Recife – Ginásio Pernambucano
O Ginásio Pernambucano, em Recife-PE, foi tombado por sua importância cultural.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Prédio do Ginásio Pernambucano na Rua da Aurora
Localização: Recife-PE
Número do Processo: 1101-T-1983
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 562, de 19/07/1984
Descrição: Foi fundado no dia 1º de setembro de 1825, por decreto do presidente da província de Pernambuco, José Carlos Mayrink, sob o nome de Liceu Provincial de Pernambuco, numa das dependências do convento do Carmo.
Seu primeiro diretor foi o frade beneditino Miguel do Sacramento Lopes Gama, mais tarde apelidado de Padre Carapuceiro.
Poucas instituições mudaram tanto de nome e local de funcionamento como o Ginásio Pernambucano. Como Liceu funcionou, de 1844 a 1850, em um sobrado da rua Gervásio Pires; nos torreões da Alfândega; no primeiro andar da Companhia dos Operários Engajados; na casa das sessões do Juri; na rua da Praia e no Pátio do Paraíso. Em 1850, mudou-se para a rua do Hospício, para o prédio onde funcionou depois a Escola de Engenharia, permanecendo naquele local por 16 anos.
Em 14 de maio de 1855, uma Lei converte o Liceu Provincial de Pernambuco em um internato de educação pública, e de instrução secundária, sob o título de Ginásio Pernambucano.
A pedra fundamental para o novo prédio, a ser construído na Rua da Aurora foi lançada em 14 de agosto de 1855.
O projeto do prédio é de autoria do engenheiro José Mamede Alves Ferreira, formado pela Escola de Engenharia de Paris. No projeto original o edifício figurava com dois andares, mas o projeto foi mutilado, levantando-se apenas o pavimento térreo, sacrificando-se, por medida de economia, os outros dois. Só em 1857, foi acrescentado um pavimento superior.
Em 1859, o Ginásio Pernambucano recebeu a visita do Imperador Dom Pedro II.
Com o prédio ainda inacabado, em 20 de dezembro de 1866, o Ginásio Pernambucano se instala, definitivamente, na rua da Aurora.
No governo de Alexandre José Barbosa Lima, através de um Decreto de 1º de janeiro de 1893, passou a chamar-se Instituto Benjamim Constant, fazendo-se a fusão do Ginásio com a Escola Normal, abolindo o internato e agregando vários cursos de caráter científico e profissional.
Em junho de 1899, o Instituto foi extinto, voltando o nome Ginásio Pernambucano que permaneceu até 1942, quando passou a ser o Colégio Pernambucano e depois Colégio Estadual. Voltou a ser denominado Ginásio Pernambucano pelo Decreto nº 3.432, de 31 de dezembro de 1974.
O Ginásio possuía um Museu de História Natural, organizado pelo naturalista francês Louis Brunet, uma Biblioteca, fundada pelo professor João Regueira Costa e uma capela, construída por iniciativa do padre Francisco Rochael, onde eram rezadas missas aos domingos e dias santos.
Foi um dos mais famosos educandários de Pernambuco, reconhecido, principalmente, pela qualidade dos seus professores.
Fonte: Fundaj.
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