Juiz de Fora – Edifício dos “Grupos Centrais”


Imagem: Google Street view

O Edifício dos “Grupos Centrais” foi construído no final da década de 1860 pelo comendador Manoel do Valle Amado, abastado proprietário rural, para honrar o Imperador D. Pedro I.

Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG
COMPPAC – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural
FUNALFA – Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage

Nome atribuído: Edifício dos “Grupos Centrais” (volumetria, fachadas e hall de entrada e escada principal)
Localização: Av. Barão do Rio Branco, nº 2347 – Juiz de Fora-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 2864/1983

Descrição: O imóvel hoje ocupado pelos Grupos centrais foi construído no final da década de 1860 pelo comendador Manoel do Valle Amado, abastado proprietário rural que desejava honrar o Imperador D. Pedro II com a obra.
Quando o Imperador veio à cidade em 1861, para inauguração da Cia União e Indústria ali assinou importantes documentos mas negou-se a aceitar oferta do comendador . Magoado com a recusa, o comendador ordenou que a casa jamais fosse habitada, desejo respeitado também por seu filho, o Barão de Sta. Mafalda.
A casa só foi aberta em 1904 por ocasião de sua doação à Sta. Casa de Misericórdia e leilão de todo seu acervo. Finalmente em 1907, o prédio foi ocupado pelo primeiro grupo escolar de Minas Gerais.
O imponente edifício ergue-se em dois pavimentos alinhado ao passeio, apresentando partido e modenatura remanescentes da arquitetura tradicional já com a assimilação de elementos classicizantes difundidos no Brasil em fins do século XIX e início do século XX, sendo utilizado na sua construção estrutura de madeira e alvenaria de pedra e tijolos maciços. A fachada principal, dominada pela simetria, é composta por três painéis delimitados por pilastras ressaltadas coroadas por capitel compósito e vazada por uma seqüência ritmada de vãos de proporções alongadas, predominando as janelas ora de parapeito ora rasgadas por inteiro. No pavimento térreo, os vãos possuem vergas em arco abatido, enquadramento de madeira, janelas com esquadrias tipo guilhotina e uma única porta de madeira almofadada dispõe-se ao meio.
No pavimento superior todos os vãos são rasgados e recebem vergas em arco pleno, moldura em massa, esquadrias em madeira e vidro com bandeira fixa e sacada semi-entalada apoiada sobre consolos e protegida por guarda-corpo de ferro trabalhado. Os vãos que assinalam o eixo de simetria da composição têm maior largura. A fachada é marcada horizontalmente pelas linhas da cornija intermediária do entablamento e da platibanda retilínea. Esta é coroada, no segmento central, por frontão encurvado, decorado com ornatos em massa e por pináculos ou jarros de louça dispostos nas prumadas das pilastras. Completa a decoração o revestimento em bossagem aplicado no pavimento térreo. A fachada voltada para a Rua Braz Bernardino recebe o tratamento simplificado e os vãos das janelas, distribuídos com modulação e ritmo, têm vergas em nível, enquadramento de madeira e esquadrias de madeira e vidro com bandeira fixa. O acréscimo feito no módulo original procurou manter a volumetria e o mesmo ritmo dos vãos das janelas. A lateral direita da fachada principal é guarnecida com portão e gradis de ferro intercalados por duas pilastras de cantaria de acabamento apurado.
Além das fachadas e volumetria estão tombados o hall da escola e a escada de madeira.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Juiz de Fora nasce de uma estrada batizada “Caminho Novo”, construída pela Coroa Portuguesa para facilitar o escoamento do ouro até o porto do Rio de Janeiro. Da ocupação da região surgiu o povoado Santo Antônio do Juiz de Fora, mais tarde elevado à categoria de cidade, com o nome Juiz de Fora.
Aqui despontou a primeira hidrelétrica de grande porte da América do Sul, a Usina de Marmelos Zero, tornando a cidade conhecida como “Farol de Minas”. Mais tarde, seu forte desenvolvimento no setor industrial fez da “Manchester Mineira” a cidade mais importante do estado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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