Santa Luzia – Imagem de Nossa Senhora da Conceição


A Imagem de Nossa Senhora da Conceição  foi tombada pela Prefeitura Municipal de Santa Luzia-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Santa Luzia-MG
Nome atribuído: Conjunto de 20 imagens tombadas isoladamente: Santa Luzia, Nossa Senhora da Conceição, Sagrado Coração de Jesus, Divino Esp. Santo, Menino Jesus, Anjo Gabriel, Nossa Senhora das Dores, S. João de Deus, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora das Dores (da Igreja do Rosario), Nossa Senhora da Soledade, Santa Luzia grande, Nossa Senhora Morto, Senhor do Bonfim, S. Francisco, S. José, S. João Batista, Senhor dos Passos, Nossa Senhora do Carmo (Matriz)
Localização: Ermida de Nossa Senhora da Conceição – Rod. Jaboticatubas – MG 020 – Santa Luzia-MG

Descrição: O Recolhimento do Monte Alegre de Macaúbas e a Ermida de Nossa Senhora da Conceição foram fundados por Félix da Costa em 1712. No entanto a construção do Recolhimento somente foi iniciada em 1714, por meio de autorização eclesiástica, que compreendia uma edificação residencial para doze moças. Em 2 de janeiro de 1727 foi lançada a Portaria do Bispo do Rio de Janeiro, D. Antônio de Guadalupe, proibindo acolhimento de moças sem o dote e a sua autorização. Em 1744 foi elevado a curato – moradia por Dom Frei João da Cruz.

Na época do recolhimento, Macaúbas recebeu figuras ilustres, como as filhas da escrava alforriada Chica da Silva, que vivia com o contratador de diamantes João Fernandes. A casa na qual Chica se hospedava fica ao lado do convento. Como parte do pagamento do dote das filhas, Fernandes mandou construir, entre 1767 e 1768, a chamada Ala do Serro, com mirante e 10 celas (quartos para as religiosas). Em 1770, o mestre de campo Ignácio Correa Pamplona assinou contrato para construir a ala da direita da sacristia (Retiro), igualmente dividida em celas.

A construção tem ainda as alas da Imaculada Conceição, Félix da Costa (a mais antiga) e a de Santa Beatriz, onde se encontra o noviciado do mosteiro. Conhecer o Convento de Macaúbas, como é carinhosamente chamado, representa experiência única: ali estão 16 freiras, roseiras para fazer vinho, muitas orações e trabalho duro.

O tombamento estadual do Mosteiro de Macaúbas, em Santa Luzia foi aprovado pelo decreto estadual nº 19.347, de 23 de agosto de 1978, sendo então determinada sua inscrição nos Livros de Tombo n° II e III, respectivamente, do tombo de Belas Artes e, do tombo Histórico, das Obras de Arte Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos. Posteriormente, em 2002, houve a complementação do dossiê com delimitação do perímetro de entorno da Área Tombada, aprovada em quatorze de agosto pelo Conselho Curador do IEPHA/MG.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do Município: A história do município originou-se com aventureiros que em busca de riquezas, descobriram Santa Luzia. Tudo começou, em 1692, durante o ciclo do ouro. Uma expedição dos remanescentes da bandeira de Borba Gato implantou o primeiro núcleo da Vila, as margens do rio das Velhas, no garimpo de ouro de aluvião. Com a enchente do rio, o pequeno vilarejo mudou-se para o alto da colina, onde, hoje, é o Centro Histórico da cidade. Em 1697, ergueu-se o definitivo povoado. Mais de 150 anos depois, em 1856, o povoado foi emancipado e desmembrado de Sabará e a partir de 1924, passou a se chamar Santa Luzia.

Santa Luzia tornou-se um importante centro comercial, ponto de parada dos tropeiros que vinham negociar e comprar mercadorias. Na rua do Comércio, no bairro da Ponte, existia um porto para os barcos que navegavam pelo Rio das Velhas, transportando mercadorias comercializadas em Minas Gerais. Assim, Santa Luzia passa a ser um ponto de referência do comércio, cultura e arte. O Distrito de São Benedito, na década de 50, começou a ser povoado. Mais tarde foram construídos, no local, grandes conjuntos habitacionais o Cristina e o Palmital e ocorreu a expansão do comércio.

Fato importante para a cidade foi a visita do imperador D. Pedro II em 1881, ficou hospedado no Solar da Baronesa, um centro de referência social e cultural do início do século XIX, localizado na Rua Direita, no Centro Histórico. A visita foi registrada, pelo Imperador no seu diário de viagem, publicado no Anuário do Museu Imperial Vol. XVIII – Petrópolis 1987, que concedeu ao município o título de cidade imperial.

A padroeira da cidade foi escolhida devido a esse relato. De acordo com a história oral, um pescador chamado Leôncio, que tinha problemas na visão, observou um objeto brilhando no rio, enterrado na areia. Quando pegou era a imagem de Santa Luzia, a santa protetora dos olhos, e assim se deu o primeiro milagre da santa, já que na mesma hora ele volta a enxergar. A imagem foi levada para a primeira capela do arraial, tornando-se a padroeira do município. O Sargento- Mór Pacheco Ribeiro, que morava em Portugal, ao ficar cego, fez uma promessa a Santa Luzia das Minas Gerais, que se voltasse a enxergar viria para a cidade. Como recebeu o milagre, ele se mudou com suas três filhas para Santa Luzia e reformou e aumentou o templo, onde hoje está a Igreja Matriz, localizada na Rua Direita, no Centro Histórico.

Um fato importante que marcou a história da cidade, foi a Revolução Liberal de 1842. O casarão, onde abriga hoje a Casa da Cultura, antigo Solar Teixeira da Costa, foi o quartel-general dos revolucionários e ainda guarda as marcas de balas em suas janelas. A batalha final foi travada no Muro de Pedras, entre as tropas do revolucionário Teófilo Otoni e do legalista Duque de Caxias.
Fonte: IBGE.

CONJUNTO:
Santa Luzia – Conjunto de 20 Imagens Isoladas


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