Diamantina – Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo
A Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo, em Diamantina-MG, é uma das mais significativas da região.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo
Outros Nomes: Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo; Igreja do Carmo
Localização: Rua do Carmo – Diamantina-MG
Número do Processo: 220-T-1939
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 283, de 19/04/1940
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.
Descrição: Esta igreja, uma das mais significativas da região diamantina, alia a arquitetura graciosa e ao mesmo tempo imponente com a delicadeza e o vigor da decoração pictórica e de talha. A torre única, foi construída na parte posterior, solução absolutamente original e inusitada. O frontispício obedece o sistema construtivo tradicional da arquitetura religiosa da região em madeira e adobe. O acento horizontal é dado pela cimalha de forte saliência, que se curva para permitir a inserção do óculo. O belo frontão retangular, formado pelo prolongamento das pilastras centrais do frontispício, ladeado por duas volutas, é rematado, por sua vez, por um pequeno frontão decorado de telhas em bica e encimado por cruz. Quanto à ornamentação, destaca-se o forro da capela-mor (1766) representando a Virgem entregando os escapulários a São Simão Stock. A composição deste forro, em perspectiva arquitetônica, apresenta quatro pilastras laterais unidas por arcos centrais, servindo como uma espécie de suporte para o desenvolvimento dos temas ornamentais que, tratados com extraordinária abundância de detalhes, dão impressão de obras de ourivesaria, reforçada ainda pelo predomínio da tonalidade cinza com realces ouro distribuídos em pequenos toques. O forro da nave (1778/1784) tem como tema o episódio do arrebatamento ao céu do Profeta Elias num carro de fogo, no momento em que deixa cair o manto a Eliseu. Exuberante na sua concepção, este forro é considerado a obra prima do guarda-mor José Soares de Araújo. A composição estruturada no sentido longitudinal, divide o espaço do forro em secções à maneira de frisos. O conjunto de retábulos concebidos e executados no estilo João V é o que de melhor se encontra no gênero em toda a região.
Fonte: Iphan.
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