Caratinga – Catedral de São João Batista
A Catedral de São João Batista, em Caratinga-MG, teve sua pedra fundamental lançaad em 15 de agosto de 1930, no dia da Assunção de Nossa Senhora.
Prefeitura Municipal de Caratinga-MG
Nome atribuído: Conjunto Arquitetônico e Urbanístico da Praça Cesário Alvim, formado pela Escola Princesa Isabel, Fachada do Palácio do Bispo, Coreto Ronaldo Oliveira da Silva Araújo, Catedral de São João Batista e a Praça Cesário Alvim (1,8 ha)
Localização: Praça Cesário Alvim – Centro – Caratinga-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 13/1998 e 35,36,37,39/2002
Descrição: Em 15 de agosto de 1930 ocorreu solenemente o lançamento da pedra fundamental da nova Catedral, no dia da Assunção de Nossa Senhora. Portanto, essa é a data oficial que deu início a construção da belíssima Igreja – Catedral. Com o lançamento da pedra fundamental, uma construção arrojada tendo à frente Monsenhor Aristides Marques da Rocha e o arquiteto-construtor Antônio d’Ercole, italiano, residente em Ponte Nova. A obra teve a duração de quatro anos, e, veio embelezar a praça Cesário Alvim tendo ao fundo a pedra Itaúna, formando com o Jardim das Palmeiras (plantadas por Joaquim Monteiro de Abreu) o belíssimo conjunto arquitetônico, o mais bonito de Minas Gerais. Em estilo neo-gótico a Igreja-Mãe da Diocese de Caratinga chama a atenção de todos pela beleza, sendo o verdadeiro cartão-postal da cidade. Está localizada na praça do marco zero da cidade.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.
História do município: Caratinga possui uma geografia típica dos Mares de Morros mineiros, isto é, uma área acidentada dos planaltos dissecados e cobertas por florestas estacionais semi-deciduais. Este ambiente geográfico é cortado pelo Rio Caratinga, que foi, como afirma Lázaro Denizart do Val, por onde, em 1841, chegou aqui Domingos Fernandes Lana, a procura de Poaia, um planta de grande valor medicinal:
Com a influencia resultante do bom preço da poaia e em procura da mesma, partindo das proximidades da atual cidade de Abre Campo, com alguns índios, deliberou penetrar os serões nas regiões dos rios Matipó e Sacramento Grande, alcançou as nascentes do rio Caratinga, prosseguiu por onde é hoje a atual cidade desse nome, dobrou pelas aguadas do rio Manuassu , chegando até o local denominado Cuieté.
Esta citação é uma das mais antigas sobre o início de nossa história. Foi feita por Antônio Caetano do Nascimento, filho daquele que é considerado o fundador de Caratinga. Teria sido Domingos Fernandes Lana que, impressionado com a enorme quantidade de “um tubérculo alimentício chamado caratinga (cará branco), deram aos montes que a esta dominam o nome de serra da Caratinga”. Surgia, assim, o nome de nossa cidade, provavelmente já chamada dessa forma pelos nativos que aqui residiam.
De fato, antes da chegada destes desbravadores, aqui residiam dois grandes grupos de nativos. Um nômade, que seguia as águas do rio Caratinga até o rio Doce, e voltavam sempre que os alimentos ou o tempo os obrigasse – eram os bravos Botocudos, que foram aquartelados e praticamente dizimados. O outro grupo era de nativos, os chamados Purís, ou Bugres, que habitavam esta região, se alimentado do próprio cará branco, da caça e da pesca. Foram de grande importância na localização de nossa cidade.
A data de 24 de junho de 1848, a que a tradição se refere Dia da Cidade, tem como base o mesmo relato de Antônio Caetano do Nascimento:
Em 1848, entrou João Caetano do Nascimento, em Caratinga, com seus filhos maiores, muito patriota e de relação com Domingos Fernandes de Lana… (de quem requereu) Bugres, e com seus companheiros, João da Cunha, João José e João Antonio de Oliveira, fez picada até Sapucaia… chegando à localidade que é a atual cidade deste nome em 23 de junho de 1848. Festejaram o dia de São João com uma grande fogueira e, nesse mesmo dia ofereceram uma posse para patrimônio desse santo, que é a atual cidade.
Como se vê, na verdade, quem primeiro desbravou nossa terra foi Domingos Fernandes Lana, e não João Caetano do Nascimento, como geralmente se afirma.
Nossa cidade, desde os anos de sua fundação até quando foi elevada a cidade, teve um crescimento incipiente e irregular. A construção da Capela de São Batista e a vinda do primeiro religioso, o Padre Maximiano João da Cruz, forma destaques neste período. Lazadro do Val, afirma que “era a pequena capela, inacabada e tosca, o único sinal de civilização da terra, que permanecia segregada e inóspita”.
Esta situação somente viria a mudar após a nossa emancipação política de Manhuaçu, a quem pertencíamos, em 1890. Com a Proclamação da República, sobressaiam em nossa cidade o trabalho de vários “republicanos históricos”, dentre os quais é preciso destacar José Cristino da Silveira, Tobias Manassés Viana e Symphrônio Fernandes. Segundo Lázaro do Val, esta tríade e mais alguns outros republicanos organizaram um comício no alto do Itaúna e, no dia 30 de setembro de 1889, “saudaram com enorme foguetório” a futura República do Brasil. Quando ele esteve em nossa cidade, em campanha pelo regime republicano, João Pinheiro havia prometido que se a mesma fosse implantada conseguiríamos nossa emancipação. E de fato, três meses após a implantação da República, isto ocorreu.
Aliás, este foi um dos primeiros atos de Cesário Alvim, a saber, a criação do município de Caratinga em 06 de fevereiro de 1890. Esta é a data que nossa cidade deveria comemorar seu aniversário. Este novo município já nascia com números estatísticos consideráveis, pois, segundo dados da época, Caratinga possuía 10.572 Km e uma população de cerca de 25.000 habitantes.
Nosso primeiro poder constituído, a Câmara Municipal, pois na época não havia ainda a figura do prefeito, foi empossada em 7 de março de 1892, permanecendo até 1894, e tendo como presidente Symphrônio Fernandes.
Até 1930, nossa história foi marcada pelo domínio do que se convencionou chamar, na história do Brasil, de coronelismo. De fato, aglutinados em duas denominações partidárias chamadas de “caranguejo” e “bacurau”, eles se alternaram no poder até o fim da República Velha na década de 1930. Alguns grandes nomes e grandes acontecimentos marcaram este período, tais como os “Silva Araujo”, notadamente Antônio e Raphael, líderes dos caranguejos, e Joaquim Monteiro de Abreu (nosso primeiro deputado) e José Antônio Ferreira Santos (Santos Mestre).
A principal realização foi, sem dúvida, a restauração da Comarca, em dois de dezembro de 1917, com a maior festa popular desde a fundação de nosso município. A comarca havia sido suprimida em 1912, voltando a pertencer a Manhuaçu.
Texto: Nelson Sena Filho.
Fonte: PrefeituraMunicipal.
CONJUNTO DE BENS TOMBADOS:
Caratinga – Catedral de São João Batista
Caratinga – Coreto Ronaldo Oliveira da Silva Araújo
Caratinga – E. E. Princesa Isabel
Caratinga – Fachada do Palácio do Bispo
Caratinga – Praça Cesário Alvim
FOTOS:
MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal
Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais
Olá boa noite
Estou precisando que façam uma busca para mim.
De certidão de batismo de:
Floripes Maria Cândida
Floripes Gazeta
Floripes Cândida Gazeta com essas variações em seu nome)
Nascimento: 27/12/1920
Filiação: Antônio Gazeta Ângelo e Filomena Maria Cândida
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