Rio Pomba – Acervo da Igreja de São Manoel


Nossa Senhora das Dores – Imagem: Rede social da instituição

O Acervo da Igreja de São Manoel foi tombado pela Prefeitura Municipal de Rio Pomba-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Rio Pomba-MG
Nome atribuído: Acervo da Igreja de S. Manoel (imagem de Nossa Senhora das Dores, esquife e imagem do Senhor morto, três sinos da torre e relógio, livros do tombo e de batismo)
Localização: Rio Pomba-MG

Descrição: O acervo é composto por uma uma Imagem de Nossa Senhora das Dores, esquife e Imagem do Senhor Morto, três sinos da torre e relógio, livros do tombo e de batismo.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Imagem de Santa Cecília: A imagem de Santa Cecília, que pertence à Paróquia de São Manoel mas está sob a guarda da Corporação Musical Santa Cecília, em Rio Pomba, foi entregue depois de passar por restauração.

Durante os trabalhos foram identificadas uma série de intervenções que descaracterizaram a obra original, além de sujeiras superficiais.

O processo de restauro foi realizado pelo historiador André Colombo e o restaurador Valtencir Almeida dos Passos no Ateliê Relicário, em Juiz de Fora, e teve as seguintes etapas: higienização e limpeza, remoção das camadas de repinturas, identificação da madeira, exames técnicos, refixação, consolidação do suporte, complementação de partes faltantes, desinfecção, aplicação de produtos para combate de insetos e camada de proteção.

A restauração é importante para reverter ou atenuar danos, além de preservar peças que são historicamente importante e tudo foi feito buscando manter as características originais da obra, que tem 60 centímetros de altura.
Fonte: Prefeitura Municipal (dez. 2020).

Imagem de Nossa Senhora das Dores: A imagem de Nossa Senhora das Dores, que pertence à Igreja Matriz de São Manoel em Rio Pomba, passou por um processo de restauração junto com outras imagens e pinturas que fazem parte do acervo de bens culturais de arte sacra tombados pelo município como patrimônio cultural.

O trabalho foi realizado em Juiz de Fora no Ateliê Relicário pelo historiador André Colombo e o restaurador Valtencir Almeida dos Passos.

De autoria documentada de Antônio Benedito de Santa Bárbara – Mestre Santa Bárbara, santeiro marianense que viveu em Mercês na segunda metade do século XIX – a imagem apresentava alguns danos estruturais devido a intervenções anteriores, perdas de partes e danos estéticos.

O processo de restauração passou por procedimentos técnicos e metodologia científica, respeitando as características originais. E com fiscalização técnica do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural.

Foram realizadas a remoção das camadas de repintura, higienização, identificação da madeira, aplicação de produtos para combate de insetos, complementação de partes faltantes, aplicação de camada de proteção, tratamentos dos acessórios, entre outras medidas.

Além da estrutura de corpo simplificada (roca em madeira) e rosto com olhos de vidro, a imagem, que tem 1,50m de altura, possui vestes em tecido natural e peruca em fios artificiais. Assim como as demais imagens restauradas, ela já está de volta à Igreja Matriz.
Fonte: Prefeitura Municipal (dez. 2020).

Imagem do Senhor Morto e sua Esquife: O acervo de bens culturais da arte sacra de Rio Pomba, tombados pelo município como patrimônio cultural, passou por obras de restauração. Uma das imagens restauradas foi a do Senhor Morto, juntamente com o Esquife de madeira no qual é colocado.

A imagem estava em péssimo estado de conservação, com rompimentos causados por queda, ataques de insetos, trincas, perdas de algumas partes e danos estéticos como ranhuras e abrasões. Além disso, já havia passado por diversas repinturas. Já o esquife apresentava danos estruturais, desprendimentos, perdas, abrasões e ranhuras.

Durante as obras de restauração foram utilizadas técnicas científicas, com uma intervenção criteriosa para manter as características originais da imagem, que tem autoria documentada de Antônio Benedito de Santa Bárbara – Mestre Santa Bárbara, santeiro marianense que viveu em Mercês na segunda metade do século XIX.

O trabalho foi realizado pelo historiador André Colombo e o restaurador Valtencir Almeida dos Passos no Ateliê Relicário em Juiz de Fora.

A conservação da imagem do Senhor Morto, assim como dos demais itens do acervo, é importante pelo valor devocional e pelo valor histórico. Depois de restaurada, a obra já está de volta à Igreja Matriz de São Manoel em Rio Pomba.
Fonte: Prefeitura Municipal (dez. 2020).

Histórico do município: A Freguesia de São Manoel do Pomba foi criada por provisão régia de Dom João V, em 16 de fevereiro de 1718. Durante a primeira metade daquele século, a região do rio Pomba foi palco de diversos encontros violentos entre os índios das tribos Croatos (Coroados), Cropós e expedições exploradoras, destacando-se a do Capitão Inácio de Andrade, que a percorreu em 1750, fundando uma roça com um pequeno destacamento militar.

A partir da segunda metade do século XVIII, ocorreram mudanças na política de atuação, junto aos índios da região. O então governador Luiz Diogo Lobo da Silva determinou a criação de uma missão catequética, designando para este fim o Padre Manoel de Jesus Maria, vigário encomendado da matriz a ser erguida, por provisão, em 2 de setembro de 1767. A expedição organizada contou com a participação do Capitão Francisco Pires Farinho, a quem coube o governo civil dos nativos, seu irmão Manoel Pires Farinho, e alguns índios pacificados para servirem de tradutores. Em 25 de dezembro de 1767, deu-se posse à freguesia, quando foi lavrada a ata de acontecimento.

A Freguesia do Mártir São Manoel dos Sertões do Rio Pomba e Peixe dos Índios Cropós e Croatos foi declarada colativa pela resolução Régia e Consulta da Mesa de Consciência e Ordens de 15 de junho de 1771. Pela carta de apresentação, de 13 de outubro de 1771, o vigário Manoel de Jesus Maria foi promovido a colado, instituído em 23 de abril de 1772. Nesta época o povoado já possuía uma escola de primeiras letras e de doutrina, na qual o vigário era auxiliado por seu parente, José Crisostomo de Mendonça.

Pela resolução da Regência de 13 de outubro de 1831, a povoação de São Manoel do Pomba foi elevada a vila, sendo o pelourinho implantado no dia 25 de agosto do ano seguinte (1832). A elevação à categoria de cidade se deu pela lei nº 881 de 6 de junho de 1858, quando passou a chamar-se “Pomba”. A denominação vigente da cidade e do município ocorreu por lei nº 336 de 28 de dezembro de 1948.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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7 comments

  1. José Baía |

    E Os Livros paroquiais? Por que não digitaliza para preservar, vai acabar destruidos pelo tempo e manuseio.

    1. Boa tarde,
      Somos um projeto voluntário e auto-financiado de georreferenciamento de informações sobre todo o patrimônio brasileiro. Infelizmente, não temos contato com os membros da paróquia.
      Atenciosamente,
      Equipe iPatrimônio

  2. Nelson Lomba |

    Seria realmente muito interessante ter os livros de batismo digitalizados como já ocorreu em diversas paroquias. Evitaria o manuseio e facilitaria as buscas de caráter genealógico.

  3. Concordo, seria bom que os livros fossem digitalizados. A secretária e o pároco não permitem o acesso aos livros, mal fazem as buscas requisitadas. Não se tem retorno, o único retorno existente é que “o ano da busca não foi encontrado”, isso quando se liga várias e várias vezes. Também não sabem dizer o porquê dos livros não existirem. Não adianta ser tombado se a igreja mesmo não valoriza os quase 200 anos de história que possui.

  4. MARCIA BOUERI GOMES |

    Boa tarde. Sou neta de José Gomes de oliveira e, segundo informação de familiares, ele pintou quadros sacros na Igreja de Rio Pomba. É possível verificar se consta algum registro do meu avô, e suas pinturas?

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