São Luís – Solar Barão de Grajaú


Imagem: Google Street View

O Solar Barão de Grajaú, em São Luís-MA, foi tombado por seu valor histórico para o Estado do Maranhão.

SPPHAP – Superintendência de Proteção ao Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico do Maranhão
Nome Atribuído: Solar Barão de Grajaú (Museu de Arte Sacra)
Localização: R. 13 de Maio (Rua de São João), n° 500 – Centro – São Luís-MA
Tipo de bem tombado: Edificação e acervo
Resolução de Tombamento: Decreto Estadual n° 11.583, de 12/10/1990.
Inscrição no Livro Tombo: Inscrição n° 42, folha n° 09, em 29/11/1990.

Descrição: O solar do Barão de Grajaú foi construído na segunda metade do século XIX, encontra-se na Rua São João, nº 500, também chamada de Rua 13 de Maio. Possui dois pavimentos e um mirante, tem implantação em “L”, com telhado terminado em beiral. Na parte interior as suas características transmitem equilíbrio e sobriedade e os vãos de seu compartimento em diagonal, ainda de acordo com o manuscrito encontrado no museu. Segundo Lopes, em “São Luís ilha do Maranhão – Alcântara” (LOPES, 2008), a fachada é em estilo Pombalino e recoberta por um tapete de azulejos estampilhados sem padrão especifico, sendo a única ocorrência destes na cidade.

O solar foi local de diferentes usos, a princípio foi residência do Barão de Grajaú e sua esposa, sendo cenário de uma história conhecida até os dias atuais. A história consta que a senhora Ana Rosa Ferreira Vale Ribeiro, mais
conhecida como Baronesa de Grajaú, título vindo de seu marido Doutor Carlos Fernando Ribeiro, o Barão de Grajaú, foi pivô de um acontecimento que teve grande repercussão na cidade de São Luís nos meados de 1800.

Ana Rosa fora acusada de assassinar um menino – de nome Inocêncio e que era seu escravo – por maus tratos. O seu marido era descendente de políticos prestigiosos e tornou-se um dos líderes do partido liberal e vice-presidente da Província do Maranhão, sendo em 1884 agraciado pelo título de Barão de Grajaú. Este fato está contido em um manuscrito no Museu Histórico e Artístico do Maranhão.
Fonte: Moreira; Pereira; Santana.

Histórico do município: A Fundação oficial data de 1612, quando os franceses passaram a ocupar a região, e ao instalarem o Forte de São Luís, homenagem ao Rei-menino Luís XIII, vindo daí a denominação da cidade.

Sua história urbana possui características da colonização portuguesa, tendo em seu núcleo fundacional reflexos urbanísticos planejados no século XVII, pelo Engenheiro-Mor Frias de Mesquita, traçado quadrilátero ortogonal – de influência espanhola – que se adequa à declividade da área. Este traçado auxiliou na expansão do núcleo central, que continua até hoje. Esta foi uma das características que conferiu à cidade o título de Patrimônio Mundial reconhecido pela UNESCO, em 1997.

Faz parte do seu patrimônio cultural a riqueza de poemas e romances dos seus grandes escritores, tais como Aluísio de Azevedo, Gonçalves Dias, Graça Aranha, dentre outros, o que tornou a cidade conhecida como Atenas Maranhense. Além da literatura, os ritmos cadenciados transbordam alegria e sensualidade, através do tambor de crioula, do reggae e do bumba-meu-boi.

Outro bem patrimonial histórico é revelado através de seus casarões e fachadas azulejares, construções do século XIX, que trouxeram uma peculiaridade especial a São Luís, capital brasileira com maior número de casarões em estilo tradicional português e maior conjunto arquitetônico homogêneo da América Latina.
Fonte: Prefeitura Municipal.

MAIS INFORMAÇÕES:
Moreira; Pereira; Santana


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