O Salão Hammermeister foi construído por volta da década de 1930 para ser Salão de Bailes, função de extrema importância nas comunidades de imigração alemã.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Edificações e Núcleos Urbanos e Rurais relacionados com a imigração em Santa Catarina – Salão Hammermeister
Localização: Rod. SC 477 – Dona Clara – Timbó-SC
Número do Processo: 1548-T-2007
Livro do Tombo Histórico: Inscrito em 09/2015
Livro do Tombo Belas Artes: Inscrito em 09/2015
Uso Atual: Museu da Música
Santa Catarina – Roteiros Nacionais de Imigração
FCC – Fundação Catarinense de Cultura
Número do Processo: 224/2000
Decreto de Tombamento: n° 5.923, de 21/11/2002.
Descrição: Edificação construída para ser um salão de bailes, sendo durante muito tempo o único espaço de lazer da comunidade. Possui implantação privilegiada, próximo ao Rio Benedito e à Rodovia SC 477 onde, mesmo já tendo indícios de ocupação urbana, ainda prevalece a paisagem rural. Sua volumetria é de grande porte, tornando-se um marco referencial da região. Caracteriza-se por sua técnica construtiva, sendo em alvenaria autoportante com tijolos aparentes. Apresenta um trabalho elaborado nas sobrevergas e na alvenaria aparente, composta de tijolos de tonalidades diferentes, formando singelos desenhos.
Fonte: FCC.
Descrição: Foi construído por volta da década de 1930 para ser Salão de Bailes, função de extrema importância nas comunidades de imigração alemã. Aos fundos existia um anexo enxaimel de tijolos aparentes, uma antiga casa, demolida na década de 1990. Não existem registros de quando a edificação deixou de cumprir a função de salão de bailes. Já foi utilizado como residência e abrigo de operários. Em 2001, foi adquirido pela Prefeitura Municipal de Timbó, que ali instalou o Museu da Música.
O Salão Hammermeister é uma edificação excepcional, construído em alvenaria autoportante (capaz de sustentar o peso da edificação sem necessidade de estruturas complementares) de tijolos aparentes. Sua volumetria e implantação sobre pequena elevação à margem da estrada que liga Timbó e Benedito Novo são elementos de destaque. Entretanto, guarda o seu maior elemento diferenciador nos requintes construtivos, especialmente no que se refere aos desenhos geométricos formados pela colocação diferenciada dos tijolos nas fachadas.
Fonte: UDESC.
Descrição: Trata-se de excepcional edificação de grande porte, construída no início do século XX, pelos ancestrais da família Hammermeister, em alvenaria auto-portante, que se sobressai pela utilização dos tijolos com diferentes colorações, em função de diferentes intensidades de queima, com composição plástica final surpreendente. As duas fachadas principais, que são visíveis a partir da Rodovia SC-477, foram trabalhadas com esmero, de forma a dotar a edificação de qualidade estética. Nelas, os tijolos foram utilizados com requinte, de várias maneiras para desenhar losangos na empena principal, para a composição de padrões repetitivos claro/escuro nas fachadas principais e no volume das cimalhas, com os tijolos na diagonal. Dalmo Vieira Filho, Arquiteto e Superintendente da Secretaria do IPHAN em Santa Catarina, afirma que é o mais significativo Salão de Bailes da área de imigração alemão em Santa Catarina e também que o edifício em questão constitui-se uma das unidades arquitetônicas mais elaboradas e mais significativas de toda área de imigração alemã em Santa Catarina, isto pelo esmero quase que absoluto demonstrado na elaboração da alvenaria autoportante e aparente com que o Salão foi edificado.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: Timbó foi fundada por Frederico Donner, imigrante alemão, em 12 de outubro de 1869; data em que construiu sua moradia e a primeira casa comercial às margens do rio Benedito.
Logo chegaram outras famílias alemãs. Nos anos seguintes vieram também os imigrantes italianos, cujos descendentes atualmente correspondem à metade da população. As primeiras famílias se estabeleceram na região rural e a agricultura era basicamente de subsistência. Algumas casas comerciais iniciaram suas atividades no centro. O início foi muito difícil para estas famílias, pois as condições de vida eram precárias. Foi necessário construir tudo: as casas, os campos para a lavoura, as estradas. As comunidades viviam bastante isoladas e, para fomentar sua vida social, começaram a erguer as igrejas, as escolas, os clubes e salões de festa.
Em Santa Catarina, no sul do Brasil, encontramos uma cidade que, apesar de pequena (44.977 habitantes conforme Censo de 2020 e 47.624 conforme levantamento atualizado da Prefeitura, em 2021, através dos Agentes de Saúde) é conhecida como a Pérola do Vale, por sua riqueza, beleza e qualidade de vida. Estamos falando de Timbó.
Cidade com raízes na cultura europeia (germânica e italiana) localizada no Vale Europeu, Timbó possui uma área territorial total de 161 km², sendo 38,71 km² de área urbana. Nesta bela cidade, pode-se observar rios de águas limpas e encantar-se com o verde exuberante por toda a cidade. Ouvir o canto dos pássaros habitantes comuns, da mata nativa que cerca a cidade. Você pode observar ainda o contraste da arquitetura e o colorido dos jardins. Servir-se de comida farta e com qualidade.
Timbó é classificada pela ONU como a 10ª melhor cidade do país para morar. Economicamente ocupa o 14º posto de arrecadação do estado de Santa Catarina. O índice de analfabetismo é de apenas 1,9%, sendo Timbó, em nível estadual, a 3ª cidade em qualidade de ensino.
A herança dos imigrantes está presente na organização, na força do trabalho, na indústria, na limpeza das ruas, no cuidado com as casas e jardins, na hospitalidade e na simpatia do povo. Apesar da cidade ter um apego à tradição, isto não impede a adaptação aos novos tempos, promovendo o desenvolvimento tecnológico, com melhorias em todas as áreas: um perfeito equilíbrio entre o fazer artesanal e a manufatura mecanizada. Atualmente, Timbó atrai pessoas de todo o país em busca de um bom lugar para viver e trabalhar.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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UDESC
Bárbara Luíza Poffo de Azevedo
Prefeitura Municipal
Dossiê de Tombamento – Roteiro Nacional da Imigração – vol. 1
Dossiê de Tombamento – Roteiro Nacional da Imigração – vol. 2