Juiz de Fora – Antigo Fórum


Imagem: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais

O Antigo Fórum foi tombado pela Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG
FUNALFA – Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage

Nome atribuído: Edifício do antigo Fórum – atual Câmara Municipal (volumetria e fachadas)
Localização: R. Halfeld, nº 9553 – Juiz de Fora-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 2859/1983

Descrição: A história da Câmara Municipal começa em 7 de abril de 1853, com a posse de sete vereadores eleitos pelo povo. Três anos depois, quando a Vila de Santo Antônio do Paraibuna torna-se cidade, esse número sobe para nove. A Câmara Municipal ficava em um prédio adquirido, em 1852, na esquina da rua Direita, hoje Av. Rio Branco, e rua da Califórnia, atual rua Halfeld, e custou três contos e 500 mil réis. No local, funcionavam a Câmara e a Cadeia Pública. Esse prédio foi demolido e deu lugar ao imóvel onde é hoje o Paço Municipal e também funciona a Funalfa.
Fonte: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais.

Descrição:

O prédio das “Repartições Municipaes”, constitui juntamente com o edifício do Antigo Fórum e com os remanescentes do Parque Halfeld um ambiente que remonta uma parcela do passado de Juiz de Fora representando assim um referencial histórico marcante.

Projetado pelo arquiteto Rafael Arcuri, autor de refinados trabalhos em Juiz de Fora, o imóvel está situado na esquina da Av. Barão do Rio Branco com a rua Halfeld. O núcleo original, voltado para a Av. Barão do Rio Branco, foi construído em 1918. A primeira ampliação ocorreu em 1934 na fachada lateral, mantendo-se as mesmas características arquitetônicas do existente, e que resultou na configuração atual do prédio. A última ampliação deu-se em 1944, na área interna.

O edifício de dois pavimentos segue o estilo eclético com reminiscências neoclássicas e apresenta exuberante ornamentação, além de movimentado jogo de elementos salientes e reentrantes nas fachadas. Recursos de composição horizontal e vertical foram amplamente utilizados, objetivando o perfeito equilíbrio e harmonia das proporções, assim como nas Ordens Arquitetônicas.

No sentido horizontal, as fachadas são tratadas segundo normas, que em linhas gerais, correspondem a divisão das colunas gregas: no térreo, o prédio é alteado, com revestimento fortemente marcado por bossagem (sulcos feitos na massa sugerindo pedra de cantaria) para transmitir a ideia de solidez e segurança. O primeiro pavimento, possui tratamento rebuscado, classicizante e fantasioso, com elementos que ressaltam o volume – pilastras, colunas, balaústres, balcões, templete do chanfro, etc.. E finalmente, o coroamento é feito pelo entablamento clássico – arquitrave, friso e cornija – e pela platibanda que envolve toda a construção, ocultando o telhado.

Apresenta planta chanfrada, solução típica de implantação presente nas construções da cidade, com a valorização da fachada localizada no encontro de dois logradouros.

O tratamento dispensado ao chanfro confere monumentalidade ao conjunto. Ali, situa-se a entrada principal do edifício, com porta de madeira trabalhada em duas folhas e bandeira em arco pleno emoldurada. A porta é ladeada por colunetas dóricas sobre pedestal e protegida pelo balcão circular em balanço apoiado em mísulas enormes que acompanham seu formato. Estas terminam em volutas estilizadas e recebem decoração livre lateralmente e em toda a face inferior, com folhas de acanto em cascata.

O acesso ao balcão, na verdade um templete, acontece por uma porta de madeira e vidro com bandeira fixa, tal qual, das janelas. Está ladeada por pilastras com capitéis jônicos e possui sobreverga acimalhada, com um frontão triangular.

O templete é protegido por guarda-corpo em balaustrada e segmentado por pilaretes que apoiam colunas jônicas que sustentam o entablamento, a platibanda em balaustrada e o torreão ricamente decorado e coroado por cúpula ogival. Destaca-se, aqui, o relógio embutido, encimado por frontão interrompido com volutas e ornatos de estuque.

As fachadas são constituídas por dois tipos diferentes de tramos, um central valorizado pelo formato em arco pleno da verga do 2º pavimento e da platibanda e das janelas tripartidas e dois outros laterais com janelas de vergas retas. A fachada para a Av. Barão do Rio Branco é constituída por três tramos e para a Rua Halfeld são cinco tramos.

O vão do térreo do módulo central, ladeado por colunas dóricas, é vedado por janelas de peitoril tripartida, de madeira e vidro, dispondo de báscula de mezanino onde os caixilhos formam uma estrela de 5 pontas. No 1º pavimento, o balcão protegido por balaustrada guarnece janela rasgada tripartida de madeira. Os caixilhos são preenchidos por vidros com delicados desenhos que se estendem até as bandeiras. A verga é segmentada e acimalhada estando as reentrâncias alinhadas às janelas menores de forma a ressaltar na parte central a inscrição “ANNO – MCMXVII”. O entablamento é segmentado, percorrendo toda a fachada e o seu tratamento acompanha o dos módulos, isto é, ele é ressaltado e arqueado sobre a verga em arco pleno e retilíneo nos painéis laterais. Nota-se a arquitrave perfilada e o friso liso recebendo decoração no módulo central de cártula em forma de pergaminho desenrolado, com a inscrição “REPARTIÇÕES MUNICIPAES”. A cornija é saliente e perfilada apoiada em uma sequência ritmada de delicados modilhões.

Os módulos laterais, existem dois vãos, delimitados por colunas com capitéis dóricos, onde as janelas de peitoril de madeira, altas e grandes do térreo, são coroadas por báscula de mezanino com caixilho circular. No primeiro pavimento, os balcões com balaustrada entalada apoia as coluna com capitéis jônicos que marcam os vãos das janelas. Estas são de madeira e vidro com bandeira e verga reta perfilada. Na sobreverga há pequenos pilaretes decorados ligados por guirlandas.

A fachada é coroada por platibanda ora em balaustrada ora cega, que se prolonga por toda a edificação, apresentando as seguintes características:
A balaustrada é seccionada por robustos pilaretes – decorados com emblema ornamentado por guirlandas que se ligam a grandes volutas – que mostram aos olhares mais atentos forte movimento de vetores ascendentes que rompem a frontalidade da face do pilarete. Cada pilarete recebe uma cartela com monograma “RM”.
A platibanda cega, (retilínea, curva e retilínea) é decorada por quadros de estuque e friso superior ressaltado. Na ornamentação, o arquiteto utilizou formas que acompanham o desenho resultante do movimento da platibanda. Dessa forma, temos no centro um circulo emoldurado, com escultura em alto relevo e com a inscrição “PÁTRIA ET CIVITAS”. Na parte superior da moldura do circulo, está estampada a inscrição “MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA” e na parte inferior a data da emancipação do município “31 de MAIO de 1850”.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Juiz de Fora nasce de uma estrada batizada “Caminho Novo”, construída pela Coroa Portuguesa para facilitar o escoamento do ouro até o porto do Rio de Janeiro. Da ocupação da região surgiu o povoado Santo Antônio do Juiz de Fora, mais tarde elevado à categoria de cidade, com o nome Juiz de Fora.
Aqui despontou a primeira hidrelétrica de grande porte da América do Sul, a Usina de Marmelos Zero, tornando a cidade conhecida como “Farol de Minas”. Mais tarde, seu forte desenvolvimento no setor industrial fez da “Manchester Mineira” a cidade mais importante do estado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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