Rosário – Conjunto Ferroviário RFFSA
O Conjunto Ferroviário RFFSA de Rosário-MA é parte da Estrada de Ferro São Luís-Teresina, ferrovia idealizada ainda na segunda metade do século XIX.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Patrimônio Cultural Ferroviário
Nome Atribuído: Edificação denominada Carpintaria da Estação de Rosário; Edificação denominada Serralheria (Ferraria) da Estação de Rosário; Edificação denominada oficina do Carmo (Manutenção de Vagões e Locomotivas); Edificação denominada Armazém da Estação de Rosário; Terreno comercial
Localização: Rosário-MA
Decreto de Tombamento: Lei nº 11.483/07 e Portaria IPHAN nº 407/2010
Descrição: A Estação de Rosário é parte da Estrada de Ferro São Luís-Teresina, ferrovia idealizada ainda na segunda metade do século XIX, mas que só veio a funcionar de forma completa no ano de 1938, com a inauguração da ponte metálica construída sobre o rio Parnaíba. A Estação de Rosário, localizada no quilômetro 70 da linha tronco, foi oficialmente inaugurada em 1º de junho de 1919, embora funcionasse pelo menos desde 1915, quando já se tem registros da circulação de trens no local.
Esta estação foi construída com o objetivo de ser uma estação intermediária, mas, por mais de dez anos, funcionou como estação terminal para os trens que circulavam entre Rosário e a cidade de Caxias. Somente com a conclusão da Ponte Benedito Leite sobre o Canal dos Mosquitos, em 1929, a ferrovia de Rosário passou a ser utilizada como linha intermediária. Assim, a ponte passou a ligar por via férrea o continente à ilha de São Luís e, consequentemente, à Estação João Pessoa na capital maranhense.
A edificação da Estação de Rosário foi concebida com dois pavimentos no corpo principal, onde se exerciam as funções administrativas, de venda de passagens e sala de espera, e dois corpos laterais de apenas um pavimento cada, que funcionavam como armazéns. Sua implantação corresponde à porção central da esplanada em que se distribuem os demais prédios do complexo. O mais próximo dela é o armazém, com planta em formato retangular e telhado em duas águas, apresentando plataforma de carga e descarga pela linha férrea.
Um pouco mais distantes, as oficinas de manutenção eram originalmente duas e foram dispostas lado a lado, com a ferrovia passando entre elas. Estas edificações, verdadeiras naves industriais, comportavam as atividades de serralheria e carpintaria e apresentavam planta retangular e aspecto interior diáfano, sendo construídas com tijolos maciços, estrutura de cobertura com tesouras metálicas e telhas francesas. Trens de passageiros rodaram pela linha férrea.
Um pouco mais distantes, as oficinas de manutenção eram originalmente duas e foram dispostas lado a lado, com a ferrovia passando entre elas. Estas edificações, verdadeiras naves industriais, comportavam as atividades de serralheria e carpintaria e apresentavam planta retangular e aspecto interior diáfano, sendo construídas com tijolos maciços, estrutura de cobertura com tesouras metálicas e telhas francesas. Trens de passageiros rodaram pela linha e fizeram uso da estrutura do complexo ferroviário de Rosário até o ano de 1991.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico das ferrovias no Brasil: A história das ferrovias no Brasil inicia-se em 30 de abril de 1854, com a inauguração, por D. Pedro II, do primeiro trecho de linha, a Estrada de Ferro Petrópolis, ligando Porto Mauá à Fragoso, no Rio de Janeiro, com 14 km de extensão. Mas a chegada da via à Petrópolis, transpondo a Serra do Mar, ocorreu somente em 1886.
Em São João del Rei (MG), o Museu Ferroviário preserva a história da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, criada em 1872. Seu percurso ligava a cidade de Sítio (atual Antônio Carlos) à Estrada de Ferro D. Pedro II (posteriormente, Central do Brasil), partindo daí para São João del Rei. Com novas concessões, a ferrovia Oeste de Minas se estendeu a outras cidades e ramais, alcançando, em 1894, um percurso total de 684 km, e foi considerada a primeira ferrovia brasileira de pequeno porte.
As dificuldades e desafios para implantar estradas de ferro no Brasil eram muitos. Procurando atrair investidores, o governo implantou um sistema de concessões, que se tornou característico da política de infra-estrutura do período imperial. Entre o final do século XIX e início do século XX os recursos, sobretudo dos britânicos, alavancaram a construção de linhas férreas.
A expansão ferroviária, além de propiciar a entrada de capital estrangeiro no país, tinha, também, o objetivo de incentivar a economia exportadora. Desta forma, as primeiras linhas interligaram os centros de produção agrícola e de mineração aos portos diretamente, ou vencendo obstáculos à navegação fluvial. Vários planos de viação foram elaborados na tentativa de integrar a malha ferroviária e ordenar a implantação dos novos trechos. Entretanto, nenhum deles logrou êxito em função da política de concessões estabelecida pelo governo brasileiro.
Fonte: Iphan.
Patrimônio Ferroviário: A Lei 11.483, de 31 de maio de 2007, atribuiu ao Iphan a responsabilidade de receber e administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e cultural, oriundos da extinta Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA), bem como zelar pela sua guarda e manutenção. Desde então o Instituto avalia, dentre todo o espólio oriundo da extinta RFFSA, quais são os bens detentores de valor histórico, artístico e cultural.
O patrimônio ferroviário oriundo da RFFSA engloba bens imóveis e móveis, incluindo desde edificações como estações, armazéns, rotundas, terrenos e trechos de linha, até material rodante, como locomotivas, vagões, carros de passageiros, maquinário, além de bens móveis como mobiliários, relógios, sinos, telégrafos e acervos documentais. Segundo inventário da ferrovia, são mais de 52 mil bens imóveis e 15 mil bens móveis, classificados como de valor histórico pelo Programa de Preservação do Patrimônio Histórico Ferroviário (Preserfe), desenvolvido pelo Ministério dos Transportes, instituição até então responsável pela gestão da RFFSA.
A gestão desse acervo constitui uma nova atribuição do Iphan e, para responder à demanda, foi instituída a Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário, por meio da Portaria Iphan nº 407/2010, com 639 bens inscritos até 15 de dezembro de 2015. Para inscrição na Lista, os bens são avaliados pela equipe técnica da Superintendência do Estado onde estão localizados e, posteriormente, passam por apreciação da Comissão de Avaliação do Patrimônio Cultural Ferroviário (CAPCF), cuja decisão é homologada pela Presidência do Iphan.
Os bens não operacionais são transferidos ao Instituto, enquanto bens operacionais continuam sob responsabilidade do DNIT, que atua em parceria com o Iphan visando à preservação desses bens. Esse procedimento aplica-se, exclusivamente, aos bens oriundos do espólio da extinta RFFSA. Os bens que não pertenciam à Rede, quando de sua extinção, não são enquadrados nessa legislação, podendo, entretanto, ser objeto de Tombamento (Decreto Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, aplicado a bens móveis e imóveis), ou ao Registro (Decreto nº 3.551, de 4 de agosto de 2000, aplicado ao Patrimônio Cultural Imaterial).
Fonte: Iphan.
CONJUNTO:
Patrimônio cultural ferroviário IPHAN
MAIS INFORMAÇÕES:
Iphan
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Manual Técnico do Patrimônio Ferroviário
Estações ferroviárias
Prefeitura Municipal