O Imóvel à Rua Chile, nº 251 é parte do Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico do Município de Natal, tombado por sua importância histórico-cultural.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico do Município de Natal
Localização: Rua Chile, nº 251 – Ribeira – Natal-RN
Decreto de Tombamento: Portaria nº 72/2014
Levantamento arquitetônico
Rua Chile: A Rua Chile, enquanto parte do Centro Histórico de Natal, teve suas imagens construídas a partir das práticas cotidianas e discursivas de seus frequentadores, levando a uma série de transformações imagéticas e simbólicas ao longo do século XX. Inicialmente transformada em espaço glamoroso pelas ações urbanísticas da Nova República dos Albuquerque Maranhão, no início do século XX, a Ribeira e a Rua do Chile, especificamente, passou a ser vista e dita como boêmia, nos “tempos da guerra”; seguindo por uma fase marginal, acabou sendo transformada em principal espaço roqueiro da cidade de Natal, a partir do desenvolvimento de uma cena musical, na segunda metade dos anos 1990. Essa cena musical, suas práticas, interesses econômicos, manifestações culturais e laços indenitários criados entre seus praticantes construíram, nos tempos do “Blackout“, uma imagem de espaço “alternativo” acerca da Rua Chile. Como os Centros Históricos, inseridos na lógica da city marketing pós-moderna, são espaços dinâmicos tanto em suas práticas quanto em suas imagens, a Rua Chile ainda sofreu alterações em seus significados e simbologias, por volta do ano 2000, quando de espaço alternativo-undergroud passou a ser representado como um espaço pop, onde pessoas de várias partes da cidade passaram a frequentar seus eventos e recantos, transformando-a em um point de sociabilidades bastantes heterogêneas.
Fonte: Carlos Henrique Pessoa Cunha.
Histórico do município: Tudo começou com as Capitanias Hereditárias quando o Rei de Portugal Dom João III, em 1530, dividiu o Brasil em lotes. As terras que hoje compreendem ao Rio Grande do Norte couberam a João de Barros e Aires da Cunha. A primeira expedição portuguesa aconteceu cinco anos depois com o objetivo de colonizar as terras. Antes disso, os franceses já aportavam por aqui para contrabandear o pau-brasil. E esse foi o principal motivo do fracasso da primeira tentativa de colonização. Os índios potiguares ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo, a fixação dos portugueses em terras potiguares.
Passados 62 anos, em 25 de dezembro de 1597, uma nova expedição portuguesa, desta vez comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e reconquistar a capitania. Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsários franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi chamado de Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciada no dia dos Santos Reis. O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.
Concluído o forte, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de Cidade dos Reis. Depois, Cidade do Natal. O nome da cidade é explicado em duas versões: refere-se ao dia que a esquadra entrou na barra do Potengi ou a data da demarcação do sítio, realizada por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de 1599.
Com o domínio holandês, em 1633, a rotina do povoado foi totalmente mudada. Durante 21 anos, o forte passou a se chamar Forte de Kenlen e Natal Nova Amsterdã. Com a saída dos holandeses, a cidade volta à normalidade. Nos primeiros 100 anos de sua existência, Natal apresentou crescimento lento. Porém, no final do século XIX, a cidade já possuía uma população de mais de 16 mil habitantes.
Fonte: Prefeitura Municipal.
CONJUNTO:
Natal – Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico
MAIS INFORMAÇÕES:
Carlos Henrique Pessoa Cunha
Gilmar de Siqueira Costa
Costa, Amaral