Juiz de Fora – Imóvel à Av. Getúlio Vargas, nº 434


Imagem: Google Street View

O Imóvel à Av. Getúlio Vargas, nº 434 foi tombado pela Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Juiz de Fora-MG
Nome atribuído: Imóvel à av. Getúlio Vargas, nº 434 – atual C&A
Localização: Av. Getúlio Vargas, nº 434 – Juiz de Fora-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 6464/1999

Descrição: O imóvel foi construído no início do século XX. Este foi comprado por João Mockdece e Antônio João Mockdece, sírios, de seus antigos proprietários, a família Garcia Rodrigues, em 1952.
O prédio é constituído por dois pavimentos e encontra-se implantado nos limites do terreno. Sua disposição espacial sugere, que inicialmente, era utilizado para uso comercial na parte térrea e residencial na parte superior. Este possui características do período eclético.
“A casa de sobrado construída de tijolos, forrada, assoalhada, envidraçada, coberta de telhas, com instalações elétricas e sanitárias, com um portão de ferro ao lado, cinco portas de aço e oito cômodos no pavimento inferior e no pavimento superior uma sacada e sete cômodos internos com dependências nos fundos.”
As reformas realizadas na edificação foram feitas pela firma Vankurr Ltda.
Dados: Divisão de Patrimônio Cultural de Juiz de Fora. Guia de Bens Tombados de Juiz de Fora. Editora Expressão e Cultura, 2002.
GENOVEZ, Patrícia Falco, LEITE, Mônica C. Henriques, GAWRYSZEWSKI, Paulo, FRAGA, Raquel de Oliveira. Núcleo Histórico e Arquitetônico da Rua Batista de Oliveira (parte central) e Avenida Getúlio Vargas. Nota prévia de pesquisa. Juiz de Fora: Clio Edições Eletrônicas, 1998. 64 p. (História e Arquitetura de Juiz de Fora, 5)
Fonte: UFJF.

Descrição: O prédio avaliado possui dois pavimentos e encontra-se implantado nos limites do terreno. Sua disposição espacial sugere que abrigava, originalmente, uso comercial no pavimento térreo e residencial no superior. Apresenta características formais nitidamente do período eclético, descritas a seguir.

A fachada é tripartida, com o painel central constituído por quatro janelas rasgadas por inteiro, bipartidas, emolduradas, com vergas curvilíneas, separadas por pilar ornamentado e abraçadas por um balcão em ferro ricamente decorado. Os painéis das extremidades possuem janelas de peitoril, com quatro vergas retilíneas, e sobrevergas com friso perfilados.

No tramo central, o entablamento é feito com ornatos simples, sinuosos e entrelaçados, divididos também em  duas partes interrompidas, acompanhando as folhas das janelas enquanto que nos tramos laterais aparecem frontões de massa com volutas. O corpo central continua sendo enfatizado através da platibanda que é curvilínea com ornatos em fitas ladeadas por pilaretes encabeçados por pináculos. A pilastra central termina em volutas arrematadas por um elemento em ferro.

A cornija é retilínea com consoles nos painéis da extremidade, que recebem uma platibanda recortada também ornamentada com as fitas, arrematadas por pináculos semelhantes aos do painel central. Todas as janelas possuem bandeira e esquadria de vidro e madeira trabalhada, são: janelas da extremidade com duas folhas e
pinásio na bandeira; janelas centrais geminadas, constituídas por duas folhas separadas por alvenaria.
Fonte: Genovez, Leite, Gawryszewski, Fraga.

Histórico do município: Juiz de Fora nasce de uma estrada batizada “Caminho Novo”, construída pela Coroa Portuguesa para facilitar o escoamento do ouro até o porto do Rio de Janeiro. Da ocupação da região surgiu o povoado Santo Antônio do Juiz de Fora, mais tarde elevado à categoria de cidade, com o nome Juiz de Fora.
Aqui despontou a primeira hidrelétrica de grande porte da América do Sul, a Usina de Marmelos Zero, tornando a cidade conhecida como “Farol de Minas”. Mais tarde, seu forte desenvolvimento no setor industrial fez da “Manchester Mineira” a cidade mais importante do estado.
Fonte: Prefeitura Municipal.

MAIS INFORMAÇÕES:
Genovez, Leite, Gawryszewski, Fraga
Prefeitura Municipal


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