Juiz de Fora – Edifício CIAMPI


Imagem: UFJF

O Edifício CIAMPI foi tombado pela Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG
Nome atribuído: Imóvel à av. Barão do Rio Branco nº 2153/ 2161/ 2165 – Ed. CIAMPI (volumetria e fachada voltada para av. Barão do Rio Branco)
Localização: Av. Barão do Rio Branco, nº 2153/2161/2165 – Juiz de Fora-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 6742/2000

Descrição: Devido à ocorrência de um grande incêndio na Casa Ciampi, estabelecimento do ramo automobilístico, o proprietário, Tibério Ciampi, resolveu construir uma nova loja em um terreno próprio situado na avenida Rio Branco, de frente para o Parque Halfeld.
Ciampi resolveu fazer uso da lei de incentivo às construções de mais de dois pavimentos. Assim, ele ficou isento do pagamento dos impostos e taxas municipais. Desta forma, o programa desta edificação se expandiu, sendo desenvolvida em cinco andares.

O Edifício Ciampi, foi construído pela Cia. Pantaleone Arcuri& Spinelli, a partir de um projeto de Rafael Arcuri. Durante anos foi considerado o arranha-céu da cidade.
Pelas características da fachada, nota-se que Rafael Arcuri começa a seguir os preceitos da art déco, dada a simplificação da decoração e dos elementos geométricos, o que não o impede de, ao mesmo tempo, utilizar a simetria e ornamentos do ecletismo e a sinuosidade do art nouveau na composição da serralheria.
No térreo se estabeleceu a loja, a garagem e as oficinas; no segundo pavimento instalou-se o escritório da empresa; o terceiro se tornou a moradia da família Ciampi; os dois últimos andares tinham cômodos alugados para fins residenciais e comerciais.

Atualmente, o prédio mantém o uso misto, tem uma loja no térreo, dois andares ocupados por uma academia de ginástica, e dois permanecem como residência.
O edifício em questão é um exemplar em que Rafael Arcuri comunga estilos diferentes, conseguindo equilíbrio e harmonia. Destacam-se a verticalidade da composição, dentro da assimetria da fachada, num belo arranjo simétrico, e o jogo de balcões, onde ele especula com o volume.

Fontes:
Divisão de Patrimônio da Prefeitura de Juiz de Fora (org). Guia dos Bens Tombados de Juiz de Fora. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 2002.
CARDOSO, Carina Folena. 100 anos de verticalização em Juiz de Fora: edifícios de apartamentos na avenida Barão do Rio Branco. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-graduação em Ambiente Construído, da Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora. 2015.
Fonte: UFJF.

Histórico do município: Juiz de Fora nasce de uma estrada batizada “Caminho Novo”, construída pela Coroa Portuguesa para facilitar o escoamento do ouro até o porto do Rio de Janeiro. Da ocupação da região surgiu o povoado Santo Antônio do Juiz de Fora, mais tarde elevado à categoria de cidade, com o nome Juiz de Fora.
Aqui despontou a primeira hidrelétrica de grande porte da América do Sul, a Usina de Marmelos Zero, tornando a cidade conhecida como “Farol de Minas”. Mais tarde, seu forte desenvolvimento no setor industrial fez da “Manchester Mineira” a cidade mais importante do estado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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