Porto Alegre – Parque Farroupilha


O Parque Farroupilha foi tombado pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre-RS por sua importância cultural para a cidade.

COMPAHC – Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural
Nome Atribuído: Parque Farroupilha
Localização: Quarteirão: Av. José Bonifácio, Av. João Pessoa, R. Eng. Luís Englert, Av. Paulo Gama e Av. Oswaldo Aranha – Porto Alegre-RS
Resolução de Tombamento: Lei n° 1.036678.96.1
Inscrição no Livro do Tombo: n° 47, p. 52 e 94, de 03/01/1997

Descrição: Originalmente, segundo o historiador Francisco Riopardense de Macedo, o local onde encontra-se o Parque Farroupilha foi doado à cidade em 24 de outubro de 1807 pelo governador Paulo José da Silva Gama, “para os utilíssimos e necessários fins de conservação de gados que matam nos açougues desta vila”.
O parque foi impedido de ser loteado em 1826 por D. Pedro l, valendo-se da cláusula do contrato de doação que estabelecia que a área não poderia ser alienada sem expressa autorização de Sua Alteza Real Conhecido como Potreiro da Várzea, passou a chamar-se Campos do Bom Fim em 1870, face à proximidade com a Capela Nosso Senhor Jesus do Bom Fim e das festas que ali se realizavam.
Em 9 de setembro de 1884, a Câmara propõe a denominação de “Campos de Redenção” em homenagem à libertação dos escravos.
O primeiro ajardinamento ocorreu por ocasião da Grande Exposição de 1901 no vértice próximo à Praça Argentina. Nesta época já existiam na área do Parque a Escola Militar (1872) e a Escola de Engenharia (1896). A valorização do espaço proporcionou a instalação de equipamentos tais como corrida de cavalos em círculo, circo para touradas e o velódromo da União Velocipédica.
Em 1914, na administração do Intendente José Montaury, o Plano de Melhoramentos e Embelezamento da Capital, elaborado pelo arquiteto João Moreira Maciel, propôs a divisão do parque em nove quarteirões, sendo que o quarteirão demarcado por ocasião da Exposição de 1901 já se encontrava ocupado pelo Instituto de Eletrotécnica, o Colégio Júlio de Castilhos, a Faculdade de Direito e Escola de Engenharia e o fronteiro pela Faculdade de Medicina.
No início da década de 1930, na administração do Prefeito Alberto Bins, foi contratado o arquiteto urbanista Alfred Agache para elaborar anteprojeto de Ajardinamento do Campo da Redenção, no qual recuperou a unidade da área através do eixo central, criando um passeio, o grande lago e integrando o parque como um todo.
Esta proposta foi adotada, em parte, quando da instalação da Exposição Comemorativa do Centenário da Revolução Farroupilha, em 1935. Tal acontecimento foi fundamental para a implantação do Parque Farroupilha, pois através de um evento transitório efetivou-se a ocupação global deste espaço. No dia 19 de setembro de 1935 o Campo da Redenção recebeu a denominação de Parque Farroupilha através do Decreto Municipal nº 307/35. Restam da Exposição o Instituto de Educação General Flores da Cunha, que sediou o Pavilhão Cultural da Exposição do Centenário Farroupilha, o belvedere e o embarcadouro.
Em 1939 foram construídos o espelho d’água no eixo central e foi dada continuidade ao ajardinamento do parque.
Os recantos, Jardim Alpino, Jardim Europeu e Jardim Oriental, foram implantados em 1941 por Arnaldo Gladosch. Após a enchente de 1941, também foi criado um recanto que recebeu o chafariz de ferro fundido da Praça Pereira Parobé, que já havia estado na Praça XV de Novembro. Em 1953 é inaugurado o Monumento ao Expedicionário, obra do escultor Antõnio Caringi e em 1964, o Auditório Araújo Viana, projeto de Moacir Moojen Marques e Carlos Maximiliano Fayet.
Atualmente, o parque Farroupilha tem 37,5 hectares dos 69 hectares doados pelo Governador Paulo José da Silva Gama, pois sua área foi sendo gradativamente reduzida através de alienações e construções, na maioria das vezes sem nenhuma relação com recreação, como escolas, templos religiosos, loteamentos, abertura de vias, alargamentos viários, mercado, postos de gasolina, auditório e estacionamentos vinculados a atividades estranhas ao parque. O parque situa-se entre a Av. José Bonifácio, Av. João Pessoa, Rua Eng. Luiz Englert, Av. Paulo Gama e Av. Osvaldo Aranha, estando tombados seus passeios, caminhos, vegetação, ajardinamentos, edificações, abrigos, chafarizes, fontes, estatuária, lagos, espelhos d’água e recantos, incluindo o recanto Solar, o recanto Oriental, o recanto Europeu, o recanto Alpino, o orquidário, o roseiral, o zoológico, o estádio Ramiro Souto, o Auditório Araújo Vianna, o Espaço Cívico e o Monumento ao Expedicionário, o Mercado do Bom Fim e o Instituto General Flores da Cunha.
Fonte: Prefeitura Municipal.

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal


2 comments

  1. Ana Maria Dalla Zenn |

    Olá! Como posso ver a descrição constante no livro tombo acerca do Parque Farroupilha?

    1. É preciso solicitar acesso ao órgão que realizou o tombamento. No caso, o COMPAHC – Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural.
      No site antigo da prefeitura municipal havia um telefone: 3289 8035
      Mas não encontramos correlato no site novo. Sugerimos tentar também contato com a Secretaria da Cultura, pois geralmente o Patrimônio está ligado a essa pasta: https://prefeitura.poa.br/smc

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