Lima Duarte – Câmara Municipal


Imagem: Prefeitura Municipal

A Câmara Municipal foi tombada pela Prefeitura Municipal de Lima Duarte-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Lima Duarte-MG
Nome atribuído: Imóvel onde se localiza a Câmara Municipal com as suas fachadas exteriores e todas as áreas internas tais como (salas, escada, mobiliário, documentos e bens móveis)
Outros Nomes: Prédio da Câmara Municipal e o Livro de Ata de Instalação do Município, Prédio da Câmara Municipal de Lima Duarte e Livro de Ata de Instalação do Município do Rio do Peixe
Localização: R. Antônio Carlos, nº 51 – Centro – Lima Duarte-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 05/1997

Descrição: Situado na Rua Antônio Carlos esquina com a Tancredo Alves, encontra-se o prédio onde funciona a Câmara Municipal de Lima Duarte e que durante quase um século funcionou também a administração municipal.
Em linhas clássicas que lembram os anos 20 é composto por dois pavimentos.
Sua fachada principal apresenta seis colunas que apontam para o alto e atravessam o telhado. A porta de entrada é de madeira e protegida por uma pequena marquise. A fachada ainda possui quatro janelas gradeadas e fechadas internamente com madeira. Acima das janelas vê-se retângulos envidraçados e acima dos mesmos, arandelas. No andar superior, no centro, uma porta com uma pequena sacada e mais quatro janelas encimadas por retângulos. Na parte central junto ao telhado existe um pequeno nicho gradeado.
A lateral esquerda segue as mesmas linhas da fachada com seis janelas.
Nos fundos um anexo onde funciona o DEMAE, construído em 1991.
Todo o prédio é pintado na cor creme com porta e janelas em cinza.
A construção tem um partido arquitetônico quadrangular.
O prédio foi construído em duas etapas, sendo a 1ª em 1840, e a reforma que lhe deu o aspecto atual em 1927. Possui um total de vinte e uma janelas.
O telhado é em quatro águas embutido na platibanda, utilizando telhas francesas e apoiado em estrutura de madeira.
O térreo possui três salas e instalações sanitárias. Em uma das salas, nos fundos, encontra-se ainda a cela da antiga casa de cadeia. O piso é em ladrilhos.
O acesso ao andar superior é feito por ampla escadaria em madeira com corrimões de balaústres trabalhados em retângulos.
O salão nobre, utilizado para reuniões da Câmara está separado do hall por uma portada em madeira trabalhada. O plenário separa-se da platéia por um gradil nas mesmas linhas da escadaria. O piso é em tábuas corridas e forro envernizado, de onde pendem três lustres de bronze, madeira e vidro. Existe ainda duas salas que são utilizadas pela presidência e pela secretaria da Câmara.
Atualmente é também utilizado como escritório do IEF – Instituto Estadual de Floresta e do COMTUR – Conselho Municipal de Turismo de Lima Duarte.
Conforme consta de ata da Sessão Ordinária de 25 de agosto de 1889, no livro 2, o governo do Estado, através de ofício do Dr. David Campista, secretário de finanças do Estado datado de 15 de agosto do mesmo ano, comunica que o governo estadual concede o usufruto do prédio que serve de Câmara Municipal, à municipalidade, cabendo à mesma fazer os consertos necessários. Era presidente da Câmara Honório José Delgado Motta.
Por volta de1900 foi instalada no prédio da Câmara Municipal a primeira tipografia de Lima Duarte e sendo impresso o primeiro jornal: “A Tribuna”, que circulou por quase uma década sempre na direção de Alfredo Catão.
Em 1927, o atual prédio da Câmara foi reconstruído adquirindo as características que tem hoje, sendo o engenheiro responsável pela obra Dr. Moacyr Duque Viriato Catão e o presidente da câmara Dr. Nominato de Paiva Duque.
No ano de 1990, sob a presidência da vereadora Sônia Regina de Lima Campos, o prédio sofreu uma nova reforma tendo sido substituídos às janelas do andar superior e feitos os reparos na cobertura.
Em 1998 foi refeito todo o telhado na presidência do vereador Altair José Lage.
Encontra-se no arquivo da Câmara Municipal de Lima Duarte um livro de atas onde está lavrada a “Ata de Instalação do Município do Rio do Peixe”. É um livro de capa verde contendo 47 páginas cujo termo de abertura foi lavrado em 24 de dezembro de 1884, assinado pelo Sr. Manuel Antônio Duque, vereador do Município de Barbacena. Posteriormente deu-se nome ao município de Lima Duarte em homenagem a um filho ilustre de Barbacena, o Visconde José Rodrigues de Lima Duarte, ministro de D. Pedro II.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Lima Duarte teve, provavelmente, a mesma origem da maioria das cidades mineiras: um grupo de colonos se estabeleceu a beira das estradas que davam para as minerações aí se formou um pequeno núcleo colonial ao redor de uma capelinha que a fé dos nossos antepassados se apressava em erguer. Sua primeira denominação foi Nossa Senhora das Dores do Rio do Peixe, e a origem deste nome se deve a Santa padroeira da primeira capelinha de Nossa Senhora das Dores, mais o fato de ser o município banhado pelo rio do Peixe. Passou a ser chamado mais tarde ?LIMA DUARTE? , em homenagem a um médico e político barbacenense, que muito contribuiu para a emancipação do município, e se chamava José Rodrigues de Lima Duarte.
Conta-se que, em 1781, corria o boato de que no rio do Peixe haviam-se descoberto faisqueiros de bom rendimento, fazendo-se extrativos pela Ibitipoca, apesar da proibição por parte do Governo. Foi apurada a veracidade dom fato, e tendo o próprio governador percorrido a área comentada, foi recebido no nascente arraial do Rio do Peixe com festividades, aproveitando os moradores para lhe pedirem terras de cultura. Reconhecendo a inutilidade das proibições feitas, resolveu o governador permitir se cultivassem aquelas matas e o arraial passou a crescer. A paróquia foi criada em 1881, sendo então dada a denominação de Vila do Rio do Peixe a sede que, ao ser elevada à cidade em 1884, recebeu o nome que conserva ainda até hoje. O primitivo distrito de Rio do Peixe foi criado em 1839 e elevado a freguesia 20 anos depois, em 1859.
Fonte: IBGE.

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