Natal – Cemitério do Alecrim


Imagem: Prefeitura Municipal

O Cemitério do Alecrim, em Natal, foi tombado por sua importância cultural para o Estado do Rio Grande do Norte.

SECULT NATAL-RN – Secretaria Municipal de Cultura do Natal
Funcarte – Fundação Cultural Capitania Das Artes
Prefeitura Municipal de Natal

Nome Atribuído: Feira do Alecrim
Localização: R. Tenente Alberto Gomes – Bairro do Alecrim – Natal-RN
Decreto de tombamento: Decreto Municipal nº 9.541/2011, de 02/11/2011

Descrição: O Cemitério do Alecrim faz parte do Patrimônio Histórico e Cultural de Natal oficializado pelo Decreto nº 9.541/2011 do Conselho Municipal de Cultura. O campo-santo está localizado na Rua Alberto Gomes no bairro do Alecrim e tornou-se uma referência no desenvolvimento do lugar. Nos livros publicados de Câmara Cascudo existem duas versões sobre a origem do nome. A primeira refere-se às pessoas humildes que tinham o habito de enfeitar a frente de suas casas com a planta do alecrim. A segunda diz respeito a uma moradora local que costumava decorar os caixões dos “anjinhos” com galhos da referida planta. O Cemitério Municipal do Alecrim segue o modelo de planta padrão composto por quadras alinhadas e sequenciadas.

[…] Logo na entrada do cemitério, foram vistos os túmulos do pioneiro no processo de industrialização no Rio Grande do Norte, Juvino Barreto, e do maior religioso popular da cidade, o padre João Maria. Depois receberam dados históricos sobre a importância do mausoléu de Pedro Velho, politico e fundador do jornal A República. Dentre os personagens importantes enterrados no cemitério repousam os restos mortais do poeta Henrique Castriciano e do historiador Câmara Cascudo. Do único presidente da República potiguar da história do Brasil: Café Filho. Também está sepultado no Alecrim o soldado-mártir Luiz Gonzaga, morto na Intentona Comunista e o ex-prefeito do programa “de pé no chão também se aprende a ler”, Djalma Maranhão.

Os estudantes também puderam observar os trabalhos artísticos nos túmulos típicos, várias representações de Jesus, anjos, santos e figuras mitológicas, como Hermes, de autoria de escultores e artesãos locais ou de outros Estados. A estátua de Hermes esta postada no mausoléu de João Câmara. “Dizem que a noite, Hermes, levanta e fiscaliza todos os túmulos do cemitério e retorna para seu lugar”, explicou Francisco Junior. No mausoléu da família Cicco, encontram-se duas estátuas: uma, de pé, representando a Yvette Simões Cicco, falecida em 1937, aos 25 anos. Era filha única de Januário Cicco, renomado médico que fundou os primeiros hospitais de grande porte em Natal. A outra estátua sentada é a mãe da jovem e esposa de Januário Cicco. “A devoção afetiva do médico era tão grande por sua única filha que foram deixados objetos pessoais no mausoléu, inclusive um piano, que segundo conta uma lenda tocava sozinho à noite”, disse Euclides Tavares. Um tempo depois a família retirou o material. A visita seguiu pelos túmulos judaicos. Em algumas tumbas, existem pedras que é uma forma de homenagearem os sepultados desta religião.

Existe também um bom número de túmulos de porte coletivo vinculados a entidades cooperativas como os da Liga Artístico-Operária Norte Rio Grandense, da Maçonaria do Rio Grande do Norte e da Congregação das Filhas do Amor Divino. O Cemitério do Alecrim guarda ainda muitas histórias como os túmulos idênticos de três jovens pilotos australianos, abatidos em abril de 1944, que foram resgatados e ali sepultados. Incluindo os soldados americanos mortos durante a Segunda Grande Guerra Mundial. De acordo com registros, os militares ocuparam ao todo 11 túmulos. Atualmente resta apenas uma pedra tumular do sargento Thomas N. Browning, pois todos os restos mortais foram encaminhados aos Estados Unidos, atendendo a solicitação das famílias norte-americanas. “Na época desses corpos sendo embarcados, gerou muita curiosidade nos moradores da cidade que apelidaram a movimentação como Operação Papa-defunto”, ressaltou Matheus da Costa.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Tudo começou com as Capitanias Hereditárias quando o Rei de Portugal Dom João III, em 1530, dividiu o Brasil em lotes. As terras que hoje compreendem ao Rio Grande do Norte couberam a João de Barros e Aires da Cunha. A primeira expedição portuguesa aconteceu cinco anos depois com o objetivo de colonizar as terras. Antes disso, os franceses já aportavam por aqui para contrabandear o pau-brasil. E esse foi o principal motivo do fracasso da primeira tentativa de colonização. Os índios potiguares ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo, a fixação dos portugueses em terras potiguares.
Passados 62 anos, em 25 de dezembro de 1597, uma nova expedição portuguesa, desta vez comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e reconquistar a capitania. Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsários franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi chamado de Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciada no dia dos Santos Reis. O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.
Concluído o forte, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de Cidade dos Reis. Depois, Cidade do Natal. O nome da cidade é explicado em duas versões: refere-se ao dia que a esquadra entrou na barra do Potengi ou a data da demarcação do sítio, realizada por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de 1599.
Com o domínio holandês, em 1633, a rotina do povoado foi totalmente mudada. Durante 21 anos, o forte passou a se chamar Forte de Kenlen e Natal Nova Amsterdã. Com a saída dos holandeses, a cidade volta à normalidade. Nos primeiros 100 anos de sua existência, Natal apresentou crescimento lento. Porém, no final do século XIX, a cidade já possuía uma população de mais de 16 mil habitantes.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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