Além Paraíba – Estação Ferroviária de São José
A Estação Ferroviária de São José, em Além Paraíba-MG, era o ponto inicial da Estrada de Ferro Leopoldina.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Patrimônio Cultural Ferroviário
Nome Atribuído: Estação de São José e Casa do Agente com 138 m²
Localização: Além Paraíba-MG
Decreto de Tombamento: Lei nº 11.483/07 e Portaria IPHAN nº 407/2010
Prefeitura Municipal de Além Paraíba-MG
Nome atribuído: Estação Ferroviária de São José
Localização: Além Paraíba-MG
Decreto de Tombamento: Lei municipal 1609/1995
Uso Atual: Museu Ferroviário
Descrição: Fica tombada por seu valor histórico e arquitetônico a Estação da Rede Ferroviária Federal S.A, localizada em São José.
Fonte: Lei de Tombamento.
Descrição: A Estação de São José era o ponto inicial da Estrada de Ferro Leopoldina.
[…] O conjunto arquitetônico que, por sua vez, compõe a antiga Estrada de Ferro Leopoldina é formado pela Estação São José, por uma ampla rotunda, escritórios, galpões, casas de operários e serraria. A instalação no município de uma oficina central para manutenção das locomotivas e estradas foi responsável por formar uma qualificada escola de chefes e operários, empregando parte significativa da mão de obra local. Embora a estação de São José apresente portes de menor expressão, o complexo ferroviário construído na cidade em função da oficina impressiona por suas dimensões.
Fonte: Maria Cecília de Alvarenga Carvalho.
Descrição: Coberta pela Mata Atlântica e habitada pelos índios Puris, a região, onde hoje se situa a cidade, era conhecida somente por tropeiros vindos da Côrte até fins do século XVIII. Com o descobrimento de minerais preciosos nas redondezas, intensificou-se a travessia do Rio Paraíba do Sul; por volta de 1784 às margens do mesmo rio, um cais de madeira foi denominado de Porto do Cunha. A então Vila, em 1880, foi transformada por lei no município que recebeu a denominação de São José de Além Paraíba e apenas em 1883 foi elevada a categoria de cidade. Em 1923 passou a ter o nome atual.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Prefeitura Municipal de Além Paraíba-MG
Nome atribuído: Bens móveis da Estação Ferroviária de São José
Localização: Além Paraíba-MG
Decreto de Tombamento: Lei municipal 2265/2004
Descrição: Ficam tombados, por seu valor histórico, os bens abaixo relacionados, que encontram-se no Museu Ferroviário, localizado na antiga Estação Férrea de São José, a saber:
I – Gaveteiro de Desenho – contendo em seus 4 volumes com cerca de 8.000 plantas e documentos sobre locomotivas, carros e instalações prediais, dados e metodologia de trabalho aplicados no dia a dia do trabalho das Oficinas de Porto Novo;
II – Apito da Chapeira – Aparelho que tinha como finalidade soar um som alto e agudo, sendo audível em toda a extensão territorial da cidade, com a finalidade de avisar os horários para que funcionários e moradores da cidade se orientassem. Tal apito soava nos seguintes horários: 6:45, 7:00, 11:00, 11:45, 12:00 e 16:30 horas. Ficava instalado na locomóvel da tornearia, era movido a vapor da referida locomóvel e funcionou até a erradicação da citada locomóvel na década de 70;
III – Tacômetro – Aparelho destinado a marcar o número de voltas, por minuto, da locomóvel da tornearia, com a finalidade de manter estável a rotação do maquinário, já que estes tinham que ter rotação estável;
IV – Telégrafo – Aparelho primitivo de comunicação por código-morse, muito empregado no início do século 19;
V – Lanterna – Instrumento muito empregado na ferrovia para manobra de trens à noite, pois possuía um sistema que permitia girar para a troca do sinal verde e vermelho, podendo também ser aceso como lampião para clarear as noites escuras, funcionando com querosene ou óleo de baleia;
VI – Cadeado – Instrumento usado para travar portões, portas, armários e outros objetos de grande importância para a ferrovia, confeccionado em modelo especial pela Estrada de Ferro Leopoldina;
VII – Caixa de Gabarito – Um composto de gabaritos usado para reparos e comparação de peças, usado pelos inspetores e visava padronizar o tamanho das peças internas do referido instrumento, tendo sido elaborado e construído nas Oficinas de Porto Novo, já que aqui se fabricavam os injetores;
VIII – Dilatador de Tubos – Aparelho para dilatar tubos com a finalidade de fixar os mesmos nos espelhos da Caldeira;
IX – Sino da Estação – Instrumento usado para alertar os passageiros para os horários de embarque, chegada e saída das composições ferroviárias;
X – Telefone de Parede – Aparelho de comunicação através da voz, muito empregado, vindo logo após o telégrafo;
XI – Relógio Oito – Aparelho usado para marcar o tempo (horas), em forma de oito, número de série 448, da antiga e extinta Estrada de Ferro Leopoldina, sem nome do fabricante;
XII – Relógio Tagus Redondo – Da mesma forma do relógio oito, com número de série 712, fabricado pela Tagus;
XIII – Relógio Silco Redondo – Da mesma forma dos relógios anteriores, com número de série 594;
XIV – Aparelho de Pesar Manômetro – Aparelho destinado a aferir manômetro usado nas Oficinas de Porto Novo até a década de 90, com a finalidade de aferir a precisão dos manômetros de uso geral, vapor, pressão de óleo, água ou ar comprimido;
XV – Mesa de Desenho – Instrumento principal do desenhista. Era usada para elaborar desenhos técnicos, juntamente com uma régua denominada régua TE, por ser parecida com a letra T;
XVI – Placa de Bronze de 1928 – Peça feita em bronze para identificar o ano e fabricante das locomotivas, carros, máquinas. Placa ora tombada identificava a locomotiva Inglesa Beyer Peacock de 1928;
XVII – Placa de Bronze 327 – Peça feita em bronze que identificava a locomotiva inglesa nº 327;
XVIII – 3 Manômetros – Aparelhos utilizados para medir pressão de uma máquina;
XVIX – Caixa de Gabaritos de Aparelho de Óleo – Instrumento elaborado com a finalidade de verificar o tamanho padrão dos aparelhos de óleo, ou seja, para lubrificar as locomotivas a vapor.
Fonte: Lei de Tombamento.
Histórico das ferrovias no Brasil: A história das ferrovias no Brasil inicia-se em 30 de abril de 1854, com a inauguração, por D. Pedro II, do primeiro trecho de linha, a Estrada de Ferro Petrópolis, ligando Porto Mauá à Fragoso, no Rio de Janeiro, com 14 km de extensão. Mas a chegada da via à Petrópolis, transpondo a Serra do Mar, ocorreu somente em 1886.
Em São João del Rei (MG), o Museu Ferroviário preserva a história da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, criada em 1872. Seu percurso ligava a cidade de Sítio (atual Antônio Carlos) à Estrada de Ferro D. Pedro II (posteriormente, Central do Brasil), partindo daí para São João del Rei. Com novas concessões, a ferrovia Oeste de Minas se estendeu a outras cidades e ramais, alcançando, em 1894, um percurso total de 684 km, e foi considerada a primeira ferrovia brasileira de pequeno porte.
As dificuldades e desafios para implantar estradas de ferro no Brasil eram muitos. Procurando atrair investidores, o governo implantou um sistema de concessões, que se tornou característico da política de infra-estrutura do período imperial. Entre o final do século XIX e início do século XX os recursos, sobretudo dos britânicos, alavancaram a construção de linhas férreas.
A expansão ferroviária, além de propiciar a entrada de capital estrangeiro no país, tinha, também, o objetivo de incentivar a economia exportadora. Desta forma, as primeiras linhas interligaram os centros de produção agrícola e de mineração aos portos diretamente, ou vencendo obstáculos à navegação fluvial. Vários planos de viação foram elaborados na tentativa de integrar a malha ferroviária e ordenar a implantação dos novos trechos. Entretanto, nenhum deles logrou êxito em função da política de concessões estabelecida pelo governo brasileiro.
Fonte: Iphan.
Patrimônio Ferroviário: A Lei 11.483, de 31 de maio de 2007, atribuiu ao Iphan a responsabilidade de receber e administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e cultural, oriundos da extinta Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA), bem como zelar pela sua guarda e manutenção. Desde então o Instituto avalia, dentre todo o espólio oriundo da extinta RFFSA, quais são os bens detentores de valor histórico, artístico e cultural.
O patrimônio ferroviário oriundo da RFFSA engloba bens imóveis e móveis, incluindo desde edificações como estações, armazéns, rotundas, terrenos e trechos de linha, até material rodante, como locomotivas, vagões, carros de passageiros, maquinário, além de bens móveis como mobiliários, relógios, sinos, telégrafos e acervos documentais. Segundo inventário da ferrovia, são mais de 52 mil bens imóveis e 15 mil bens móveis, classificados como de valor histórico pelo Programa de Preservação do Patrimônio Histórico Ferroviário (Preserfe), desenvolvido pelo Ministério dos Transportes, instituição até então responsável pela gestão da RFFSA.
A gestão desse acervo constitui uma nova atribuição do Iphan e, para responder à demanda, foi instituída a Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário, por meio da Portaria Iphan nº 407/2010, com 639 bens inscritos até 15 de dezembro de 2015. Para inscrição na Lista, os bens são avaliados pela equipe técnica da Superintendência do Estado onde estão localizados e, posteriormente, passam por apreciação da Comissão de Avaliação do Patrimônio Cultural Ferroviário (CAPCF), cuja decisão é homologada pela Presidência do Iphan.
Os bens não operacionais são transferidos ao Instituto, enquanto bens operacionais continuam sob responsabilidade do DNIT, que atua em parceria com o Iphan visando à preservação desses bens. Esse procedimento aplica-se, exclusivamente, aos bens oriundos do espólio da extinta RFFSA. Os bens que não pertenciam à Rede, quando de sua extinção, não são enquadrados nessa legislação, podendo, entretanto, ser objeto de Tombamento (Decreto Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, aplicado a bens móveis e imóveis), ou ao Registro (Decreto nº 3.551, de 4 de agosto de 2000, aplicado ao Patrimônio Cultural Imaterial).
Fonte: Iphan.
CONJUNTO:
Patrimônio cultural ferroviário IPHAN
FOTOS:
MAIS INFORMAÇÕES:
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Estações ferroviárias
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Manual Técnico do Patrimônio Ferroviário
Boa tarde:Estou fazendo uma pesquisa, e soube que a “BALDEAÇÃO” da E.F.CENTRAL DO BRASIL de Porto Novo do Cunha, com os trens vindos do Rio de Janeiro em 1887, para os trilhos da E.F.LEOPOLDINA, segundo informações, ficavam distantes uma estação da outra 2 kilometros. Estação da Leopoldina (São José do Além Paraíba). Não tenho esta informação, é verdade que os passageiros que vinham, de PORTO NOVO DO CUNHA, terminal da E.F.CENTRAL DO BRASIL, tinham que andar a pé 2 km para chegar a ESTAÇÃO DA ESTRADA DE FERRO LEOPOLDINA, em SÃO JOSÉ DO ALÉM PARAÍBA?