Tiros – Conjunto Paisagístico da Praça Santo Antônio


Imagem: Google Street View

O Conjunto Paisagístico da Praça Santo Antônio foi tombado pela Prefeitura Municipal de Tiros-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Tiros-MG
Nome atribuído: Conjunto Paisagístico da praça Santo Antônio (<2ha)
Localização: Praça Santo Antônio – Tiros-MG

Descrição: No traçado da cidade de Tiros, projetado por Antonio do Monte Furtado, ao centro, reservou-se um quadrado de aproximadamente 10.000 m2, plano, como todo o restante do terreno, que servia como um espaço de lazer para as pessoas passearem e até mesmo, os homens jogarem futebol, conforme relata Geni Chaves na obra: “Mestra Mariquinha – Uma Vida Pela Cidade de Tiros”- p 132.O “Álbum dos Municípios do Estado de Minas Gerais “ – I Volume – de 1941, faz referência a este espaço de lazer denominando-o como: “Praça 10 de Novembro”, época em que se construía o jardim e o coreto. “No coreto destinava-se a instalação de um bar moderno, no centro da melhor praça e jardim, todo em cimento armado, de custo superior a 60:000$000. Obra da engenharia moderna, único pela sua beleza e pelo seu estilo em todo o território de Minas Gerais”.
Neste período, o município possuía uma população de 32000 habitantes, 3000 instalados na sede. O prefeito de Tiros era Hélio Rezende de Faria Alvim, considerado empreendedor, inovador e muito sério.
O responsável pela construção foi Siqueira.
O coreto e a praça, agora denominada Santo Antonio, são símbolos e ponto de referência de Tiros.
Após a inauguração da praça e coreto, foi instalado um serviço de som que lançava ao ar, desde a tardinha até as primeiras horas da noite, variado programa de músicas escolhidas ou dedicadas a alguém. É o espaço do vai e vem ou troca de afetos, aproveitando os banquinhos de cimento que rodeavam o Coreto.
Os relatos dos mais antigos e dos atuais continuam a indicar a importância, o apego e o valor dados ao coreto e à praça.
Palcos de Seresteiros, Banda de Música, Carnaval, Missas, Teatro, Manifestações públicas, Comícios, Lazer de Crianças, Jovens e Idosos, Comemoração em vitórias de Times de Futebol Locais e copa do Mundo, Local de Dança de Salão, Festa do Tirense Ausente, Símbolo Poético, Cultural, Histórico…
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: NA praça Santo Antônio está inserida no traçado urbano da cidade, desde o seu planejamento e início de sua ocupação.
Constituída por uma quadra – Quadra “0” – na parte central da cidade, no polígono formado pelas Avenidas Presidente Antônio Carlos e José Ferreira Capetinga e Ruas JK e Hélio Alvim. Sua localização neste ponto serviu de referência para o sistema de arruamento e norteou o planejamento do traçado urbano.
Implantada em terreno plano, bastante arborizada, marcada pela simetria na disposição e implantação dos canteiros, remetendo ao paisagismo francês.
Inicialmente o desenho da praça constituía-se por oito canteiros iguais, formando passarelas cortando seu formato quadrado – 120m x 120m – nos seus eixos longitudinal, transversal e diagonal, com semicírculos nas extremidades e um grande círculo central. Esta implantação definiu a origem do traçado dos canteiros hoje existente.
Posteriormente sofreu intervenção com o acréscimo de passarelas diagonais secundárias, cruzando estes canteiros e unindo os pontos centrais das faces externas da praça, formando um grande losango inserido na malha já existente.
Com esta intervenção a praça passou a ser composta por quarenta canteiros implantados com rigor simétrico em cada quadrante da praça.
As formas dos canteiros são em polígonos e apresentam apenas dois formatos: O canteiro maior em polígono irregular com três faces retas e duas côncavas; os canteiros menores de forma triangular com duas faces retas e uma convexa, que acompanham o desenho dos semi círculos.
O piso da calçada que circunda a praça é cimentado com desenhos de círculo em baixo relevo formando uma malha.
O piso das faixas é em briquete com larguras variadas, porém com distribuição simétrica.
As faixas que cortam a praça no eixo longitudinal e transversal são mais largas que as que cortam na diagonal. As faixas mais largas possibilitavam o trânsito de veículos, inclusive de ônibus – sendo que a rodoviária funcionava no coreto -.
Os Bancos são uma placa curva de concreto revestida em granilite, apoiada sobre mureta de concreto. Estão dispostos acompanhando a extensão dos meios-fios dos canteiros obedecendo o padrão simétrico adotado para conjunto. Sendo que 24 bancos ocupam o grande círculo central – três em cada face côncava dos canteiros – voltadas para o coreto. Os outros dezesseis distribuem-se de dois a dois, um em frente ao outro, nas faixas diagonais secundárias. O número total e bancos é de quarenta coincidindo com o número de canteiros. Os bancos são os únicos mobliários urbanos contidos na praça.
No centro da praça está implantado o Coreto, em posição de destaque, no grande pátio circular central, ao rés do chão, delimitado por base circular acompanhando a projeção da marquise. Com partido hexagonal, em dois pavimentos, telhado em seis águas, com caimento lateral e presença de latermim.
No primeiro pavimento encontram-se dois sanitários, escada, sendo que o restante do espaço foi adaptado com balcão para funcionamento de um bar, atualmente fechado.
O acesso ao segundo pavimento é feito através de escada interna. Possui estrutura autônoma de concreto, sendo a sustentação da cobertura em pilares e vigas de concreto de seção quadrada.
A cobertura em telha cerâmica curva, é sustentada por estrutura de madeira apoiada em vigas de concreto. Sua solução de fachada caracteriza-se pela simetria, reforçando o caráter simétrico adotado para o conjunto da praça.
As fachadas são simétricas, sendo que no primeiro pavimento os vãos voltadas para norte e sul possuem amplas portas metálicas, em verga reta e caixilhos de vidro, ladeadas, por pequenos vãos verticalizados, com esquadria metálica e caixilhos de vidro.
Duas placas localizadas ao lado da porta, definem a fachada principal voltada para a Igreja Matriz, lado sul, com as inscrições:
Primeira placa:
“- CORETO E JARDIM – CONSTRUÍDOS EM 1942 NA ADMINISTRAÇÃO DO PREFEITO HELIO DE REZENDE ALVIM – João Siqueira CONSTRUTOR LICENCIADO”
Segunda placa:
“CORETO E JARDIM RECONSTRUÍDOS NA ADMINISTRAÇÃO DO PREFEITO MUNICIPAL DE TIROS – MARCONDES G. MELO – SETEMBRO – 1987 – CONSTRUTOR: JOSÉ BORGES”.
Reforçando a simetria adotada para o coreto as outras quatro faces apresentam-se semelhantes, com três vãos centralizados, sendo pequenos e verticalizados nas mesmas proporções dos contidos na fachada principal. Todos os vãos do primeiro pavimento possuem bandeiras metálicas com caixilhos de vidro. Houve a supressão de um vão para acréscimo de uma porta na face voltada para sudeste.
No pavimento superior a simetria se mantém de todos os lados, os amplos vãos delimitados apenas pelos pilares, receberam vedação em esquadria metálica com caixilhos de vidro. Possui o guarda-corpo em alvenaria com frisos horizontais em massa de cimento em relevo, formando desenhos geométricos.
O revestimento do piso é em cerâmica. As paredes são rebocadas com pintura na cor salmão e detalhes na cor branca.
O sistema de iluminação da praça é através de fiação subterrânea, a sustentação das lâmpadas é através de postes metálicos.
A vegetação da praça é densa e exuberante. Possui vegetações variadas, dispostas com pouco critério, talvez esta seja uma das únicas características que quebram o rigor simétrico do conjunto. Os jardins apresentam-se bem cuidados, com forração e bordaduras aparados.
As avenidas que ladeiam a praça possuem canteiros centrais ao longo de seu eixo, com árvores de grande porte, que se integram perfeitamente às espécies arbóreas da praça, proporcionando uma continuidade ao conjunto.
Apesar da vegetação densa a praça apresenta-se muito iluminada e arejada. Seu amplo espaço é utilizado pela população, especialmente por moradores do entorno.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Tiros é uma marca minúscula no mapa. Muitos que ouvem seu nome se espantam. No entanto, entre o tamanho e a estranheza do topônimo há uma corrente de fatos que percorrem os anos de 1590 aos anos de 2000. Não são somente 412 anos, são lugares e raças em marcante transformação. É muito mais que um lugar tranqüilo para se descansar. Talvez, através da história de Tiros, não se note uma semelhança com cidades pólos, de significativa influência, nota-se, no entanto, a veia que germina o pulso da aventura, da hospitalidade e do sonho. Mas, Tiros já foi capital do diamante, como observa José Pessoa. Se assim o foi em seu percurso histórico, Tiros deve ser mais que uma cidade pequena localizada ao Oeste de Minas.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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