Conceição do Mato Dentro – Balneário da Água Quente
O Balneário da Água Quente foi tombado pela Prefeitura Municipal de Conceição do Mato Dentro-MG por sua importância cultural para a cidade.
Prefeitura Municipal de Conceição do Mato Dentro-MG
Nome atribuído: Balneário da Água Quente
Localização: Conceição do Mato Dentro-MG
Decreto de Tombamento: Resolução 003/2004
Descrição: Por estar bem próximo ao centro de Conceição do Mato Dentro é, praticamente, um atrativo urbano – formado por uma piscina de água corrente a partir do represamento do curso d’água e uma ducha artificial cercada por pequenos blocos de pedra. Logo abaixo está outro atrativo, a Gruta da Água Quente, uma formação rochosa e uma queda d’água de grande beleza.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: A exemplo de tantas cidades mineiras, a história de Conceição do Mato Dentro está ligada à corrida do ouro, no início do século XVIII. Segundo registros, foi entre os penhascos da Serra da Ferrugem e os espigões do Campo Grande e Cotocorí, local onde os bandeirantes se entrincheiraram contra os primeiros habitantes, os ferozes índios botocudos, em que se encontravam as mais ricas lavras auríferas de toda a Região Nordestina da Capitania.
Desde o alto do córrego Vintém até as planícies da Bandeirinha, o metal brotava, como que por milagre, das entranhas da terra. Foi nas areias do minguado córrego Cuiabá que Gabriel Ponce de Leon encontrou, em uma única bateada, cerca de 20 oitavas de ouro. Sem dúvida, era o Eldorado. Começava, então, uma corrida por todos os ribeirões em busca do precioso metal e, consequentemente, da tão sonhada fortuna.
Contudo, relatos dão conta de que a primeira expedição para Conceição do Mato Dentro teria chegado à região em meados do século XVI (1573), comandada por Fernandes Tourinho. Entretanto, foi em janeiro de 1701 que um grupo de bandeirantes, partindo de Sabará sob o comando do Coronel Antônio Soares Ferreira atingiu, ao fim da jornada, a região conhecida como Ivituruí, ou Serro Frio. Entre os sertanistas, Gaspar Soares, Manoel Corrêa de Paiva e Gabriel Ponce de Leon.
Em 1702, Gabriel Ponce de Leon, ao se deparar com a riqueza da região, ergueu uma pequena capela em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, iniciando o processo de povoamento em função da descoberta de ouro nas margens do Ribeirão Santo Antônio e seus afluentes. Durante todo o século XVIII, o arraial teve sua economia voltada para a mineração. Após o término das lavras, o local passou a viver da agricultura de subsistência e da pecuária extensiva. Mais tarde, já no século XIX, John Pohl, quando passou pelo local, deixou o seguinte relato em seu livro Viagem pelo Interior do Brasil:
“este arraial, que está entre as maiores povoações da Capitania, distingue-se dos demais pela sua situação bela e salubre. A outrora abundante produção de ouro deu lugar à fundação deste, cujos grandes edifícios dão testemunho suficiente da antiga abastança dos habitantes. Mas, observa-se, com clareza, a decadência de hoje… O número de edifícios pode elevar-se a 200. Muitos deles assobradados. As igrejas, em número de 4, são todas bem edificadas. Os habitantes que, antes, viviam da extração do ouro, vivem, hoje, geralmente, de suas plantações.”
Fonte: Prefeitura Municipal.
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