A Casa de Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia-GO, foi construída em 1934, aproximadamente, e concluída em 1937.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Acervo Arquitetônico e Urbanístico Art Déco de Goiânia
Localização: Goiânia-GO
Número do Processo: 1500-T-2002
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscrito em 02/2005
Livro do Tombo Histórico: Inscrito em 02/2005
Livro do Tombo Belas Artes: Inscrito em 02/2005
Dossiê de tombamento
Descrição: Tombado pelo Iphan, em 2003, o conjunto urbano de Goiânia inclui 22 edifícios e monumentos públicos, concentrados em sua maioria no centro da cidade, e o núcleo pioneiro de Campinas, antigo município e atual bairro da capital goiana. Entre essas edificações, destacam-se o Cine Teatro Goiânia e a Torre do Relógio da Av. Goiás, de 1942. Inaugurada em 1935, seu acervo arquitetônico é considerado um dos mais significativos do Brasil.
Goiânia foi planejada e construída para ser a capital de Goiás, por iniciativa do político goiano Pedro Ludovico Teixeira, em consonância com a Marcha para o Oeste – estratégia desenvolvida no final dos anos 1930, pelo governo de Getúlio Vargas, para acelerar o desenvolvimento e incentivar a ocupação do Centro-Oeste. O estilo art déco inspirou os primeiros prédios (erguidos entre as décadas de 1940 e 1950) de Goiânia, a nova capital do Estado de Goiás, projetada pelo urbanista Attílio Corrêa Lima.
Corrêa Lima criou o projeto da cidade e Armando de Godoy, o do Plano Diretor, inspirado na teoria das cidades-jardim, do urbanista inglês Ebenezer Howard. Inicialmente, foram abertas três avenidas principais (Goiás, Araguaia e Tocantins) que confluem para o Centro, onde foi erguido o Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual.
Fonte: Iphan.
CONJUNTO:
CONJUNTO DA PRAÇA CÍVICA:
Goiânia – Casa de Pedro Ludovico Teixeira
Goiânia – Coreto
Goiânia – Delegacia Fiscal
Goiânia – Fontes Luminosas
Goiânia – Fórum
Goiânia – Museu Zoroastro Artiaga
Goiânia – Obeliscos
Goiânia – Palácio do Governo
Goiânia – Procuradoria-Geral do Estado
Goiânia – Secretaria-Geral
Goiânia – Relógio da Av. Goiás
Goiânia – Tribunal Eleitoral
BENS ISOLADOS:
Goiânia – Escola Técnica Federal de Goiás
Goiânia – Estação Ferroviária
Goiânia – Lago das Rosas
Goiânia – Liceu de Goiânia
Goiânia – Prédio do Grande HotelGoiânia – Teatro Goiânia
NÚCLEO PIONEIRO DE CAMPINAS:
Goiânia – Antigo Palace Hotel
Goiânia – Sede do Fórum e da Prefeitura Municipal de Campinas
SPHA – Superintendência de Patrimônio Histórico e Artístico
Nome Atribuído: Casa de Pedro Ludovico Teixeira
Localização: Rua 26, esquina com Rua 25, qd. 47, lt. 1E – Setor Central – Goiânia-GO
Resolução de Tombamento: Despacho nº 1.096, de 1982 (Processo CEC 302/81) e Decreto nº 4.943, de 1998 (Processo 16204654)
Uso Atual: Museu do Pedro Ludovico
Descrição: Construída em 1934, aproximadamente, e concluída em 1937, a antiga residência de Pedro Ludovico Teixeira, governador do Estado, situa-se na Av. Dona Gercina Borges Teixeira, esquina com a rua 25, nº133, Setor Central. Foi nesta casa que o político viveu até sua morte, em 16 de agosto de 1979, onde criou sua família. A Lei nº 8.690, de 25 de setembro de 1979, autorizou o governo de Goiás a implantar o Museu Pedro Ludovico, cuja criação se deu pelo decreto nº2.712, de 18 de maio de 1987.
O edifício, que é tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual, foi projetado e construído pela equipe do escritório Coimbra Bueno. Atílio Corrêa Lima participou apenas dos riscos originais, pois, em 34, não mais trabalhava na construção de Goiânia.
Suas características formais e estilísticas se mantêm intactas até hoje, inclusive o mobiliário.
Distribuído por toda residência encontra-se um acervo vastíssimo. São porcelanas, mobiliário, vestuário, cristais, fotos e objetos de uso pessoal, além de livros e documentos originais, datados dos anos vinte até a década de setenta, que compõem a biblioteca particular de Pedro Ludovico. O Museu passou, recentemente, por ampla reforma, conservando-se, no entanto, todo o seu acervo.
CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICAS GERAIS DO EDIFÍCIO: No momento de sua finalização, a residência do então interventor federal de Goiás tinha ares e dimensões palacianas, se levarmos em consideração o padrão goiano da época. Em termos de dimensões, ocupava um lote acima do padrão que vigorava na cidade.O programa de necessidades era extremamente sofisticado para a época. A parte social era composta de duas salas de estar e uma sala de jantar, atendendo prontamente às necessidades de um político do porte de Pedro Ludovico, que recebia inúmeras pessoas ilustres em sua casa. Escritório, quarto com closet e banheiro conjugado, e sala íntima voltada para uma sacada no segundo pavimento eram um luxo de privacidade naqueles tempos.
Em termos gerais, o art déco se fez presente neste edifício das seguintes formas: predominância da horizontalidade, implantação de esquina valorizando o acesso, afastamento frontal e lateral de 5 metros, assimetria, ausência de ornamentação excessiva, predominância de cheios sobre vazios, articulação de volumes puros e salientes, volumetria prismática, áreas de luz e sombra nas fachadas e monumentalidade monolítica.
ANÁLISE DE ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS DÉCO:
1) ABERTURAS
Primeiramente, há que se registrar a ocorrência das aberturas em forma de escotilhas, na sacada curva da fachada principal. Outro destaque deve ser dado à janela apresentada em uma face curva da fachada lateral direita. O alpendre recebe as portas e janelas da sala de visitas e da sala de jantar. As portas voltadas para este alpendre são quadriculadas e recebem desenhos geométricos, sendo de duas folhas.
2) VEDAÇÕES
A alvenaria empregada no fechamento deste edifício apresenta pelo menos duas peculiaridades. A primeira delas corresponde a um aspecto diferenciado de todos os demais edifícios déco – o uso da alvenaria estrutural. A segunda peculiaridade refere-se ao tratamento decorativo recebido pelas paredes, que foram emassadas formando relevos ondulantes.
3) ESTRUTURA
A estrutura mostra-se aparente nesta edificação apenas no alpendre. Foram encontrados dois diferentes tipos de pilares: circular e retangular arredondado em uma das extremidades.
4) COBERTURA, PLATIBANDAS E MARQUISES
Tanto a edificação principal, quanto a edícula de serviço são cobertas por entelhamento cerâmico oculto por platibanda, sendo que em alguns pontos é possível observar a tubulação de queda d´água. A sacada principal funciona ainda como uma grande marquise de marcação do acesso principal, sendo que sobre as principais aberturas foram também encontradas pequenas marquises isoladas, demonstrando a clara intenção de proteção solar.
5) SACADAS EMBUTIDAS, ESCADAS E FLOREIRAS
Foram encontradas ainda na edificação duas sacadinhas embutidas voltadas para dois dos três quartos simples. O guarda-corpo das mesmas é em alvenaria, sendo acrescidos de uma borda saliente e uma faixa decorativa canelada. Observa-se um rasgo na face frontal da sacada, onde foram acrescentadas grades de ferro em desenhos geométricos, remetendo-nos às características de arquitetura naval. Outro importante elemento arquitetônico encontrado foram as escadas de acesso à edificação, adjacentes à floreira de entrada revestida com pedra. Trata-se de dois importantes recursos de valorização da entrada principal.
Fonte: Governo do Estado.
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