Cachoeiro de Itapemirim – Ponte de Ferro
A Ponte de Ferro foi tombada pela Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim-ES por sua importância cultural para a cidade.
SEMCULT – Secretaria Municipal de Cultura de Cachoeiro do Itapemirim-ES
Nome Atribuído: Ponte de Ferro
Localização: Centro – Cachoeiro de Itapemirim-ES
Resolução de Tombamento: Lei Municipal nº 5484/2003
Descrição: atrativo: a Ponte de Ferro de Cachoeiro de Itapemirim, que ligava Vitória a Cachoeiro, por estrada de ferro, foi inaugura- da em 27 de junho de 1910 e contou com a presença do Presidente da República do Brasil Nilo Peçanha, que era natural de Campos. Na Época (1910) a estrada de ferro pertencia à Leopoldina Railway, e foi construída na Inglaterra. A estrada de ferro primeiramente pertenceu à Companhia de Navegação Espírito Santo e Caravelas, era de propriedade do Visconde de Matozinhos, foi inaugurada em 16/09/1887, por iniciativa do capitão Henrique Deslandes. Nos primeiros anos ela ligava Cachoeiro, Rua 25 de Março, à Pombal, hoje Rive, e a estação era no, local onde hoje é o Grupo Escolar Bernardino Monteiro, atual Cenciarte e o viradouro das máquinas onde se situa o repuxo, na Praça Jerônimo Monteiro. Hoje, adaptada para o fluxo de veículos, é um dos principais pontos turísticos da cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: A história de Cachoeiro de Itapemirim tem início no ano de 1812, quando o donatário da capitania do Estado, Francisco Alberto Rubim, teve a tarefa de desenvolver o povoamento em nosso Estado.
A região era dominada pelos índios Puris que, porém, não chegaram a ser obstáculo aos primeiros desbravadores, atraídos pelo ouro nas minas descobertas nas regiões compreendidas por Castelo.
A primeira incursão exploradora organizada ocorreu entre 1820 e 1825, época em que foi concedida ao Tenente Luiz José Moreira meia légua de terras. Na mesma época foram constituídos postos de policiamento, denominados quartéis de pedestres, para proporcionar garantia aos habitantes que haviam se instalado no lugar, próximo do obstáculo rural do encachoeiramento do rio, ponto de parada dos raros tropeiros que desciam do sertão e iam se acomodando nessas paragens e plantando suas lavouras.
O Governador Rubim fez construir à margem sul do rio o Quartel da Barca, que foi uma homenagem a Luiz Araújo – Conde da Barca, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra de Dom João VI. Com essa iniciativa os povoadores tiveram proteção contra as incursões dos índios Puris e Botocudos, que hostilizavam aqueles que percorriam a região à procura do ouro que os rios prometiam, ou até mesmo os lavradores que desejavam trabalhar a terra com plantação de cana-de-açúcar.
Por determinação do Governador Rubim havia um patrulhamento realizado por pedestres, que descia do Cachoeiro até a Vila de Itapemirim, prosseguindo até o Quartel de Boa Vista, situado na barreira do Siri, em frente a Ilha das Andorinhas, regressando ao ponto de partida, alternando em sentido contrário com a patrulha do Quartel de Boa Vista. A patrulha de pedestre era construída por negros livres, comandada por um Alferes (nome dado a antigo militar, hoje equiparado a um 2º Tenente).
Os quartéis tiveram seus efetivos aumentados, e foi nos seus arredores que começou a formação dos primeiros núcleos populacionais com pequenas plantações de mandioca, bananeiras e cana-de-açúcar. A pesca e a caça davam condições fartas aos habitantes.
Começava a lenta penetração no território dos silvícolas para o domínio dos desbravadores. Os fazendeiros de Itapemirim começavam a estender suas propriedades pelas margens do rio, sendo que, onde hoje está plantada nossa cidade foram fazendas pertencentes, outrora, a alguns deles, entre os quais citamos Joaquim Marcelino da Silva Lima (Barão de Itapemirim), figura principal do sul do Estado naquela época, Manoel José Esteves de Lima, um português que criou cidades e povoações no sul do Estado.
Fonte: IBGE.
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