O Solar do Barão de Guajará, em Belém-PA, foi tombado por sua importância cultural.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Solar do Barão de Guajará
Outros Nomes: Casa à Praça Pedro II
Localização: R. Tomásia Perdigão, nº 64 – Belém-PA
Número do Processo: 327-T-1943
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 274, de 23/05/1950
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 369, de 23/05/1950
Descrição: Considerado um dos mais antigos e belos solares da cidade, não se tem informação sobre a sua construção, que é um marco da decadência do patriarcado rural. Em 1837, sua proprietária era Ângela de Cácia Fragoso, que o recebeu de herança de sua mãe. Em 1939, o Solar passa para dona Inês Micaela de Lacerda Chermont, que mais tarde o transfere para seu irmão, o primeiro Barão e Visconde de Arari, que o remodelou, colocando gradis de ferro com seu monograma nas sacadas das janelas. Tendo recebido o Solar de herança, sua sobrinha se casa com Domingos Rayol, o Barão de Guajará. A construção tem inspiração portuguesa, com três pavimentos, sendo o último em forma de camarinha. O pátio interno demonstra a influência moura na arquitetura ibérica, transferida para a Amazônia. A fachada é revestida de azulejos, com desenhos em formas geométricas nas cores brancas e azuis, provavelmente vindos de Portugal. O interior é requintado, com piso e forro de madeira, a escada para o segundo pavimento tem guarda-corpo com balaustrada e assoalho formando desenhos geométricos. Em 1970, foi reinaugurado após sofrer obras de restauração, passando ali a funcionar o Instituto Histórico e Geográfico do Pará, conservando as mesmas características da época de sua construção. Encontra-se no seu interior a biblioteca do “Barão de Guarajá”, com estantes de jacarandá artisticamente trabalhadas.
Fonte: Iphan.
Descrição: O Solar do Barão de Guarujá pertenceu a Domingos Antônio Raiol, o Barão do Guajará, que herdou o prédio ao se casar com a sobrinha do Visconde de Arari, tornando-se, ele e seus familiares, os últimos moradores do Solar. O Barão faleceu em 1912 deixando o Solar para seus herdeiros. Em 1942, o então prefeito de Belém, Abelardo Leão Condurú adquiriu o prédio, que, desde 1944 abriga o Instituto Histórico e Geográfico do Pará.
Fonte: IBGE.
Descrição: Um dos primeiros prédios erguidos no período colonial no entorno da que é hoje a praça D. Pedro II, o Solar Barão de Guajará é um dos poucos prédios civis – dos de propriedade da nobreza regional – ainda presentes na malha urbana de Belém. Antes de ser doado pela prefeitura (que o adquirira na década de 1920) ao Instituto Histórico e Geográfico do Pará, no ano de 1944, pertenceu a dois nobres do Império, o visconde de Arari e o Barão de Guajará.
Do prédio atual sabe-se que foi herdado pela filha de Ana Soeiro em 1837, atestando sua construção no início do século XIX. Poucos anos depois, provavelmente na metade do século, já na posse do visconde de Arari, a casa recebeu melhoramentos, como as portas janelas com gradis de ferro com o seu emblema. Os azulejos, posteriores, são dos mais antigos a revestir uma fachada em Belém. Prédio de dois pavimentos, organizado em um bloco frontal com sótão e mirante, tem duas alas laterais configurando um pátio, que foi fechado com um segundo bloco (paralelo à fachada principal) em data não determinada. Esse novo corpo da casa, tratado estrutural e visualmente para se integrar na construção existente, recebeu inclusive azulejos, como ocorre em todas as fachadas internas. Vários autores, inclusive Ernesto Cruz, afirmam que a parte posterior, hoje ocupada por essa segunda ala, era formada por cavalariças. Não existiam cozinhas e banheiros, que foram claramente improvisados para acomodar esses novos usos. No térreo há um ambiente com circulação independente, o que pode indicar uma loja ou, o que é mais provável pela situação política e social dos proprietários, uma capela particular aberta também à visitação pública.
Na fachada, simétrica, sobressai o volume mais alto, rasgado por três portas janelas, com frontão triangular e ladeado por aletas. O segundo pavimento possui portas janelas com balcões em ferro, e o térreo, cinco portas e duas janelas. A porta principal tem moldura de ornamentação ondulada. A divisão habitual do período aponta para o térreo ocupado por lojas ou armazéns, o que explicaria os materiais simples, molduras em argamassa e sem decoração, assim como as portas quase rústicas protegidas por grades externas. Maior refinamento seria reservado ao pavimento superior, usado pela família, com salões para receber e quartos de dormir organizados em torno de varandas. Nesses ambientes, é visível o aprimoramento da construção. Além dos pisos em madeira, preservados, assim como os forros do mesmo material, há relatos que indicam terem existido pinturas decorativas.
Destacam-se ainda no solar os conjuntos azulejados apostos à fachada neoclássica e em todas as faces do pátio interno, emoldurados posteriormente por calhas metálicas ornamentadas, atestando as diversas fases e influências que o prédio recebeu durante os quase 200 anos decorridos desde sua construção.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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