Recife – Igreja da Madre de Deus
A Igreja da Madre de Deus, em Recife-PE, foi tombada por sua importância cultural. Sua construção ocorreu entre 1701 e 1720.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja da Madre de Deus
Localização: Recife-PE
Número do Processo: 134-T-1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 188, de 20/07/1938
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.
Governo do Estado de Pernambuco
CEC-PE – Conselho Estadual de Cultural de Pernambuco
FUNDARPE – Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco
Nome atribuído: Igreja da Madre de Deus – Recife
Livro do Tombo: LIVRO Nº II – EDIFÍCIOS E MONUMENTOS ISOLADOS
Descrição: Os padres oratorianos, da Ordem de São Felipe Neri, chegaram em 1662 a Pernambuco, se instalando em Olinda. Quando desejaram fundar um convento no Recife, receberam em doação terras do capitão António Fernandes de Matos, um rico contratador de obras. No ano de 1680, ao pedir licença régia para edificar um convento, estavam construindo igreja, em taipa de pau‐a‐pique. Em 1701, iniciaram a igreja atual. A construção inclui‐se entre as obras monumentais edificadas na povoação para fins religiosos desde a segunda metade do século XVII e inícios do seguinte. Em 1720 a igreja foi entregue ao culto. Trata‐se de uma edificação constituída de nave única, excepcionalmente ampla, com dois corredores laterais e seis capelas inseridas no corpo das paredes. Correspondendo a cada uma dessas capelas, existem tribunas. A capela‐mor, bem proporcionada, foi ornamentada na primeira metade do século XVIII, com um retábulo de estilo D. João V, o barroco nacional português. No corpo da igreja, seis altares entalhados, acabados em branco e ouro, são de gosto rococó tardio. A sacristia possui grande arcaz e lavabo, considerado o mais notável do Brasil, executado em Portugal. Na década de setenta do século XX um incêndio consumiu parte da capela‐mor. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN a restaurou. O convento, separado no século XIX da igreja por uma rua, foi adaptado para a Alfândega de Pernambuco, e hoje transformou‐se no Shopping Paço Alfândega.
José Luiz Mota Menezes
Fonte: Patrimônio de Influência Portuguesa.
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Monumenta
Patrimônio de Influência Portuguesa
Wikipedia
Prezado senhores, Há uma inexatidão no texto. Nele é dito: “A capela‐mor, bem proporcionada, foi ornamentada na primeira metade do século XVIII, com um retábulo de estilo D. João V, o barroco nacional português.” A classificação dos retábulos estabelecida por Germain Bazin diferencia o barroco nacional português do estilo D.João V. No primeiro deles, barroco nacional português, o retábulo é coroado por arcos concêntricos que dão continuidade às colunas torsas. No segundo, o estilo D. João V, tais arcos concêntricos já não são usados e em seu lugar emprega-se um dossel saliente que arremata o fechamento superior do camarim. O dossel característico do estilo D. João V também não se vê neste altar que seria mais corretamente classificado com do estilo rococó, indicando sua confecção na segunda metade do século XVII.