Piranga – Santuário do Senhor Bom Jesus de Matozinhos
O Santuário do Senhor Bom Jesus de Matozinhos, em Piranga-MG, foi tombado por sua importância cultural.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Conjunto arquitetônico e paisagístico do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matozinhos, assim como o acervo móvel e integrado do templo religioso que o compõe, cujo perímetro está assim descrito: Inicia-se na Rua do Rosário, afetando os lotes dos dois lado
Outros Nomes: Santuário de Bom Jesus do Bacalhau; Santuário do Bacalhau; Capela do Senhor Bom Jesus de Matozinhos
Localização: Distrito de Santo Antônio de Pirapetinga – Piranga – MG
Número do Processo: 1223-T-1987
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscr. nº 114, de 31/10/1996
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 542, de 31/10/1996
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 607, de 31/10/1996
Descrição: Nos primeiros anos do século XVIII, mais precisamente no ano de 1704, foi fundado o Arraial de Nossa Senhora da Conceição do Guarapiranga, situado junto ao Rio Piranga, em Minas Gerais. No local, consta que já existia uma pequena capela dedicada à Imaculada Conceição, erigida quando das primeiras entradas pelo território aurífero daquela província.
Nos arredores do arraial, surgiu na mesma época uma outra pequena povoação, próxima ao Rio Bacalhau, um afluente do Piranga. Conta-se que ali, provavelmente em meados do século XVIII, foi encontrada uma bela imagem do Senhor Bom Jesus, de tamanho próximo ao natural, e que, mesmo após ter sido diversas vezes conduzida para uma das capelas, sempre amanhecia novamente na colina onde fora encontrada, aparentemente sem interferência humana, como a indicar que era ali que deveria ser venerada. Essa situação inusitada fez com que os moradores decidissem construir uma igreja no local para onde a imagem se deslocava (vale ressaltar que essa curiosa situação se repetiu também na história de outros santuários dedicados ao Bom Jesus de Matozinhos, como, por exemplo, no de Conceição do Mato Dentro).
Sobre o início da construção do santuário não há uma data precisa. Sabe-se que os jubileus tiveram início no século XVIII, o que fez surgir um pequeno conjunto de casas ao redor do terreno da igreja, e que eram destinadas a hospedar romeiros. Desde os primórdios do santuário, a maioria dessas pequenas somente se abre durante os movimentados dias de agosto, quando se celebra o jubileu, ocasião em que são amplamente utilizadas.
Consta que a autoria do risco da igreja seria de José Coelho da Silva, um carpinteiro da região. O retábulo principal, entalhado em fins do século XVIII ou início do XIX, foi feito por dois entalhadores portugueses, José de Meireles Pinto e António Meireles Pinto. A igreja possui ainda um púlpito e dois altares colaterais, que seguem o mesmo estilo do altar-mor. As imagens são mais sóbrias do que as de estilo barroco encontradas nas igrejas das redondezas, e lembram mais as esculturas góticas portuguesas.
Quando da construção da igreja, a imagem original do Bom Jesus foi colocada em uma capela atrás do altar, de forma a que ficasse mais acessível aos peregrinos, enquanto que o trono do altar-mor foi ornado com uma segunda imagem do Crucificado, provavelmente incluída quando do entalhamento do altar.
Fonte: Patrimônio Espiritual.
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