São Sebastião da Bela Vista – Festa de São Sebastião


A Festa de São Sebastião, em São Sebastião da Bela Vista-MG, foi registrada por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de São Sebastião da Bela Vista-MG
Nome Atribuído: Festa de São Sebastião
Localização: São Sebastião da Bela Vista-MG

Descrição: No dia 20 de janeiro se comemora o Dia de São Sebastião, o Santo Padroeiro da cidade de Bela Vista de Minas. A Festa de São Sebastião é organizada pelo Conselho Pastoral Paroquial da Igreja Matriz de São Sebastião. Durante o período de comemorações são realizadas diversas programações em homenagem a São Sebastião: novenas, missas, apresentação de corais, apresentações musicais de artistas locais e da Banda de Música do município, leilões de prendas, além de corridas e torneios esportivos.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Aponta-se, em registros de expedições de bandeirantes paulistas, que o início da atividade mineradora na Bacia do Rio Piracicaba remonta à passagem de Fernão Dias pela região de Itabira e Nova Era (municípios limítrofes da futura Bela Vista de Minas), ainda na segunda metade do século XVII. Mas a ocupação populacional da Bacia do Rio Piracicaba iniciou-se efetivamente nas primeiras décadas do século XVIII com a descoberta do ouro de aluvião. Com isso surgiram, então, as primeiras vilas e povoados: Mariana, Ouro Preto, Itabira, Rio Piracicaba, São Domingos do Prata, Nova Era, entre outros. Portanto, o início da ocupação populacional dessa região no século XVIII deu-se em função da exploração mineradora aurífera nos tempos do Brasil colônia de Portugal.

As áreas aproximadas desses povoados, formados a partir do desenvolvimento da mineração, paulatinamente foram sendo exploradas e ocupadas por grandes fazendeiros. Entre essas, estava à região do Onça, que entre os séculos XVIII e XIX era dominada pela família Ávila, com destaque para os Srs. José Modesto de Ávila, Modesto Antônio de Ávila e Antônio Modesto de Ávila. Além dos membros dessa família, habitavam também na região os familiares de sobrenome Bueno.
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Como fato comum ao nascimento de povoados, não tardou a construção de uma pequena capelinha onde os moradores se reuniam a fim de praticar as suas religiosidades cristãs. Assim, foi erguido o templo que recebeu o nome em homenagem a São Sebastião.
Sabe-se que o funcionamento das atividades eclesiásticas na comunidade católica do “Onça” com a presença de um padre era ocasional. A capelinha de São Sebastião não era curada e dependia do atendimento eventual de padres de Nova Era e outras localidades da região, pertencentes à Diocese de Mariana.
Entre outras contribuições da extinta Capelinha de São Sebastião para a história e memória do povo e da cidade de Bela Vista de Minas, pode-se ressaltar: a adoção popular de um outro nome para o povoado do “Onça”, pois a partir da inserção cultural da Capelinha de São Sebastião naquela comunidade o lugarejo passou também a ser conhecido como “São Sebastião do Onça” .
Embora não existam documentos que registram a data especifica de construção do templo, através de algumas documentações se faz possível a contextualização do período de sua inauguração. Segundo as documentações de registro, o patrimônio da Capela de São Sebastião do Onça foi instituído em um terreno doado por dois proprietários diferentes. Em uma das escrituras, datada de 24/04/1894, Modesto Antônio Alves e Cândida Emiliana doaram um alqueire de terra, situado no limite das localidades Gorduras e Lages. A outra escritura trata da venda de um terreno correspondente a meio alqueire e meia quarta em semeadura de milho, assinada por Victal Frutuoso da Silva, em 23/04/1894.
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Além desses documentos referentes à doação do terreno, existe ainda o registro de uma correspondência enviada ao bispo D. Silvério, em 1895, onde o Pe. Augusto de Oliveira pede permissão para doar a imagem de São Sebastião, retirada do altar colateral das ruínas da capela de Santo Antônio do Porto Real (Poço Grande), à capela que estava sendo edificada no Onça, dedicada a São Sebastião. Verifica-se através destas documentações que nos anos entre 1894 a 1895 estava sendo inicializado o trabalho de instituição da primeira Capela do povoado do Onça. A construção foi realizada no local por onde hoje passa o viaduto da rodovia 381.
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O empreendedor Sr. Jean Antoine Felix Dissandes de Monlevade foi um dos pioneiros da fundação do município de João Monlevade-MG, e, sobretudo, um dos pioneiros das atividades metalúrgicas no Estado de Minas Gerais. Inicialmente, ainda no ano de 1827, Monlevade deu início à exploração de minério de ferro produzindo utensílios e ferramentas forjados em ferro e aço, na Bacia do Rio Piracicaba. Também foi instalada uma usina de beneficiamento deste minério no município de Rio Piracicaba em 1845, e em 1889 foi implantado o primeiro alto forno em Itabira.
A partir de 1920 a indústria metalúrgica ganhou impulso, passando a constituir um setor de relevância crescente na economia mineira. Em 1921 foi criada a Companhia Siderúrgica Belgo Mineira, através da associação de um grupo empresarial de origem belgo-luxemburguês e empresas locais. Nesse novo contexto, a Cia Siderúrgica Belgo Mineira (CSBM) fundou, em 1921, sua primeira Unidade em Sabará-MG. Mais tarde, com a concretização da ligação ferroviária entre a capital Belo Horizonte e o município de João Monlevade, foi instalada a segunda unidade da Belgo Mineira no ano de 1937, que ampliou sua produção.
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Na década de 1950, o povoado de Bela Vista, pertencente à Nova Era e a outros municípios da região, devido ao incremento das atividades da Zona Metalúrgica recebeu significativos investimentos em empreendimentos da Cia Siderúrgica Belgo Mineira (CSBM), que buscava suprir a demanda da Usina Siderúrgica de Monlevade por matéria-prima. Dessa forma, grandes áreas em Bela Vista de Minas e em municípios vizinhos foram adquiridas pela CSBM para servirem à formação de “Hortos” de reflorestamento de eucalipto, que beneficiados pelo processo de carvoejamento alimentariam os alto-fornos da usina.
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A instalação do teleférico, já em funcionamento no ano de 1955, teve como consequência outra alteração no cenário e nas práticas dos moradores do povoado, que foi a necessidade de desativar a primeira capelinha edificada no local. O teleférico passava muito próximo a Capela de São Sebastião, o que apresentava um perigo para os usuários e para a própria construção. Por esse motivo, as celebrações foram suspensas no local.
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Com o crescimento de Bela Vista, no início da década de 1960, os moradores sentiram a necessidade de elevá-lo a Distrito. Como o povoado pertencia ao município de Nova Era, o prefeito dessa época vetou a Lei. O povoado de Bela Vista, portanto, não chegou a se constituir como distrito de Nova Era. Nessa época, o Sr. Bento Augusto, enquanto vereador na Câmara Municipal de Nova Era, empenhou-se no esforço para emancipação de Bela Vista. Conseguiram, com os esforços de políticos e moradores de Bela Vista, elevar o povoado a município, que foi criado pela Lei No 2764, de 30 de dezembro de 1962, vindo a emancipar-se de Nova Era em 29 de abril de 1964, tendo seu nome alterado para a denominação: “Bela Vista de Minas”.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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