Petrópolis – Prédio dos Correios e Telégrafos
O Prédio dos Correios e Telégrafos, em Petrópolis – RJ, foi tombado por sua importância histórico e cultural.
INEPAC – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Nome Atribuído: Nove Bens em Petrópolis
Processo de Tombamento: E-03/17.007/81 E-18/000.165/91
Localização: Rua do Imperador, nº 350 – Petrópolis-RJ
Tombamento Provisório: 20/06/1983
Tombamento Definitivo: 04/12/1998
Descrição: A primeira agência de correios de Petrópolis foi criada em 1848. O edifício atual, de grande porte e interior luxuoso, foi construído no início da era republicana quando os Correios e Telégrafos eram uma instituição símbolo de modernidade. Daí as várias construções monumentais dos correios então espalhadas pelas principais cidades do país.
Fonte: Inepac.
Descrição: Petrópolis foi, historicamente, local de passagem obrigatória de penetração dos viajantes que, do litoral ao interior, iam e vinham em busca do ouro das Minas Gerais. Esse fator, somado às qualidades climáticas e feições naturais e à proximidade com o Rio de Janeiro, contribuiu para que, em meados do século XIX, ali se desenvolvesse a colônia de Petrópolis.
Outro fator de cunho pitoresco é decorrente do conhecimento que D. Pedro I tinha da região, particularmente da Fazenda do Padre Corrêa, local de pernoite dos tropeiros que transpunham a serra em direção ao interior. Encantado com o clima ameno e a beleza daquele cenário natural, adquire as terras do Córrego Seco, vizinhas às do Corrêa, para construir um palácio de verão.
O sonho de construir a Fazenda Imperialno alto da serra somente vai se realizar, mais tarde, quando o engenheiro-militar major Júlio Frederico Koeler, que coordenava os trabalhos de levantamento topográfico de parte da província do Rio de Janeiro naquela região, arrenda em 1843 a Fazenda do Córrego Seco para implantar no local uma colônia alemã. Koeler compromete-se, através do conselheiro Paulo Barbosa, com o herdeiro D. Pedro I Ia reservar uma área para edificar o Palácio Imperial, os jardins e a Igreja de São Pedro de Alcântara.
Em 1846, o major Koeler apresenta o primeiro plano urbanístico para a Vila Imperial de Petrópolis. O projeto aliava as necessidades da atividade agrícola, baseada na mão de obra imigrante, bem como o uso do solo urbano, a preocupações com a preservação dos rios e das matas, resultando numa ocupação em que os edifícios eram projetados de forma respeitosa e integrada à paisagem natural circundante.
A cidade rapidamente ocupou lugar de destaque no cenário nacional, inicialmente como residência de verão da família imperial e departe da elite brasileira e, depois, como vilegiatura da alta burguesia fluminense. Ainda no fim do século XIX, pelas suas qualidades climáticas e abundância de água, atraiu a instalação de um grande número de fábricas,sobretudo de têxteis. Esse conjunto de condições políticas, sociais e culturais, propiciou aprodução de uma rica e variada arquitetura, marcadamente do período republicano.
O acervo do patrimônio edificado de Petrópolis, integrado à magnífica paisagem natural da Serra do Mar, se apresenta como manifestação das mais significativas na conformação das cidades fluminenses, devido à rara e sensível interação do patrimônio ambientale urbano. Petrópolis se constitui, hoje, apesar das transformações ocorridas, em referência para as demais cidades do Rio de Janeiro, pelo seu padrão de qualidade de vida, além de sua relevância histórica associada à vida política brasileira.
Motivados pela mobilização de associações comunitárias locais, estudos sistemáticos para o reconhecimento e proteção de diversos bens em Petrópolis foram iniciados no fim da década de 1970, a partir de um projeto de revisão da legislação urbanística municipal. Coordenado pelo então órgão de planejamento metropolitano do Estado, Fundrem, participaram conjuntamente desses estudos o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e a Prefeitura Municipal. Os resultados desdobraram-se em um trabalho técnico de elaboração de um inventário dos bens arquitetônicos e em medidas de proteção ao patrimônio ambiental urbano de Petrópolis.
O tombamento definitivo efetivado pelo Estado em 1998 é mais uma etapa alcançada nesse processo. Tem singular extensão e diversidade de ambientes, contabilizando dezoito conjuntos localizados no primeiro distrito, que, por suas características urbanísticas, paisagísticas e arquitetônicas, foram reconhecidosco mo de interesse para a sua preservação. Integram o tombamento diversas ruas com suas arquiteturas peculiares e respectivas encostas com suas coberturas vegetais, constando da listagem mais de trezentos imóveis efetivamente protegidos pela legislação estadual.
Fonte: Inepac.
CONJUNTO:
Petrópolis – Casa do Barão do Rio Branco e Chancelaria
Petrópolis – Casa dos Constituintes
Petrópolis – Castelinho da Fábrica D. Isabel
Petrópolis – Colégio Estadual D. Pedro II
Petrópolis – Colégio Santa Isabel
Petrópolis – Hospital Santa Teresa
Petrópolis – Prédio dos Correios e Telégrafos
Petrópolis – Ponte de ferro no Sítio do Itamaraty
Petrópolis – Reservatório de Água