Luziânia – Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário


Imagem: Reismateus

A Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Luziânia – GO foi tombada por sua importância arquitetônica, histórica e cultural.

SPHA – Superintendência de Patrimônio Histórico e Artístico
Nome Atribuído: Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário
Localização: Rua do Rosário, Largo do Rosário – Luziânia-GO
Resolução de Tombamento: Lei nº 8.915/1980

Descrição: Santa Luzia, atual Luziânia, tem suas origens em 1746 quando Antônio Bueno de Azevedo, paulista de Atibaia, comandando uma bandeira vinda de Paracatu-MG descobriu jazidas de ouro no Rio Vermelho. A descoberta atraiu um grande número de pessoas para o povoado.

No local onde hoje está a Igreja de Nossa Senhora do Rosário havia antes uma modesta casa de oração que, ao que tudo indica, foi o marco inicial da cidade. Essa pequena capela, localizada às margens do garimpo, teria sido o início do arraial que começou a se estruturar ao seu redor, crescendo a partir dali em direção à Matriz. De fato, o núcleo histórico de Luziânia é composto basicamente pelas duas ruas que interligam essas igrejas.

A casa de oração foi demolida para dar lugar à nova Igreja. Sabe-se que por volta de 4 de fevereiro de 1760 a demolição estava concluída pois, segundo as crônicas locais, nessa data foi realizada uma missa campal no lugar. Mas, passaram-se ainda seis anos para que a iniciativa da nova construção fosse tomada. Em 2 de junho de 1769 foi emitida a licença para o funcionamento da Igreja e algum tempo depois foi conseguida permissão eclesiástica para sua abertura.

Em 1934, o frei dominicano Gabriel Maria de Menezes supervisionou uma reforma na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, quando foram feitas várias alterações. Foram amputadas, ao fundo, parte do cômodo por trás do altar-mor e metade das salas laterais. Foi diminuída a altura das torres. Internamente, foram retirados três altares com imagens de Santa Luzia, Sagrado Coração de Jesus e Sagrado Coração de Maria, que foram levadas para a Igreja Matriz. Foi demolido o antigo púlpito localizado na parede lateral direita. Na capela mor havia um único nicho para a imagem de São Benedito. Foram adicionados mais cinco, ficando três de cada lado da capela. Na segunda metade do século XX, com a construção de Brasília, Luziânia sofreu com o rápido repovoamento, momento em que grande parte do seu núcleo histórico foi descaracterizado.
Fonte: IPHAN.

Histórico do Município: Deve-se ao paulista Antônio Bueno de Azevedo a primeira penetração no território que constitui hoje o município de Luziânia.
Antônio Bueno, em fins de 1746, acompanhado de amigos e inúmeros escravos, partiu da localidade de Piracatu (Paracatu – MG) rumo ao noroeste, até alcançar as margens de um rio a que denominou São Bartolomeu, em homenagem ao santo do dia. Ali construiu roças e alguns ranchos.
Três meses mais tarde, isto é, em 11 de dezembro daquele ano, seguiu viagem, rumo oeste, fixando residência no local a que denominou Santa Luzia (13 de dezembro de 1746). A fundação do povoado se prende à mineração de ouro, metal existente na região. Tão intensa foi a mineração, que o arraial recém-fundado contava, em pouco tempo, com uma população de dez mil pessoas, inclusive escravos.
Em 25 de março de 1747, tendo como oficiante o Padre Luiz da Gama Mendonça, celebrou-se a primeira missa a que assistiram mais de 6000 pessoas. Em 1749 Santa Luzia foi elevada à categoria de Julgado. Por Alvará, em 1756, foi erigida a freguesia de natureza coletiva. Em 1758, Santa Luzia foi elevada à categoria de Comarca Eclesiástica, sendo nomeado Vigário o Padre Domingos Ramos. Em abril de 1758, a fim de que fossem melhor exploradas as minas denominadas “Cruzeiro”, iniciou-se a construção do célebre Rêgo Saia Velha, de 42 km de extensão, feito por milhares de escravos; a sua construção durou dois anos ininterruptos. Por ocasião de sua inauguração, registrou-se grande motim no arraial, culminando com a prisão, por ordem do juiz local, de pessoas de grande importância, inclusive do mestre de construção da obra.
Em 12 de maio de 1771 falecia o fundador de Santa Luzia, Antônio Bueno de Azevedo.
Em fins de 1700 a mineração começou a declinar; assim, muitas famílias foram abandonando o arraial e se fixaram na zona rural, passando a dedicar-se à lavoura e à criação de gado.
O arraial foi elevado à vila em 1833, tendo sido instalado solenemente no ano seguinte. Em 1867 a vila passou à categoria de cidade. Por força do Decreto-lei estadual n.º 8.305, de 31 de dezembro de 1943, Santa Luzia passou a denominar-se Luziânia.
Fonte: IBGE.

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