Juiz de Fora – Apito do Meio-dia


Imagem: Funalfa

O Apito do Meio-dia foi registrado pela Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG
FUNALFA – Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage

Nome atribuído: Apito do meio-dia (Formas de expressão)
Localização: Cobertura da Galeria Pio X – Juiz de Fora-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 8306/2004
Livro de Registro das Formas de Expressão

Descrição: Passar pela Rua Halfeld e ouvir um sinal sonoro indicando o início da tarde – ou a hora do almoço – faz parte da rotina dos juiz-foranos há 92 anos.

O alarme, conhecido como “Apito do Meio-dia”, está instalado na cobertura da Galeria Pio X e, desde 16 de fevereiro de 1925, é acionado diariamente às 11h59m30s.

A instalação do equipamento foi uma iniciativa do empresário Arthur Vieira, da Joalheria Meridiano. Ao longo dos anos, o alarme recebeu diversos codinomes, como “Hora Legal”, “Sereia da Meridiano” e “Hora Certa”.

O “Apito do Meio-dia” já foi acionado em situações especiais: Anunciou o início e o fim da Segunda Guerra Mundial, saudou novos Pontificados Papais, comemorou conquistas da Seleção Brasileira na Copa do Mundo e marcou viradas de ano.

Por fazer parte da memória da cidade, o “Apito do Meio-dia” foi o primeiro bem imaterial registrado em Juiz de Fora, em decreto de agosto de 2004.
Fonte: Funalfa.

Descrição: O apito foi instalado por Arthur Vieira em 1927. Ele buscava dar continuidade a tradição realizada desde 1922 pelo Colégio Cristo Redentor, em homenagem ao centenário da Independência. O equipamento foi adquirido da General Eletric e era ajustado rigorosamente, de acordo com o horário de Londres, transmitido pela rádio. O som era disparado 30 segundos antes do meio-dia e soava por um minuto.

Além disso, o sinal teve outras utilidades. Antes da popularização de outros meios de comunicação, como o rádio e a TV, o apito era a solução para alertar os moradores do Centro em caso de incêndio. Foi o que aconteceu na noite de 3 de janeiro de 1930, quando casas comerciais da região ficaram em chamas.

A sirene também foi responsável por outros episódios históricos, como o anúncio da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, em fevereiro de 1942. Posteriormente, o sinal foi silenciado por um decreto presidencial que limitou esse tipo de aviso sonoro no país. O objetivo era impedir que o apito se confundisse com alarmes de ataques aéreos. A tradicional sirene voltou a ser escutada em Juiz de Fora no dia 8 de maio de 1945, às 10 horas, quando ocorreu o término da guerra.

O tradicional apito do meio-dia continua soando pontualmente, apesar da Joalheria Meridiano não funcionar mais na Galeria Pio X. Em 2004, o apito foi reconhecido como o patrimônio imaterial de Juiz de Fora, sendo o primeiro bem registrado da cidade.

Dados: NÓBREGA, Dormevilly. Galeria Pio X: hora legal. In: A3- Novembro/2013 a Abril/2014, p. 66.
TOLEDO, Leonardo. Apito da Joalheria Meridiano continua soando ao meio-dia. Disponível em: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/07-02-2012/apito-da-joalheria-meridiano-continua-soando-ao-meio-dia.html . Acesso em: 21/08/2020.
Fonte: UFJF.

Histórico do município: Juiz de Fora nasce de uma estrada batizada “Caminho Novo”, construída pela Coroa Portuguesa para facilitar o escoamento do ouro até o porto do Rio de Janeiro. Da ocupação da região surgiu o povoado Santo Antônio do Juiz de Fora, mais tarde elevado à categoria de cidade, com o nome Juiz de Fora.
Aqui despontou a primeira hidrelétrica de grande porte da América do Sul, a Usina de Marmelos Zero, tornando a cidade conhecida como “Farol de Minas”. Mais tarde, seu forte desenvolvimento no setor industrial fez da “Manchester Mineira” a cidade mais importante do estado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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