Montes Claros – Armazém Central do Brasil


Imagem: Prefeitura Municipal

O Armazém Central do Brasil de Montes Claros-MG data do início do séc. XX. Último remanescente das primeiras construções da Estrada de Ferro Central do Brasil.

Prefeitura Municipal de Montes Claros-MG
Nome atribuído: Armazém Central do Brasil
Localização: Av. Ovídio de Abreu, n° 110 – Centro – Montes Claros-MG

Descrição: O Armazém da Central do Brasil, são bens da União, estando aos cuidados do Ministério dos Transportes, data do início do século. Como último remanescente das primeiras construções que sediaram a Estrada de Ferro Central do Brasil, o armazém destaca-se dentro do conjunto de edificações da cidade como principal marco do início de uma nova época na história de Montes Claros. Não existe mais o transporte de passageiros, somente o de cargas.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O Antigo Armazém de Cargas da Rede Ferroviária, fruto de um termo de comodato celebrado entre o município e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – DNIT, finalmente será ocupado como um grande centro cultural multiuso. O espaço abrigará a Casa do Tambor, a oficina de construção de rabecas e violas caipiras e o projeto Criançamento.
A Casa do Tambor será um espaço para criação musical em percussão, tem como objetivo promover a integração social de crianças e adolescentes por meio de oficinas de arte-educação. Coordenadas pelos professores Cláudio Mineiro e Tico Lopes, as oficinas atenderão, gratuitamente, crianças e adolescentes de 7 a 17 anos no contra turno escolar. Além das oficinas de musicalização, os alunos terão acompanhamento pedagógico em língua portuguesa e matemática, contanto, ainda com oficinas de xadrez. A Casa do Tambor será um centro de referência e valorização dos ritmos e dos instrumentos de percussão tradicionais do nosso folclore.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Expedição Espinosa – Navarro, composta por 12 homens determinados, talvez espanhóis e portugueses, foi a primeira a pisar as vastas terras da Região do Norte de Minas, habitada pelos índios Anais e Tapuias. Mas era muito cedo ainda para fundar as cidades do sertão, longe do litoral. Bandeirantes partiram de São Paulo, procurando pedras preciosas, e embrenharam-se pelo sertão do Norte da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Fernão Dias Pais, Governador das Esmeraldas, organizou a mais célebre Bandeira, para conquistar “Esmeraldas”, da “Serra Resplandecente”.
Antônio Gonçalves Figueira, que pertencia à Bandeira de Fernão Dias, acompanhou-a até às margens do Rio Paraopeba, onde com Matias Cardoso, abandonou o chefe, regressando para São Paulo, chegando lá dois anos depois.
Seduzidos pela fertilidade do Sertão Mineiro e talvez, na esperança de conquistarem riquezas, Antônio Gonçalves Figueira e Matias Cardoso retornaram, tornando-se colonizadores caçando índios, construindo fazendas, cujas sedes se transformaram em cidades.
Formou três grandes fazendas: Jaiba, Olhos d’Água e Montes Claros, esta, situada nas cabeceiras do Rio Verde, pela margem esquerda, próxima a montes formados por Xistos Calcários, com pouca vegetação. Pelo alvará de abril de 1707, Antônio Gonçalves Figueira obteve a sesmaria de uma légua de largura por três comprimentos, que constituiu a Fazenda de Montes Claros. Formigas foi o segundo povoado da Fazenda Montes Claros. Gonçalves Figueira para alcançar mercado para o gado, construiu estradas para Tranqueiras na Bahia, e para o Rio São Francisco. Era grande o seu interesse de expansão do comércio de gados, e com isto, procurou ligar-se ao Rio das Velhas e também à Pitangui e Serro. A região foi se povoando e a Fazenda de Montes Claros transformou-se no maior Centro Comercial de Gado, no Norte de Minas Gerais.
O próspero Arraial de Formigas, depois Arraial de Nossa Senhora da Conceição e São José de Formigas, Vila de Montes Claros de Formigas e por fim cidade de Montes Claros. Iniciou-se assim, em local diferente da sede de Antônio Gonçalves Figueira, em torno da Capela erguida por José Lopes de Carvalho.

Cento e vinte quatro anos após obtenção da Sesmaria, por Antônio Gonçalves Figueira, dono e construtor da Fazenda de Montes Claros, já estava o Arraial de Nossa Senhora de Conceição e São José de Formigas, suficientemente desenvolvido para tornar-se independente, desmembrando-se de Serro-Frio. Pelo esforço dos líderes políticos o Arraial foi elevado a Vila pela Lei de 13 de outubro de 1831, recebendo o nome de “Vila de Montes Claros de Formigas”.
Os vereadores, primeiros líderes construtores do progresso de Montes Claros, naquele tempo longínquo: José Pinheiro Neves (Presidente), Laurenço Vieira de Azevedo Coutinho, Luiz de Araújo Abreu, Antônio Xavier de Mendonça, Francisco Vaz Mourão e Joaquim José Marques, que substituiu José Fernandes Pereira Correia. A 22 de julho de 1834, toma posse o primeiro Juíz Municipal Dr. Jerônimo Máximo de Oliveira e Castro. Apareceram na Vila, os primeiros médicos e facultativos: Manoel Hipólito de Palma, com licença para exercer a profissão de Cirurgião.
Outros facultativos apareceram em 1835, e, em 1847, chega à Vila o primeiro médico formado: Dr. Carlos Versiani.
A Vila de Montes Claros de Formigas desenvolvia-se pelo esforço dos líderes, os costumes eram primitivos, em casa faziam-se comida, as quitandas, o sabão, as rendas de almofada, tecidos no tear, etc. Em 1817 já havia três sobrados: O do Cel. João Alves Maurício, o do Simeão e o Mirante. Outros foram construídos, tinham piso de assoalho, maior número de janelas e melhor acabamento.

Em 1857, a Vila Montes Claros de Formigas teria pouco mais de 2.000 habitantes, mas os políticos já pleiteavam a elevação à cidade, pois os melhoramentos existentes eram os mesmos de quase todos os municípios da Província.
Assim, pela Lei 802 de 03 julho de 1857, a Vila passou a cidade – Cidade de Montes Claros, sem formigas, que desagradava a todos os formiguenses. A partir dali seriam “montesclarenses”.
A 12/07/1858 tomaram posse os novos vereadores. Por muito tempo, o aspecto da cidade permaneceu quase o mesmo. O desenvolvimento da cidade continuava lento, pois os meios de transporte permaneciam: Cavalos e liteira para as pessoas, carros de bois e tropas de burros que conduziam mercadorias, num comércio mútuo, suadas andanças pelas estradas estreitas e poeirentas, muitas delas abertas pelos bandeirantes.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Fonte: Prefeitura Municipal.

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