então denominado Espírito Santo das Catanduvas), Machado (então denominado Santo Antônio do Machado) e Alfenas (Então denominado São José e Dores de Alfenas). Agostinho Barata foi pioneiro ao adquirir e transportar de São Paulo para Paraguaçu-MG a maquinaria destinada à montagem de um engenho em sua propriedade na Fazenda da Mata (atual bairro da Mata), o que consignou enorme evolução da sesmaria pelas grandes lavouras de cana-de-açúcar existentes, pois, somente em 1885 é que a cafeicultura foi introduzida em nosso município.
Em 1805, as terras das sesmarias começaram a ser divididas através das cessões de glebas aos interessados, criando aqui o Curato, por exigência do Juiz de Sesmarias de São João Del Rei, responsável pelas sesmarias da região sul mineira.
O Bispo Dom Mateus de Abreu Pereira, Bispo de São Paulo naquela época, é considerado o edificador da cidade de Paraguaçu pelo seu incondicional apoio e suas exigências quanto à aquisição de terrenos para o patrimônio público, e quanto à construção da capela e do cemitério, para que os habitantes não mais precisassem de realizar batizados, casamentos, sepultamento de seus mortos e missas em Douradinho; decisões pelas quais o lugarejo adquiriu a sua autonomia mínima.
O casal Maria Rosa de São José e Amaro José do Vale doaram as terras necessárias à formação do patrimônio, com a lavratura definitiva da escritura realizada em 17 de outubro de 1825, cuja cópia foi arquivada na Cúria da Diocese de Guaxupé-MG. O Ex-Prefeito Oscar Ferreira Prado , recebeu uma cópia da mencionada escritura de Dom Hugo Bressane de Araújo, Bispo Diocesano da Campanha-MG.
Em 1810 foi iniciada a construção da primeira capela no arraial, onde hoje localiza-se a Igreja de Nossa Senhora da Aparecida.
Texto: Itamar Rodrigues Araújo
Fonte: Prefeitura Municipal.

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