Itanhandu – Conjunto Ferroviário Urbano de Itanhandu


Imagem: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais

O Conjunto Ferroviário Urbano de Itanhandu foi tombado pela Prefeitura Municipal de Itanhandu-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Itanhandu-MG
Nome atribuído: Conjunto Ferroviário Urbano de Itanhandu (0,54 ha)
Localização: Itanhandu-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 365/2007

Descrição: O prédio da Estação Ferroviária, construído em 1943, consiste numa construção térrea sobre base de pedra com revestimento cimentado. Está implantada em terreno plano, acima do nível da rua (60cm – atingida por três degraus que vencem o desnível), próximo ao leito dos trilhos de ferro, que outrora foram muito utilizados para a passagem do trem. A cobertura em duas águas vedada por telha cerâmica plana está escondida totalmente pela platibanda. As fachadas não são simétricas, cada face possui um determinado número de vãos, distribuídos de forma diferente.
Atualmente, o transporte ferroviário está desativado, tal quadro contrasta com as intensas atividades do trem durante grande parte do século XX, período este em que a edificação era uma das grandes referências para os itanhanduenses. Houve muitas mudanças nas paredes internas com vistas a conformarem os espaços utilizados por famílias que para lá mudaram ao longo dos anos – tais movimentos iniciam-se mais sistematicamente na década de 80, quando o trem de passageiros é desativado e, aos poucos, no período em que os veículos de carga também têm suas viagens reduzidas até o total desuso no início dos anos 90. Pinturas ocasionais foram realizadas objetivando uma melhor conservação do imóvel, não sendo observadas grandes reformas nesse sentido. Apesar da inoperância do transporte ferroviário, muitos fragmentos ainda permanecem no prédio como testemunho de uma temporalidade passada: placas indicativas, bilheterias, portas largas, sanitários e amplos cômodos compõem o cenário que transita entre e o passado e o presente itanhanduenses. Nos dias atuais, o espaço físico do prédio divide-se em abrigar a chamada ‘Estação das Artes’, a qual expõe e vende peças do artesanato local, e guarda parte do acervo do Arquivo Público Municipal, ainda em fase de reorganização.
A Antiga estação ferroviária, atual estação das artes está localizada no centro da cidade, próximo ao hotel casarão. Seu acesso se dá pela saída da Praça Amador Guedes, ponto central da cidade, seguindo pela Rua Tiradentes, até a Avenida Fernando Costa, virando a 1° a esquerda seguindo até a Praça da Bíblia, virando a 1ª à direita na Rua João Batista e seguindo em frente até chegar ao local.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.

Histórico do município: No princípio do século XVIII, Um pequeno aglomerado de casas, circundado por várias fazendas, deu origem ao arraial de Barra do Rio Verde, que se localizava aos pés da Mantiqueira e era banhado pelos rios Verde, Passa Quatro e Ribeirão Itanhandu.
Em 1882 o arraial de Barra do Rio Verde acompanhou a chegada dos ferroviários que iniciaram a construção da estrada de ferro que ligaria o lugarejo aos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro e daria acesso a outras cidades mineiras. O tráfego foi inaugurado em 1884 e a nova estação ferroviária denominou-se Capivari, por ser escoadouro do Distrito de Santana do Capivari, integrante do município de Pouso Alto. Depois de Barra do Rio Verde, o arraial passou a ser denominado Estação de Capivari, e, somente em 1904, a população mudou a denominação da localidade para Itanhandu.
O nome Itanhandu, é de origem tupi-guarani e era chamado assim pelos índios Cataguases, porque o Rio Verde forma grandes quantidades de pedras que correm ao longo das Eras(seixos rolados) e significa ITA = pedra; NHANDU = corredeira, riscos,ema ou aranha, favorecendo as seguintes interpretações:pedras que correm ou seixos rolados,pedras riscadas ou seixos raiados,ema na pedra ou ema de pedra, aranha na pedra ou aranha de pedra. Além dessas versões, os antepassados também reconhecem para Itanhandu os significados de pássaro na pedra e, até mesmo, pássaro de pedra, argumentando o fato de haver grande quantidade de pássaros sobre as pedras do Rio Itanhandu.
Em 1911 o arraial Itanhandu passou a Distrito, pertencente ao município de Pouso Alto.
Finalmente em 1923, Itanhandu torna-se município, e no ano 1940 foi elevado a Comarca.
Durante o Ciclo do Ouro, foi caminho de tropas e tropeiros, por onde passavam as riquezas das minas com destino a Coroa, e na década de 30, foi resistência contra a invasão paulista ao território mineiro. Dois futuros presidentes trabalharam no local, o então Cel. Eurico Gaspar Dutra e o Tenente médico Juscelino Kubitschek, que declararia mais tarde a amigos:” Minha carreira política começou em Itanhandu”.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal
Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais


1 comments

  1. nivaldo marangoni |

    Gostei muito do conteúdo nesses artigos.
    Gosto de ler sob re a história do municípios do mundo inteiro e este de Itanhandu foi bem completo. Ajuda muito a entender um passado de lutas e a reconhecermos e valorizar figuras anônimas que foram fundamentais em algum momento da história.

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