Três Pontas – Sede da Fazenda do Mato
A Sede da Fazenda do Mato foi tombada pela Prefeitura Municipal de Três Pontas-MG por sua importância cultural para a cidade.
Prefeitura Municipal de Três Pontas-MG
Nome atribuído: Sede da Fazenda do Mato
Localização: Entrada Vicinal Três Pontas/ Nepomuceno – Zona Rural – três Pontas-MG
Decreto de Tombamento: Decreto nº 4226, de 12 de abril de 2004
Descrição: O casarão da Fazenda do Mato é um dos mais antigos da região de Três Pontas tendo sido construído por volta de 1800 por Diogo Garcia Cruz, segundo depoimentos deixados por pessoas da família dos proprietários. A Fazenda do Mato teve seu nome inspirado no fato do casarão inserir-se num clarão de floresta atlântica, remanescente na propriedade e preservado até os dias de hoje.
Texto: Ederson Gustavo Cesário Malaquias.
Fonte: Setor de Patrimônio Cultural / Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Turismo / Prefeitura Municipal.
Histórico do município: Não existem indícios de povoamento de indígenas na região de Três Pontas. Os primeiros a desbravarem essa região possivelmente estavam à procura de ouro, mas não o encontraram. A Serra de Três Pontas era utilizada como ponto de referência para os viajantes que cruzavam essas terras. Durante esse período, ainda, escravos fugidos passaram pela região. Um fato que favoreceu a formação de quilombos no município foi a destruição do Quilombo do Ambrósio entre 1740 e 1746. Localizado provavelmente entre os municípios de Cristais e Ibiá, durante o ataque dos brancos, muitos negros conseguiram escapar e se refugiaram em várias regiões, inclusive na região de Três Pontas, onde sabe-se que formaram dois quilombos: o Quilombo do Cascalho próximo à serra e outro próximo ao ribeirão das Araras, próximo de onde hoje está situado o Quilombo Nossa Senhora do Rosário. Os habitantes brancos da região, então, passaram a se sentir ameaçados e exigiram providências do governo, que enviou alguns capitães, dentre eles Bartolomeu Bueno do Prado, que exterminaram as povoações quilombolas em 1760. Com os quilombos destruídos, mais povoadores chegaram a região, requerendo sesmarias.
Em 5 de outubro de 1768 foi construída por alguns sesmeiros a Capela de Nossa Senhora d’Ajuda (onde hoje se encontra a igreja de mesmo nome), com a licença do Bispado de Mariana. Em torno da ermida começou a surgir um arraial, que passava a ser denominado com o nome da padroeira da capela. O primeiro casamento no arraial foi realizado em 1777. Em seu testamento, Bento de Brito referiu-se ao arraial com a denominação de São Gonçalo, mas esse nome não se popularizou. Neste período, a vila crescia em ritmo lento.
Em 1832, o arraial foi elevado à freguesia e passou a ter um juiz de paz e um pároco. Em 1841, devido ao crescimento do lugar, foi elevado à vila, graças à influência do Coronel Antônio José Rabelo Campos. O território foi então desmembrado do município de Lavras.
Em 1850 foi criada a comarca de Três Pontas. Contudo, cinco anos depois, a comarca foi suprimida, sendo restaurada em 1873.
Em 3 de julho de 1857 a vila recebeu o título de cidade. Nos anos de 1880 foram construídos os primeiros encanamentos de água da cidade. Existiam dois jornais periódicos na época: ‘Estrela Mineira’ e ‘Despertador’. Dois trespontanos receberam títulos nobiliárquicos por Dom Pedro II: o Tenente Coronel Antônio Ferreira de Brito (Barão da Boa Esperança) e Major Antônio Luís de Azevedo (Barão do Pontal). Em 1889, o Barão da Boa Esperança presidia o Partido Conservador e João Ferreira de Abreu Salgado o Partido Liberal. Nessa fase de transição para a República, foi criada, em fevereiro de 1890, uma Intendência Municipal para governar a cidade. Em 1893 a cidade exercia grande influência na política sul mineira, mas começava a perder espaço e até 1947 praticamente não recebeu nenhuma ajuda do Estado ou do Governo.
Fonte: IBGE.
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