João Pessoa – Igreja da Ordem Terceira de São Francisco


Imagem: Lionel Baur

A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, em João Pessoa-PB, foi tombada por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja da Ordem Terceira de São Francisco
Outros Nomes: Capela Dourada
Localização: João Pessoa-PB
Número do Processo: 42-T-1938
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 20, de 05/05/1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 47, de 05/05/1938
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Descrição: Também chamada de Capela Dourada, teve sua construção iniciada em 1701. Em estilo D. João V, se destaca pelos diversos trabalhos em talha de madeira, por seu exotismo e pela multiplicidade de temas raros nessas talhas. No pórtico há uma mistura de elementos estilizados, como rosáceas, flores e folhagens, acrescidas de figuras de anjos. Esses, tem variedade de forma e tamanho, com diversidade de traços étnicos, corpos infantis ou adultos com caracteres mestiços ou europeus. O que mais se destaca é o sincretismo da figura da sereia com face infantil de anjo, que mistura a simbologia sagrada com mitologia, a influência negra de Iemanjá ou a grega das mulheres aladas.
A introdução desses elementos decorativos teve como principal objetivo converter e catequizar os “selvagens”, através da personalização de suas crenças e as adaptando aos elementos cristãos e europeus.
Outro elemento mito são as figuras dos hipogrifos, com cabeças de aves, ou elementos de folhagens estilizadas. Outras formas abstratas e indefinidas fazem parte da decoração. No altar principal, se encontra acima do capitel, painel pintado com a representação da Última Ceia, em traços rústicos e primitivos. Pelo lados, duas figuras igualmente pintadas de patronos da Ordem. Os altares laterais também apresentam elementos semelhantes ao do altar principal, porém com talha de madeira mais simples e elementos e ornatos em ouro. O teto é trabalhado em forma de quadros emoldurados e juntos, supondo-se que ali deveria haver pintura. Na sacristia existem dois arcases de jacarandá de 1761. Ao fundo, numa reentrância da parede, modela-se em pedra calcária quatro golfinhos e as armas da Ordem. No coro se encontram cadeiras esculpidas em madeira maciça, com motivos florais. Uma treliça serve de separação para o altar-mor, ao estilo mourisco.
Fonte: Iphan.

Descrição: O Centro Cultural São Francisco está localizado no Centro Histórico da cidade. Lá existe um magnífico complexo arquitetônico formado pela Igreja de São Francisco e pelo Convento de Santo Antônio, além da Capela da Ordem Terceira de São Francisco, a Capela de São Benedito, a Casa de Oração dos Terceiros (chamada de Capela Dourada), o Claustro da Ordem Terceira, uma fonte e um grande adro com um cruzeiro, constituindo um dos mais notáveis legados do Barroco no Brasil. Por sua importância, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1952. Ao ser fundada a igreja era dedicada a Santo Antônio, e, aparentemente, a troca de nome ocorreu o início do século XX, por força de um costume popular, mas também é conhecida pela antiga denominação.

Fonte de Santo Antônio: Foi construída em 1717, para prover água aos frades, jorrando da boca de um golfinho de pedra. Apresenta ainda a inscrição em latim cuja tradução é a seguinte: “À posteridade: estás a indagar porventura com que sacrifício se erigiu o que ora contemplas, ó leitor (amigo)? Foi um amor fraterno que construiu com despesas enormes este monumento. 1717. F.M. T.F. Entoai, ó fontes, cânticos ao Senhor. Santo Antonio, rogai por nós”. Este chafariz antigo situa-se na Rua Gouveia Nóbrega, a poente convento, apresentando ainda uma espécie de altar e um pequeno nicho que se acredita ter abrigado possivelmente uma imagem de Santo Antônio.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O conjunto arquitetônico da Igreja de São Francisco/ Convento de Santo Antônio é formado pelo Adro, Igreja, Convento e Cruzeiro, sendo considerado o maior monumento em estilo barroco da América Latina (Rodriguez, 1992). Sua edificação foi de iniciativa dos frades da Ordem Franciscana que vieram à Paraíba para ajudar os jesuítas na catequização dos índios. O conjunto encontra-se tombado pelo Patrimônio Histórico desde 1952 (Nóbrega, 1982).

Igreja de São Francisco: A Igreja de São Francisco apresenta um estilo fiel ao barroco rococó e é considerada o mais importante monumento histórico-artístico religioso, dentro do conjunto de que faz parte (Nóbrega, 1982). Começou a ser construída em 1589 e só foi completamente terminada em 1788. Chegou a servir de residência a diretores holandeses (CPCH, 1999), durante a invasão holandesa, período no qual teve suas obras interrompidas (Nóbrega, 1982).

Cruzeiro de São Francisco: Na entrada do grande Adro da Igreja de São Francisco, encontra-se um monumento, belo por sua imponência, o Cruzeiro de São Francisco. Trata-se do único cruzeiro remanescente atualmente em João Pessoa (Nóbrega, 1982).

Azulejos do Adro da Igreja: Iniciado no século XVI, o Adro da Igreja de São Francisco é cercado de duas grandes muralhas antigas e azulejadas, com seis painéis representando as estações da Paixão de Cristo. Esses azulejos são de grande importância histórica e artística. Já a parte superior das muralhas é trabalhada em pedra. Por sua vez, o piso do adro é todo em lajes muito antigas (Nóbrega, 1982).

Os franciscanos viveram no convento até 1885. De 1885 a 1894, o mesmo foi tomado pelo império, que instalou no Convento uma Escola de Aprendizes Marinheiros e um Hospital Militar. Posteriormente, com a criação da Diocese da Paraíba, o 1º Bispo da Paraíba, Dom Adauto de Miranda Henriques, conseguiu reavê-lo com a finalidade de iniciar Seminário e Colégio diocesano. Por 70 anos o convento foi casa de formação sacerdotal. Depois, foi local de funcionamento de algumas instituições do Estado e, em 1979, todo o Conjunto foi fechado para restauração. Finalmente, aos 6 de março de 1990, foi reaberto como Centro Cultural de São Francisco (CCSF, 1999).Teto da Igreja de São Francisco
Atualmente, todo o Conjunto da Igreja de São Francisco encontra-se aberto à visitação, contando, inclusive, com guias capacitados para o detalhamento da história do monumento. A riqueza artística a se admirar é infinita, em todos os seus detalhes. Há, inclusive, mostras permanentes da arte popular brasileira. E, periodicamente, o Centro Cultural é local de variadas mostras e eventos culturais (CCSF, 1999).
Fonte: UFPB.

FOTOS:

PANORAMA 360 GRAUS

VÍDEO:

Fonte: Conventos Franciscanos do Brasil Colonial.

MAIS INFORMAÇÕES:
Iphan
Iphan
Iphan
Site da instituição
UFPB
Patrimônio de Influência Portuguesa
Wikipedia


1 comments

  1. Mírian Alvim |

    O convento de São Francisco está com péssimo aspecto de abandono! Existe um processo de restauração? Como sou restauradora, doeu ver a capela dourada sem um pingo de respeito pela obra ..

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *