Sacramento – Museu Histórico Corália Venitez Maluf


Imagem: Google Street View

O Museu Histórico Corália Venitez Maluf foi tombado pela Prefeitura Municipal de Sacramento-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Sacramento-MG
Nome atribuído: Museu Histórico Corália Venitez Maluf
Localização: Av. Vigário Paixão, s/n – Sacramento-MG
Decreto de Tombamento: Lei nº 619, de 19/11/1998
Inventário Municipal – 2020

Descrição: O Museu Histórico Municipal de Sacramento Corália Venites Maluf foi inaugurado em 31 de janeiro de 1983, pelo então prefeito Dr. José Alberto Bernardes Borges. Na ocasião foi realizada uma solenidade como último ato de governo, para comemorar as realizações culturais daquele mandato. O objetivo central do museu era o de recuperar o patrimônio cultural e histórico de Sacramento através da preservação de peças e documentos; o nome do prédio reverenciava a professora Corália Venites Maluf (in memoriam).

Aproveitou-se parte do antigo pátio da escola Estadual Afonso Pena Júnior, com seu velho abacateiro, retirando o longo muro que dava frente para a rua Vigário Paixão; tudo isso graças a uma cessão feita pelo Estado. A construção foi inspirada no estilo colonial brasileiro, apresentando sete amplas sacadas com janelas grandes “tipo portas de madeira” em almofadas que retratam o estilo das Igrejas do Desemboque, do século XVIII. O telhado é de madeira coberto com telhas coloniais e forro de madeira.

Como educadora, Dona Corália era bastante habilidosa, respeitada, inteligente e versátil;  lecionou diversas matérias na Escola Estadual Cel. José Afonso de Almeida;  foi diretora da escola Dr. Afonso Pena Júnior; também foi uma das fundadoras da APAE de Sacramento. Fundou em 1925 o Jornal “O Feminismo”, com a colaboração da professora Otalina Afonso de Almeida: um jornal com ideias modernas e renovadoras para a época; ela também foi a primeira redatora – chefe do “Jornal de Sacramento”.

Dona Corália participou ativamente da vida comunitária sacramentana, em atividades religiosas, sociais, assistenciais e políticas; organizou diversas festas cívicas e religiosas. Historiadora e escritora de uma personalidade única, também tinha o sonho de elevar o nome de Sacramento. Um dia ela escreveu: “não são velharias que contamos, mas o que de mais precioso temos: tradição”. Assim, contamos dentre outras curiosidades históricas, preservadas no acervo do museu, uma imagem de Nossa Senhora do Patrocínio do Santíssimo Sacramento, vinda de Portugal em 1820, o primeiro rádio elétrico da cidade, uma ancora usada na navegação do Rio Grande e muitas outras.

Referências:
BORGES, Domitila Ribeiro. Vele a Pena. Jornal da Manhã, Uberaba-MG, 1º de março de 1983.
CERCHI, Carlos Alberto. O Museu Municipal. Sacramento- MD: Destaque IN, nº. 94, 2 jan 2019.
JACOBAmir Salomão. 30 ANOS DO MUSEU HISTÓRICO DE SACRAMENTO. Edição n° 1348 – 08 de Janeiro de 2013. O Estado do Triângulo. Disponível em: https://etnews.com.br/noticias/cronicas/2013/30-anos-do-museu-historico-de-sacramento , acessado em 12/07/2021
Texto: Ana Maria Florentino Batista e Eliana Garcia Vilas Boas
Revisão: Dimas da Cruz Oliveira
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do Município: Desemboque foi o centro de onde partiram expedições várias a explora o sertão da Farinha Podre, atual Triangulo mineiro. Em uma dessas bandeiras, em 1808, partiu o vigário de Desemboque, Pe. Hermógenes Cassimiro de Araújo Branswick. Quando a expedição atingiu o rio Borá encontrou um bom número de garimpeiros e mineradores estabelecidos. Com o auxílio de todos, que se reuniram ao encontro da expedição, levantou Pe. Hermógenes um cruzeiro, ao pé do qual celebrou missa. Na sua volta, depois de explorar grande parte do Triângulo Mineiro, Pe. Hermógenes fez construir, no mesmo local onde se erguera o cruzeiro, um pequeno oratório dedicado ao Santíssimo Sacramento. Chegado ao Desmboque, requereu a Dom João licença para, naquele local, erguer uma capela. A provisão régia de 17 de dezembro de 1819 concedia licença para ereção da capela ‘com o orago do Santíssimo Sacramento, apresentado pelo patrocínio de Maria, à margem do rio Borá’. O bispo de Goiás, Dom Francisco Pereira de Azevedo, à vista da provisão real, concedeu, a 20 de abril de 1820, licença ao Pe. Hermógenes, para benzer a pedra fundamental, construir a capela, benzê-la, ao mesmo tempo em que determinava instruções a respeito do patrimônio da mesma. Este patrimônio foi logo constituído por doação de 214 alqueires de terras, avaliados, então, em 135 mil réis, pelo capitão Manoel Ferreira de Araújo e sua mulher, Joaquina Rosa de Santana. Conforme ata lavrada a 24 de agosto de 1820, o Pe. Hermógenes, acompanhado de seu codjutor, Pe. Silvério da Costa e Oliveira, que estava funcionando como capelão da de Santo Antônio e São Sebastião de Uberaba, leu as provisões, e, com a provação de todos os moradores, foi assinalado, para construção da capela, ‘o mesmo lugar em que está fundado o oratório’. O oratório foi, desde logo, declarado Capela Curada.

Logo se formou o povoado que, por lei nº 804, de três de julho de 1857, foi elevado a categoria de freguesia. O primeiro vigário Pe. Antônio Lisboa Lima. (Anuário Eclesiástico de Uberaba).

Com a denominação de Santíssimo Sacramento, foi criada a vila e o município, desmembrado do de Araxá, pela lei nº 1.637, de 13 de setembro de 1870.

Com a mesma denominação de Santíssimo Sacramento, foi a vila elevada a categoria de cidade, pela lei nº 2.216, de três de junho de 1876.

Na divisão administrativa de 1911, a cidade figura com o nome de Sacramento. Fica na zona do alto Paranaíba. O município é constituído de dois distritos: Sacramento e Desemboque.
Fonte: Prefeitura Municipal.


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *