Devido à falta de verbas e outros contratempos decorrentes das lutas do reino, a Casa da Pólvora, em João Pessoa – PB, só ficou pronta em 1710, na ladeira de São Francisco.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Casa da Pólvora: ruínas
Localização: Ladeira de São Francisco – João Pessoa – PB
Número do Processo: 272-T-1941
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 58, de 24/05/1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 103, de 24/05/1938
Descrição: Construída em 1710, foi a terceira casa de pólvora construída na cidade. Foi estrategicamente situada num ponto médio da colina onde a cidade foi inicialmente estabelecida, com a função de defender a cidade (CPCH, 1999). De estrutura simples, testemunhou os tempos de lutas e invasões. Além de ser local de armazenagem de armas e munições, servia também de ponto de observação para o Porto do Capim (Rodriguez, 1992).
Fonte: UFPB.
Descrição: Em 1693, foi feita Carta Régia pedindo um estudo para a construção de um armazém para guardar as armas, pólvora e balas da capitania. Entretanto, só em 1704, foi assinada a Carta Régia pela então Rainha de Portugal, Catarina, que ordenava entre outros, a construção da Casa da Pólvora. Devido a falta de verbas e outros contratempos decorrentes das lutas do reino, o prédio só ficou pronto em 1710, localizado na ladeira de São Francisco. A construção é toda em blocos de pedra, com argamasa de barro e cal, com uma única porta e duas frestas, provavelmente para o arejamento da munição. A cobertura é em forma de abóbada.
Fonte: Iphan.
Descrição: Denominada Casa da Pólvora e dos Armamentos, foi construída por ordem de carta régia do capitão-mor governador Fernando de Barros e Vasconcelos, em 10 de agosto de 1704 e concluída em 1710 na administração do capitão-mor João da Maia de Gama. Depois de tombada pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), atual Iphan, em 24 de maio de 1938, passou por uma restauração e abriga hoje o Museu Fotográfico Walfredo Rodrigues.
A Casa da Pólvora constitui um marco histórico, além de um símbolo do esforço colonizador português no Brasil. É um monumento de traços seiscentistas que propicia ao visitante uma lição de história e lembranças do passado. Incorporou-se no século XVIII à paisagem de João Pessoa como referência de um tempo de afirmação cultural que solidificou a identidade do povo paraibano, integrando os roteiros fundamentais para o turismo no estado. A edificação passou por reforma recente e recebeu novos equipamentos turísticos.
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: É controvertido o significado do topônimo dado ao rio Paraíba. Para Elias Erckman, Paraíba significa rio mau, porto ruim, ou mar corrompido. Varnhagen também indica a tradução de rio mau e Teodoro Sampaio, a de rio impraticável. Segundo Coriolano de Medeiros, porém, o significado exato seria braço de mar, pois os primeiros geógrafos que estudaram o rio tomaram-no por um braço de mar, sendo provável, assim, que o gentio da terra como tal o tivesse considerado, dando-lhe o nome com a precisão com que batizavam os acidentes do terreno.
Toda a região do São Domingos (primeiro nome dado ao Paraíba) era habitada por índios, estes influenciados pelos traficantes franceses de pau-brasil, interessados em conservá-los hostis a exploradores de outras nacionalidades. Assim é que, em 1574, foram os índios levados a tomar parte no ataque ao engenho de Diogo Dias, em terras da Capitania de Itamaracá no qual se verificou grande morticínio de brancos. Desde essa época, sucederam-se tentativas de colonização, pois o Rei de Portugal temia que os franceses ali se estabelecessem definitivamente. Foram construídos fortes na foz do rio e em terra travaram-se diversas batalhas, de resultados contrários aos portugueses.
Em março de 1585, chegava à Paraíba Martim Leitão, Ouvidor Geral da Bahia, chefiando uma expedição que deveria restaurar os fortins da barra e desalojar os franceses de diversas posições. Em 2 de agosto do mesmo ano, nova tentativa, chefiada pelo Capitão João Tavares, que se aproveitou das desinteligências surgidas entre as duas tribos que habitavam as margens do Paraíba e rios próximos, conseguindo insinuar-se entre os Tabajaras e firmar um pacto de amizade com o seu morubixaba o índio Piragibe. O acordo verificou-se no dia 5, numa colina à direita do rio Sanhauá, pequeno afluente do Paraíba. É nesse local que hoje se situa a cidade de João Pessoa.
Em homenagem ao santo do dia, o lugar tomou o nome de Nossa Senhora das Neves, até hoje padroeira da cidade. Em honra ao rei da Espanha, que dominava Portugal, a cidade recebeu o nome de Felipéia.
Em novembro do mesmo ano, chegavam várias famílias, levadas pelo Ouvidor-Geral Martim Leitão, que providenciou também a construção de fortes, igrejas e casas de moradia.
As lutas com os índios prosseguiram ainda durante anos, ora contra os Tapuias, que viviam no interior, ora contra os Potiguares, que habitavam o norte.
Desenvolveu-se lentamente a cidade, aonde depois veio a radicar-se Duarte Gomes da Silveira, companheiro de Martim Leitão, numa de suas expedições. A fim de estimular o progresso da cidade, instituiu prêmios para recompensar os habitantes que levantassem casas de moradia tendo fundado (a 6 de dezembro de 1639) o Morgado Salvador do Mundo, como patrimônio da Santa Casa de Misericórdia da Paraíba.
A 24 de dezembro de 1634 foi a cidade ocupada pelos holandeses, depois de ataques aos fortins da barra, defendidos pelas tropas aquarteladas em Cabedelo. Contava Felipéia 1.500 habitantes e em suas imediações funcionavam 18 engenhos de açúcar. Com a aproximação das forças batavas, o povo abandonou a cidade, depois de incendiar os prédios mais importantes. Comandados pelo Coronel Segismund Von Schkoppe, 2.500 homens invadiram a cidade, que tomou o nome de Frederikstadt.
O povo paraibano não se sujeitou ao jugo estrangeiro e seu espírito de resistência teve como símbolo a figura de André Vidal de Negreiros, organizador do movimento de reação. E em 1654, vencidos os invasores e obrigados a retirada para o seu país, tomou posse do cargo de governador João Fernandes Vieira.
A capital chamou-se Paraíba do Norte até 4 de setembro de 1930, quando teve seu nome mudado para João Pessoa, em homenagem ao Presidente do Estado, assassinado no Recife, em plena campanha política. Sua morte foi uma das causas imediatas da Revolução de 3 de outubro daquele ano.
Fonte: IBGE.
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