Juiz de Fora – Conjunto Paisagístico da Praça Dr. João Pessoa


Imagem: Google Street View

O Conjunto Paisagístico da Praça Dr. João Pessoa foi tombado pela Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG
Nome atribuído: Conjunto Paisagístico da Praça Dr. João Pessoa preservadas as fachadas e volumetrias dos imóveis que formam o conjunto: rua Halfeld 675, 679/ 697, 703/ 711/ 715, Praça João Pessoa s/n – Cine Teatro Central – Galeria Azarias Vilela e Galeria Ali Halfeld – (0,5527ha)
Localização: Praça Dr. João Pessoa – Juiz de Fora-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 7327/2002

Descrição: A rua Halfeld desce como um rio, do morro do Imperador, e vai desaguar na Praça da Estação. Entre suas margens direita e o Alto dos Passos estão a Câmara; o Fórum; a Academia de Comércio(…); a Matriz, (…); a Santa Casa de Misericórdia, (…); a Cadeia, (…); toda uma estrutura social bem pensante (…). Esses estabelecimentos tinham sido criados, com a cidade, por cidadãos prestantes que praticavam ostensivamente a virtude (…). Já a margem esquerda da rua Halfeld marcava o começo de uma cidade mais alegre, mais livre, mais despreocupada e mais revolucionária. O Juiz de Fora projetado no trecho da Rua Direita era, por força do que continha, naturalmente oposto e inconscientemente rebelde ao Alto dos Passos. Nele estavam o Parque Halfeld e o Largo do Riachuelo, onde a escuridão noturna e a solidão favorecia a pouca vergonha. Esta era mais desoladora ainda nas vizinhanças da linha férrea …

Através das palavras romanceadas do memorialista Pedro Nava podemos evocar a história da Praça da Estação (Praça Dr. João Penido) e da “cidade partida” que a abriga. Ainda na segunda metade do século XIX, a cidade se desenvolvia às margens do Caminho Novo (rua Direita), traçado pelo engenheiro Halfeld. Toda a conformação urbana da cidade se concentrava, portanto, margeada por esta. Ao longo dela, foram construídos os principais centros de poder: a Igreja, as Repartições Públicas e a Praça Central da cidade; além disso, era o local escolhido pelos “bem nascidos” para construção de seus belos sobrados. Era, por assim dizer, a alma da cidade. Onde figuras importantes transitavam, o comércio da praça fervilhava e o poder se fazia presente, seja através da política, seja através das construções imponentes que se estendiam por toda a rua Direita, confirmando o poder econômico dos barões do café, tornando-o visível e palpável a todos.
Fonte: Genovez, Leite, Gawryszewski, Fraga.

Histórico do município: Juiz de Fora nasce de uma estrada batizada “Caminho Novo”, construída pela Coroa Portuguesa para facilitar o escoamento do ouro até o porto do Rio de Janeiro. Da ocupação da região surgiu o povoado Santo Antônio do Juiz de Fora, mais tarde elevado à categoria de cidade, com o nome Juiz de Fora.
Aqui despontou a primeira hidrelétrica de grande porte da América do Sul, a Usina de Marmelos Zero, tornando a cidade conhecida como “Farol de Minas”. Mais tarde, seu forte desenvolvimento no setor industrial fez da “Manchester Mineira” a cidade mais importante do estado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

CONJUNTO:
Juiz de Fora – Imóvel à R. Halfeld, n° 675
Juiz de Fora – Imóvel à R. Halfeld, n° 679/ 697
Juiz de Fora – Imóvel à R. Halfeld, n° 703/ 711/ 715
Juiz de Fora – Praça João Pessoa, s/n – Cine Teatro Central – Galeria Azarias Vilela e Galeria Ali Halfeld

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal
Genovez, Leite, Gawryszewski, Fraga


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