São Luís – Juçarais e Buritis
Os Juçarais e Buritis, em São Luís-MA, fazem parte das árvores raras tombadas por seu valor natural e histórico para o Estado do Maranhão.
SPPHAP – Superintendência de Proteção ao Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico do Maranhão
Nome Atribuído: Espécies Isoladas de Árvores Raras e Reserva Biológica
Localização: BR-135 – Maracanã – São Luís-MA
Tipo de bem tombado: Patrimônio Natural
Resolução de Tombamento: Decreto Estadual n° 11.593, de 12/10/1990, publicado no Diário Oficial de 24/10/1990.
Inscrição no Livro Tombo: Inscrição n° 52, folha n° 11, em 30/11/1990.
Descrição – Juçara: A juçara é uma espécie muito importante ecologicamente, culturalmente e economicamente. A polpa de seus frutos é semelhante à do açaí amazônico e sua produção tem sido realizada em diversas localidades do sul e sudeste brasileiro na última década. O uso dos frutos valoriza a sobrevivência das palmeiras. Já o corte de palmito, inevitavelmente, aumenta a mortalidade. Além disso, as sementes geradas do processo de beneficiamento são aptas a germinar, possibilitando a recuperação da espécie. “O manejo da juçara para frutos, pode representar uma oportunidade de trabalho e renda para as comunidades rurais, bem como estimular a sobrevivência e recuperação da espécie”, explicou o doutorando.
Fonte: ESALQ.
Descrição – Buriti: O Buriti (Mauritia Flexuosa) é uma espécie de palmeira de origem amazônica, também conhecida pelos nomes de buriti-do-brejo, carandá-guaçu, carandaí-guaçu, coqueiro-buriti, itá, palmeira-dos-brejos, buritizeiro, meriti, miriti, muriti, muritim, muruti.
É predominantemente encontrado na região Norte, mas também aparece com frequência nos estados de Maranhão, Piauí, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais e Mato Grosso.
Conhecido como uma das mais belas palmeiras, podendo alcançar entre 20 m e 35 m de altura, o buriti se desenvolve em terrenos baixos com grande oferta de água, como margens de rios, áreas brejosas ou permanentemente inundadas, formando aglomerados de plantas, chamados de buritizais. Para tanto, é essencial que o solo seja ácido.
A espécie chamada pelos povos indígenas de “árvore-da-vida” é totalmente aproveitada por comunidades em áreas de extração. Possui folhas em formato de leque, frutas do tipo coco e tem um crescimento muito lento, porém, apresenta grande longevidade, já que alguns tipos com mais de 10 m podem ter entre 100 e 400 anos.
As folhas do buriti (20 a 30 unidades por planta) podem ter de 3 m a 5 m de comprimento por 2 m a 3 m de largura, formando uma copa arredondada, e são geralmente coletadas para coberturas de casas rústicas e utilização em artesanato.
Os cocos são cobertos por escamas de coloração castanho-avermelhada, de 4 cm a 7 cm de comprimento, 3 cm a 5 cm de diâmetro, com peso que varia de 25 g a 40 g cada um, constituídos de semente oval dura e amêndoa comestível de cor amarelo-alaranjada, sabor agridoce e consistência gordurosa.
Fonte: Embrapa.
Histórico do município: A Fundação oficial data de 1612, quando os franceses passaram a ocupar a região, e ao instalarem o Forte de São Luís, homenagem ao Rei-menino Luís XIII, vindo daí a denominação da cidade.
Sua história urbana possui características da colonização portuguesa, tendo em seu núcleo fundacional reflexos urbanísticos planejados no século XVII, pelo Engenheiro-Mor Frias de Mesquita, traçado quadrilátero ortogonal – de influência espanhola – que se adequa à declividade da área. Este traçado auxiliou na expansão do núcleo central, que continua até hoje. Esta foi uma das características que conferiu à cidade o título de Patrimônio Mundial reconhecido pela UNESCO, em 1997.
Faz parte do seu patrimônio cultural a riqueza de poemas e romances dos seus grandes escritores, tais como Aluísio de Azevedo, Gonçalves Dias, Graça Aranha, dentre outros, o que tornou a cidade conhecida como Atenas Maranhense. Além da literatura, os ritmos cadenciados transbordam alegria e sensualidade, através do tambor de crioula, do reggae e do bumba-meu-boi.
Outro bem patrimonial histórico é revelado através de seus casarões e fachadas azulejares, construções do século XIX, que trouxeram uma peculiaridade especial a São Luís, capital brasileira com maior número de casarões em estilo tradicional português e maior conjunto arquitetônico homogêneo da América Latina.
Fonte: Prefeitura Municipal.
CONJUNTO:
São Luís – Espécies Isoladas de Árvores Raras e Reserva Biológica
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